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Confissões de um fã eurovisivo - Raphael Gualazzi!




(Itália) 2º Lugar de Raphael Gualazzi em 2011!




       Meus queridos leitores, em 1956, aquando a primeira edição do ESC, a Itália foi um dos sete países que marcaram presença. Ganhou duas vezes e, confesso que uma delas foi, para mim, uma vitória marcante, permanecendo um hino da Eurovisão: "Insieme" de Toto Cutugno, em 1990. Ainda me lembro de ter esta atuação gravada em VHS e de a ver vezes sem conta. Sete anos depois, Itália participa pela última vez, até ao ano de 2011, marcado pelo seu regresso. Treze anos de ausência, explicada pelo aumento crescente do desinteresse dos Italianos pelo certame. Eu daria outra justificação: amuo. Em 1997, todas as sondagens apontavam a vitória a “Fiume Di Parole”. Contra todos os prognósticos, Reino Unido, com Katrina & The Waves, sagrou-se vencedora. Eu teria outra solução para isto: Rennie, Kompensan ou qualquer outro medicamento com efeito semelhante. Não tenho conhecimento se na altura já era comercializado, mas qualquer chá de erva-cidreira poderia apaziguar o resultado daquele 4º lugar.
Pois bem, parece que todos sentiram muito a sua falta. No ano passado chegaram a surgir declarações na imprensa como: "Ao longo dos anos, a nossa equipa tem feito um grande esforço para trazer os nossos colegas italianos de volta. Olhámos para o interesse renovado de Itália como um grande feito e estamos ansiosos para mostrar aos italianos como o concurso evoluiu nos últimos treze anos. Estou certo de que vão ficar positivamente surpreendidos".
Posto isto, a Itália foi extremamente bem recebida, deixando a sensação que qualquer que fosse a proposta apresentada, o sucesso era certo.
É muito raro um país se ausentar tanto tempo por motivos que não sejam dificuldade financeiras. Os conterrâneos da terra de “la pasta” deixaram bem claro que não foi por falta da mesma (noutro sentido figurado) que se deveu esta prolongada ausência, não seria ele um Big 5. Ora, em Portugal e noutros países da Europa, exceptuando países nórdicos e de leste, também é evidente a falta de interesse da população, que vai aumentando com o passar dos anos. Para nós, ou para a RTP (por enquanto), não tem sido um forte motivo para desistirmos do certame; isto é, seria muito mais provável uma desistência por motivos financeiros. Deste modo, acredito que a Itália não tenha “lutado” o suficiente para contrariar todas as tendências e se manter no concurso, ou seja, não deram a devida importância à Eurovisão.
Com tudo isto e, apesar de serem vários os admiradores da proposta de 2011, não apreciei “Madness Of Love” de Raphael Gualazzi. Pareceu que pararam no tempo e que surgiu uma música para os anos 90. Desinteresse foi precisamente o sentimento que se apoderou em mim durante esta atuação. Na esperança que me pudesse surpreender, senti-me de mãos atadas quando me deparei com uma atuação monótona e enfadonha. As notas mais agudas foram inatingíveis por Raphael, o que prejudicou toda a performance. A desafinação evidente nalgumas dessas notas chegou a ser um pouco irritante, parecendo até que foi propositado e que é a forma de cantar do intérprete. Foi, sem dúvida, uma atuação para riscar do mapa e não mereceu o honroso segundo lugar. Talvez com algo mais atual e inovador, a Itália consiga vincar novamente no concurso.           
Contudo, e apesar desta má proposta, visualizar toda aquela “graxa” que a EBU deu aos Italianos é que foi verdadeiramente de deitar os dedos à boca. Para a próxima façam a edição no Dubai, assim podem instalar a comitiva Italiana no hotel mais luxuoso do mundo para que não lhes falte mesmo nada! Este tipo de coisas jamais poderia acontecer no ESC. Não era assim tão desesperante não terem a Itália a concurso. E o resultado de a terem colocado em cima do altar foi a sensação de ter sido levada ao colo e de ter recebido uma pontuação de boas-vindas. Obviamente que, com este resultado, foi concretizado o principal objetivo: manter a Itália no certame por mais uns bons anos.



 

Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelo autor.
24/07/2012
Vídeo: Youtube 
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  1. Eu já não gostava nada da música italiana, tanto que nem vi a actuação na final...não havia nada na música que me captasse! O segundo lugar foi mesmo de "cortar os pulsos".

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  2. Não gostei nada mesmo da atuação e da canção italiana.

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