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"TERTÚLIAS EUROVISIVAS" - nona capa



Andreia Fonseca: Boa tarde! Eu sou a Andreia Fonseca e estas são as tertúlias eurovisivas! Ao longo deste texto vai encontrar muitas críticas e opiniões sobre a capa desta semana. Qual é a capa? Vai ter de continuar a ler para saber. Infelizmente, este espaço não é apenas dirigido pela minha pessoa… Do meu lado tenho o, já vosso conhecido, Diogo Canudo.


Diogo Canudo: Querias que fosse só teu! É meu também! Boa tarde, caro leitor! Teve saudades? Só passou uma semana...

Andreia: Uma bela semana, livre do meu colega de tertúlias… Enfim, um autêntico sonho tornado realidade! Iniciando o tema, a capa desta semana é de 1986… Mas, apesar da vitória belga, não é esse o principal tema de conversa, pois não, Diogo?


Diogo: Claro que não, antes fosse (assim era tudo mais fácil)! Como nós somos tão caridosos para com as representações portuguesas, é mesmo isto que vamos fazer nesta tertúlia. Porque a nossa querida Dora é muito mais importante que a vitória dos belgas! A capa desta semana tem uma frase peculiar: “Foram tão maus para a Dora: Belgas sem vergonha”. Uma frase que concordo, mas que também não é descabida. Não concordas, minha colega? 
Andreia: A Dora bem dizia “Não sejas mau para mim”, mas os belgas não percebiam português e lá a pisaram com 148 pontos a mais (é a tal problemática da linguagem!). Mas não foram só os belgas que maltrataram a nossa Dora, os próprios portugueses comentavam (e criticavam) os seus trajes. Verdade se diga, eram horrendos! Mas foram um sinal de inovação, coisa que eu sempre apoio! 

Diogo: De inovação? Onde é que aquilo foi inovador, para a altura? Eu ainda me lembro de alguns depoimentos e, nos dias antes de acontecer o Festival, só se falava de quão má era a indumentária. Por isso, nem foram só os belgas e os portugueses que foram maus para ela… A Dora e a sua equipa também o foram, sem se aperceberem. A Dora suplicou, mas continuaram a ser tão mauzinhos para ela. Aliás, ainda, hoje em dia, todos se recordam do lindo "vestidinho" que nos alegrou em 1986.


Andreia: Bonita ou feia, a fatiota marcou pela diferença, sinal disso é que ainda se fala dela. Lembro-me de ter visto, num programa de TV, a Dora falar desse facto… A própria afirmou que no Festival tinha levado umas botas estilo tropa que foram, tremendamente, criticadas, e que, passado um ano, eram moda. Mas a crítica não se ficou pela roupa, a fraca classificação foi, também, reflexo da pobreza que era a música. Um tema repetitivo, sem sal e até entediante, que parece falar de violência doméstica.   

Diogo: NÃO SEJAS MÁ PARA A DORA, ANDREIA! MAU MARIA! Achei o tema muito ao estilo das Doce, por isso nada trouxe de especial ao Festival. Porém, os portugueses acreditavam muito na música, mas mais uma vez foi uma desilusão, como já é habitual. É por causa destas desilusões que a Eurovisão tem perdido muito do que Portugal poderia dar lá fora! É bem feita, não nos desvalorizassem!


Andreia: Verdade se diga, a música da Dora está ao nível da música vencedora. Mas enquanto uma era uma criança e tinha ar de menina traquina, a outra tentava “provocar” o espectador com um ar mais arrojado. Portugal já foi, muitas vezes, desvalorizado no ESC, mas não me deixa muito irritada a classificação deste tema.

Diogo: Coitada da Dora! As pessoas, no geral, tem sempre uma “queda” para criançadas. É natural que a Bélgica tenha ganho o certame. Mas também tenho muita pena, porque a Dora é uma jóia de pessoa e foi, outra vez, desvalorizada. Ser artista arrojado obriga a duas coisas: ou se tem fama, ou não se cativa. A Dora não cativou, mas também não foi a única. Há aí tantos artistas que tentaram fazer isso e que também não conseguiram. Mas, também, existem, muito tristes, excepções, arrojadas demais para os meus gostos. Dos mais recentes temos mesmo a Irlanda em 2008, Dustin The Turkey, que não cativou nada, e a Ucrânia em 2007, Verka Serduchka, que conseguiu cativar o público (não sei como…). Mas é um crime comparar a Dora a estes dois, porque ela é bem melhor e merece mais!
Andreia: Eu não quero desvalorizar a Dora. Não a critico enquanto cantora (apesar de não ser bem a “praia” dela, coisa que a própria admitiu), mas tens de admitir que o tema não é nada de excepcional. O que não quer dizer que mereça ter sido pisado pelos nossos “vizinhos”. Não compares essas actuações (quase circenses) com a interpretação da Dora. Esta só usou uma roupa “fora do comum”, tendo actuado de forma apropriada (aliás, eu gosto bastante da expressividade da Dora durante a canção)


Diogo: O meu objectivo não era comparar a Dora, mas, sim, mostrar que existem artistas excêntricos que conseguem quer o sucesso, quer o insucesso. Mas isso também advém dos fãs histéricos que cada um tem. Sem fãs, não se faz carreira. Sem apoios, não se faz sucesso. Acho que a Dora não teve nem uma coisa, nem outra, na altura do Festival (apesar dos portugueses, no geral, tiverem apoiado a canção)

Andreia: Os portugueses acreditam muitas vezes nas suas canções, mas não investem nelas. É muito lindo falar-se que este ano estamos mais arrojados, mas isso implica mais do que uma roupa toda janota. Mas este tema da Dora (sim, porque voltou ao ESC!) é bastante conhecido a nível nacional, logo não me parece que esta participação tenha sido um fracasso total.


Diogo: Não, não foi, e ainda bem, porque eu adoro esta música! Mas, como já foi dito em crónicas anteriores, o vestuário é das coisas mais importantes em que o cantor e a sua equipa têm de investir. Além de tudo, tem de passar bom gosto aos fãs eurovisivos. A Dora não passou, o que é uma pena. O vestuário é uma peça num jogo, pois consegue atrair todas as atenções. Há alguns que chamam a atenção por boas razões, outros por más.

Andreia: Eu não sou fã do tema (como se já não se tivesse reparado), mesmo assim admito que merecia uma pontuação mais elevada. Este é daqueles temas que caem sempre bem num karaoke com os amigos, pela sua simplicidade e boa-disposição.


Diogo: Queres ir agora a um karaoke, Andreia? Temos de aperfeiçoar a voz para depois estarmos prontos para a Eurovisão 2012, no Azerbaijão. Já agora, eu canto bem melhor que tu, é que se vê logo a léguas. Talvez ainda convidemos a Dora para se juntar à festa, isso é que era doce!


Andreia: Só para ti, eu sou a rainha do karaoke, tenho uma voz de anjo (que até o chão estremece). Mas para quê afinar as vozes, se os detentores do título eurovisivo também não afinavam? Vamos, mesmo assim, cantar e guinchar pelo nosso país… Até breve, caros leitores!

Diogo: O chão estremece, os vidros partem-se e os meus ouvidos ficam-se a queixar. É muito mau ouvir-te cantar, mesmo, Andreia! Já eu, sou um rouxinol. Até para a semana, caros leitores! Nova semana, novo tema, nova tertúlia! Não percam!

Tertúlia redigida por Andreia Fonseca e Diogo Canudo

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