(2012) As injustiças de 2012!
Meus queridos Leitores, há alguns anos que sou fã da Eurovisão mas agora ainda mais, muito devido à colaboração neste blogue. Este ano foi aquele em que mais me dediquei ao certame e em que acompanhei tudo o que lhe diz respeito. Deste modo não poderia terminar esta iniciativa com uma crónica de opinião completamente dedicada à edição deste ano, em especial a todas as injustiças que ocorreram.
Imediatamente, após terem sido conhecidas todas as canções a concurso, países como a Islândia, Noruega, Suíça, Dinamarca e Eslovénia passaram diretamente para o topo da minha lista de favoritos. É certo que muitas vezes mudamos de opinião com o tempo. Começamos a escutar com mais atenção todos os pormenores da melodia, da letra, e depressa nos fartamos de uma música, ou, inesperadamente, começamos a adorar outra que até então não nos tinha chamado a atenção. Não foi o caso. Desde o início até ao fim desta edição, as canções destes países marcaram-me pela positiva. Mas nenhum deles alcançou o sucesso no ESC 2012.A primeira semifinal foi mais fraca a nível de qualidade musical. Havia uma previsão quase certa dos países que iriam alcançar a final; mas, em momento algum, me passou pela cabeça que a Suíça ficasse para trás. A atuação dos Sinplus foi excecional. Houve uma grande interação com o público, foram carismáticos, transmitiram energia em palco e a voz estava no seu devido lugar. A canção chegou a ser apontada como uma das melhores a concurso. Hungria ou Suiça, apenas poderia passar uma delas. Passou a Hungria. Não é que não tivessem merecido. Mas em vez deles, escolheria a Suíça, uma vez que os restantes países estariam previsivelmente na final. Além disso há algum tempo que a Suíça não apresentava uma proposta tão agradável. Ficou em 11º lugar nesta semifinal. Foi por um triz. Para mim, não fez qualquer sentido estar na corda bamba.Na segunda semifinal a grande surpresa foi a Eslovénia. Meu Deus, como eu adorei aquela interpretação! Como a Eva Boto estava tão segura de si, com o olhar certo, a interação perfeita com as camaras, e a viver o seu momento com aquela linda balada. Como foi possível terminar num dos últimos lugares, como?! No ano anterior, a Eslovénia surpreendeu-me pela positiva, mas este ano, superou todas as espectativas, principalmente após a performance dessa noite. Eva chorou e com razão. Foi ridícula a sua retenção na semifinal.Islândia era a minha segunda canção favorita (apenas atrás da Suécia). Lindíssima, com uma mensagem muito original, uma melodia fantástica e dois intérpretes que admiro muito, principalmente Gréta, que compôs e escreveu esta música, bem como a sua versão em inglês que ficou esplendida! Aqui só para nós, é uma canção que adoro cantar. E cada vez que me sujeito a esta triste figura (ultimamente, canto enquanto conduzo), no final ainda se desperta em mim aquele arrepio, que surge quando uma música nos é tão querida e cativante. Como foi possível terminar em 20º lugar? Nunca vou aceitar este resultado, nunca.Também escandaloso foi último posto, que calhou na rifa à Noruega, àquela que diziam ser uma cópia da Suécia 2011, que terminou em terceiro lugar. O mesmo compositor e o mesmo escritor conseguiram o mais difícil: criar duas músicas que terminaram e primeiro e em último lugares no mesmo ano. O trabalho de Tooji e de toda a sua equipa não merecia ter sido desvalorizado desta forma.E a Dinamarca, que tem apresentado boas propostas, ao longo destes anos - esta não foi exceção. Soluna Samay era muito querida do público. Todos os elementos apresentaram-se de uma forma original e a canção fica no ouvido e é agradável. Um 23º lugar que assentava que nem uma luva à Ucrânia ou ao Reino Unido, não à Dinamarca.Os resultados finais destes cinco países foram, para mim, as grandes injustiças do ano. Claro que a lista de resultados injustos de toda a história da Eurovisão é gigantesca, mas estes não ficariam de fora dela. A quantos mais iremos assistir daqui para a frente?! No meio de tanto resultado mal explicado, fica a vitória sueca, que quase nos fez esquecer todas estas tristezas. O meu desejo e, certamente, o de todos os fãs eurovisivos, é que estas injustiças tendam a decrescer e que, no final, fiquemos satisfeitos com a vitória final e com todo o espetáculo.
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