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ESC 2011: opinião sobre os vestidos dos países que participam na segunda semi-final


Nesta segunda semifinal, temos indumentárias para todos os gostos, desde clássicas até às mais alternativas. Não posso deixar de salientar que esta crónica é realizada consoante a visualização dos ensaios, pelo que podem ser introduzidas modificações na informação apresentada.
           
O primeiro país a subir ao palco vai ser a Bósnia & Herzegovina. O cantor deverá usar um guarda-roupa antiquado, com um casaco às riscas (com várias cores). É provável que o intérprete opte por usar uma camisa branca, “enfeitando-a” com corações vermelhos no colarinho (muito à imagem da interpretação da música). Os restantes elementos deverão apresentar-se de forma mais formal, com predominância por cores escuras… os homens de fato preto e as mulheres de vestido roxo (cada qual com o seu formato). A indumentária de Dino Merlin é à semelhança dos seus passos de dança… ridícula.
           
O país que lhe segue é a Áustria. A intérprete optou por um vestido preto, curto, de mangas compridas, costas abertas e efeitos brilhantes. Um vestido de gala, muito bem aplicado ao tema em causa, que combina na perfeição com o cenário. Outro pormenor que não posso deixar de referir é o penteado da artista, com um corte algo alternativo, na medida em que é mais longo do lado esquerdo. As backing vocals apresentar-se-ão a condizer com Nadine Beiler, com longos vestidos pretos (um pouco simples de mais, mas no final de contas quem tem de sobressair é a intérprete).
           
O vocalista da banda Holandesa vai ascender ao palco num estilo “Tony Carreira”, tudo isto devido ao seu fato branco e brilhante. Não… Não é a ideia do guarda-roupa que é brilhante, é mesmo o fato em si. Este contrasta com uma simples camisa preta que lhe está adjacente. Bem, segundo o cantor os fatos da banda foram feitos à medida, vindos de Itália… Já se está bem a ver que os italianos querem arrumar com a concorrência e começaram pelo guarda-roupa. Os restantes elementos da banda estão muito mais “elegantes”, com roupa predominantemente preta, num estilo mais discreto. Os homens de fato/colete e as mulheres de vestido, dando mais classe à actuação. O vocalista teria ganho mais, caso optasse por um look idêntico aos colegas, mas é certo que vai marcar pela diferença.
           
Que posso eu dizer sobre o guarda-roupa da Bélgica?! Nada de positivo, com certeza! Em todo o caso eu tenho uma teoria… os cantores belgas juntaram toda a roupa que tinham à mão e escolheram ao acaso peças aleatórias, dando como resultado a indumentária a utilizar no ESC. Os vestidos dos elementos femininos nem são maus de todo (até porque são peças únicas), mas as combinações dos intérpretes masculinos até me fere a visão. Calças vermelhas, com um casaco cinzento, uma gravata branca, uma camisa azul e um cinto castanho… Este é um dos exemplos de combinações possíveis quando se junta um monte de trapos. Não existem mais comentários possíveis, dado que a partir daqui já se tornariam ofensivos.
           
As gémeas da Eslováquia escolheram vestir aqueles que são, quanto a mim, dos vestidos mais bonitos deste certame. Esta beleza reside na simplicidade dos mesmos, que assentam na perfeição nas intérpretes. Apesar do formato dos vestidos ser igual (curtos sem mangas), estes diferem nas cores (um branco e outro em tons dourados). Um dos aspectos mais relevantes desta peça de roupa é a espécie de cauda que apresenta, que se desloca consoante os movimentos de mãos das gémeas. As backing vocals apresentar-se-ão com vestidos curtos, com mangas e a condizer com as gémeas. Nos restantes elementos predomina a cor preta, num estilo formal.
           
A Ucrânia este ano adoptou por um guarda-roupa mais “teatral”. Longe vão os dias das mulheres sensuais de mini-saia e soutien… Agora, este país traz até nós “anjos” e desenhos na areia. A intérprete deverá subir ao palco com um curto vestido cor-de-rosa, com aplicações nos ombros que se assemelham a penas. Uma indumentária angelical, que em tudo combina com o ar imaculado da intérprete. Já o elemento feminino que desenha na areia optou, pelo menos durante o segundo ensaio, pela utilização de um vestido estilo Drácula. Uma peça de roupa roxa, com uma gola vampírica (muito à semelhança de quem a usa, verdade se diga). O backing vocal deverá ser o único elemento em palco com um estilo mais formal (fato preto).
           
 Oh não! Eles voltaram, deixaram a avozinha em casa e trouxeram uma fada… O que não mudou foi a qualidade do guarda-roupa… Horrível! Este ano parece que a Moldávia optou pela utilização de chapéus longos, em forma de cone e ridículos. Mas que, de facto, combinam com o cenário, dado que são ambos dominados pela “cone-mania”. Eu olho para esta actuação, nomeadamente para a indumentária, e penso “Estamos no circo”, mas depois arrependo-me dado que também não gosto de ofender a actividade circense. Roupas completamente desadequadas à grandiosidade deste certame e aos padrões de qualidade que lhe deviam estar subjacentes. A roupa da fada é um fato de Carnaval, adaptado de forma a conjugar com a movimentação no monociclo (sem esquecer do cone na cabeça, claro!)… Isto escrito soa ainda mais estranho do que visto.
           
Depois de algo muito mau, surge algo bastante bom. O guarda-roupa da Suécia é uma lufada de ar fresco no meio de tanto mau gosto. Um estilo alternativo, jovem, inovador e fashion. Um guarda-roupa à imagem do tema e do próprio intérprete, que parece ter nascido para o mundo pop. Eric deverá subir ao palco com uma indumentária idêntica à da final sueca. Calças cinzentas, t-shirt preta (com aplicações metálicas, fazendo-a parecer um colete à prova de bala), sapatilhas brancas, suspensórios caídos e, aqui reside a novidade, um casaco preto com efeitos luminosos no interior (que ficará espectacular na coreografia). Os bailarinos devem optar, novamente, por um estilo underground, levando a palco o espírito imposto no videoclip do tema. Desta forma, devem surgir vestidos de preto e com sapatilhas brancas (impondo um efeito muito interessante em alguns passos coreográficos).
           
O Chipre apresentará, este ano, um guarda-roupa que, como a própria interpretação, transparece um clima bélico. Roupa preta, com aplicações metálicas nos ombros. Os homens de calças, t-shirt e uma espécie de colete (é mais um casaco sem mangas, verdade se diga) e o elemento feminino de vestido comprido, com uma corda à cintura (que na extremidade prende uma bola à semelhança do fundo). O pormenor mais interessante é que os elementos masculinos irão descalços para o palco… Não se preocupem que não se vão cortar com nenhum vidro da actuação da Suécia. A razão que os leva a não usar calçado é porque as suas botas já estão no palco (num sistema estilo Sakis 2009).
           
Já escrevi, numa crónica anterior, que não considero a escolha da indumentária da intérprete da Bulgária adequada ao tema. E continuo com a mesma opinião. Se a estilista desta peça de roupa pintou aquela aplicação do braço direito para dar poder à interpretação, porque não tornar o vestido mais poderoso também? Algo que transpareça mais garra (como a própria Poli Genova) do que um simples vestido branco com uma cinta preta. Esta peça de vestuário não é feia, é bastante bonita até, mas não é o que a música pede. Os restantes elementos apresentar-se-ão de branco (fazendo lembrar a Suíça em 2005). Na parte final da música, a intérprete retira parte do vestido, fazendo sobressair uma versão mais curta do mesmo e umas leggins pretas. Um pormenor interessante é o brinco na orelha direita da cantora, uma pena enorme de cor vermelha, que se destaca bastante em toda a indumentária. 
           
O representante da Macedónia optou por utilizar um fato preto e uma camisa branca com folhos. Bastante infeliz a escolha da camisa… Já o fato não é bonito por si, então em conjunto com a camisa fica algo bastante difícil de se ver. Os bailarinos apresentar-se-ão vestidos de branco (com possíveis referências tradicionais), com os homens a sobressair com faixas vermelhas na cintura. O guarda-roupa dos bailarinos enquadra-se bastante bem na coreografia executada pelos mesmos.
           
A intérprete de Israel colocou a escolha do vestido nas mãos dos seus fiéis fãs… Entre as oito criações de Jean Paul Gaultier, a feliz sortuda foi a cesta de vimes verde… Ironia à parte, de entre os vestidos em escolha, de facto o seleccionado era o mais “apresentável”. Um vestido longo, cuja parte inferior termina em tiras (já não havia paciência para entrelaçar mais fitas), que assenta como uma luva na cantora. Dana parece muito feliz com o seu guarda-roupa, sentindo-se bastante confortável (e é isso que mais importa). As backing vocals deverão subir ao palco com vestidos pelo joelho, justos e de cor branca.
           
Maja, a intérprete da Eslovénia, deverá optar por utilizar um vestido curto repleto de pequenas correntes (que dão um efeito especial ao mesmo), umas luvas de cabedal e umas botas pretas até o joelho. Confesso que, ao início, não considera esta a melhor escolha para o guarda-roupa deste tema, mas agora mudei de opinião. O tema tem garra e esta indumentária também! Aqui temos um bom exemplo para a intérprete da Bulgária. As backing vocals deverão surgir à imagem da intérprete, vestidas de preto, algumas de calças, outras de vestido, ambos com aplicações idênticas às do de Maja.
           
Não me canso de dizer que as calças (pretas com riscas brancas) do vocalista da Roménia são horríveis! Mas a indumentária do mesmo não fica por aqui, este também levará ao palco do ESC um colete preto (e vermelho, com brilhantes no colarinho) e uma camisa branca. Os restantes elementos da banda devem apresentar-se com fatos pretos, sobressaindo as bailarinas pelo facto de não usarem nada por debaixo do casaco à excepção de um soutien (claro, isto é um certame familiar!)
           
A Estónia traz até nós um dos guarda-roupas mais originais e bem conseguidos deste ano. Getter Jaani deverá usar um curto vestido cor-de-rosa, rodado, com pormenores a preto. Também pretas são as indumentárias dos bailarinos, que apresentam t-shirts com cores a condizer com o cenário, com o vestuário das backing vocals e com o vestido da intérprete (amarelo, azul e cor-de-rosa). As backing vocals deverão usar vestidos curtos (azul e amarelo) e um laço azul na cabeça. Este país aposta assim num look “circense chique”, que funciona muito bem em palco, combinando na perfeição com os figurinos e com o próprio cenário.
           
A Bielorrússia escolheu como padrão do seu guarda-roupa o contraste preto-branco. A intérprete apresentar-se-á de vestido (como habitual). Uma peça de roupa branca/cinzenta com detalhes a preto, sendo justo ao corpo da cantora. Os elementos masculinos em palco surgirão com calças e camisola brancas, com riscas e fitas pretas. Já os elementos femininos surgirão com vestidos curtos que parecem ter uma folha de jornal estampada, devido ao padrão que apresentam. O guarda-roupa não é mau, mas também não impressiona. I just don’t love it!
           
A Letónia escolheu um guarda-roupa sem estilo algum. Aqueles laços vermelhos são de um mau gosto extremo. Todos os elementos em palco apresentar-se-ão de preto, branco e vermelho. Misturando as cores, e combinando-as entre si. Os homens apresentam-se de fato (excepto o vocalista, que utiliza um colete branco) e as mulheres um vestido comprido com padrão e pormenores a vermelho. A apresentação tenta ser moderna com classe, mas acaba por roçar o limiar do “azeiteiro”, devido ao excesso de pormenores e combinações. Na simplicidade reside a beleza, esta é uma lição a reter aquando da escolha de uma indumentária.
           
O visual adoptado pela Dinamarca é o típico de uma banda rock. A predominância pela cor preta, dos penteados estilo “acabei de acordar”, com alguma irreverência à mistura. Sim, porque a camisola do vocalista grita “irreverência” até dizer chega. Nunca tinha vislumbrado uma camisola de costas abertas num corpo masculino… Não fica muito bem! O vocalista deverá ascender ao palco com essa dita “obra-de-arte” em forma de peça de roupa, com umas calças de cabedal e umas botas. Os seus colegas de palco devem usar um estilo idêntico ao do vocalista, optando por t-shirts e camisolas mais discretas.
           
Por último temos o look do ano! Irlanda e os seus queridos gémeos no seu melhor. Os Jedward pediram à Lady GaGa e ela emprestou-lhes dois casacos para usarem no ESC. Isto não é verdade, mas bem que podia ser pelo aspecto dos benditos casacos. Que tem eles de tão especial? São vermelhos (uma cor já por si discreta), brilham a ponto de cegar o olhar mais discreto e tem aplicações nos ombros que me fazem lembrar um telheiro. Como eles próprios disseram, parecem uma versão futurista do Pai Natal. Mas a indumentária não se esgota nos casacos (mas quase), os irmãos gémeos vão usar calças pretas justas e umas sapatilhas vermelhas. Os restantes elementos em palco deverão usar roupas pretas com pormenores a vermelho (homens de fato, mulheres de vestidos curtos e justos com mangas e capuz).
           
 Desta feita, na minha opinião, os melhores guarda-roupas pertencem às delegações da Suécia e da Estónia. Já os piores (decisão complicada pela oferta em causa) pertencem à Irlanda, Moldávia e Bélgica.

             Por Andreia Fonseca, 11/05/2011

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