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[OPINIÃO] Que medo têm os NAPA e por que parece que se esconderam?


A banda está a partir para Basileia e, ao contrário de 2021, 2022, 2023, 2024... o único que se viu e ouviu pela imprensa foram notícias sobre o desastre nas casas de apostas. Onde ficaram as entrevistas? Porque é que não falaram com os grandes meios nacionais? Falta de interesse destes  ou até algum medo por parte do grupo? Depois de anos em que víamos Tatanka e MARO em destaque na Blitz, Mimicat e iolanda em entrevistas na TV, antes da partida para a Eurovisão, o cenário deste ano - totalmente diferente - deixou a desejar...


Fica já o disclaimer - sim, os NAPA falaram com sites, com blogues, houve entrevistas deles, sobretudo em inglês, para esses projetos ligados à Eurovisão. Também depois da vitória no FC, a banda esteve em alguns locais, chegou a estar na SIC (para além da RTP, naturalmente), e cantou o tema vencedor, 'Deslocado'. Mas isso imediatamente após a vitória no Festival. Depois disso... pufff! Um certo... desaparecimento?

Quero apenas levantar um facto que a mim me estranha - o porquê de não termos visto, este ano, tantas e tantas conversas em algumas das maiores publicações a nível nacional. Recordo que, desde 2021, qualquer vencedor do Festival da Canção chegava a ir, por exemplo, a um dos podcasts mais consumidos em Portugal - Posto Emissor, da revista Blitz, órgão com reconhecido e devido alcance mediático.

Aconteceu com Tatanka, dos The Black Mamba, com MARO, Mimicat, e iolanda. As duas últimas foram, inclusive, presença assídua noutros espaços, tendo tido entrevistas nos programas da tarde das televisões, sobretudo TVI, a escassos dias antes das respetivas partidas para a Eurovisão.

Crescia, com tudo isto, a expectativa em torno do que se avizinhava, independentemente do que se 'falava lá fora'. Outros jornais, canais e demais sites 'ajudavam à festa', com entrevistas e conversas únicas com os representantes de Portugal, contribuindo com uma publicidade gratuita a um evento que pertence, ao fim ao cabo, à emissora nacional, mas que, nesta fase, é do público em geral e nos últimos anos de um interesse sempre em crescendo. Pelo menos, assim parecia.


Estranha-me que, este ano, não se tenha continuado a corrente. Pode achar-se que teria havido um decréscimo de interesse mas, sem querer fazer alegações ou teorias da conspiração, acho que o contexto foi outro.

O Festival da Eurovisão voltou a conquistar atenção mediática. Falar sobre o ESC, seja de forma positiva ou negativa, rende visualizações, comentários, e interações.

Que as maiores publicações e programas a nível nacional tenham querido dispensar o fenómeno que se criou nestes últimos 5/6 anos parece-me deveras estranho e pouco credível.

Por isso, resta-me equacionar e perguntar: terá sido a própria banda a descartar este tipo de promoção? E se sim, por que motivos? Terá a sua discográfica contribuído para tal? Volto a reiterar que, com o que escrevo, não quero fazer acusações ou levantar falsos testemunhos, estando, apenas, a alegar cenários possíveis com o que se viu até aqui.

E porque, uma vez mais, é de estranhar que tal tenha acontecido este ano. Num ano precisamente marcado por fortes críticas ao Festival da Canção - com várias 'revoltas' do público pelo sistema de votação da competição nacional e, consequentemente, pela vitória dos NAPA e da música 'Deslocado'. Num ano em que, imediatamente após a final nacional, se inundou a caixa de e-mail da provedora do espectador da RTP, com queixas e pedidos, algo que há muito não acontecia.

Talvez todo este 'cenário de guerra' tenha levado a que a banda (ou quem os agencia) tenha preferido pela proteção, numa altura em que já muitos meios só olhavam para um ponto - casas de apostas. Um ponto que, ainda assim, era verdadeiro: e sobre a queda abrupta nas hipóteses de triunfo.

Os NAPA esconderam-se, e eu acho que se esconderam não dos pequenos meios, mas daqueles que apenas queriam chegar junto deles, mas que, dado o alcance com o público, podiam continuar a provocar a ira e revolta junto de mais e mais gente.

Talvez não os culpe mas, e se foi por 'manobra' de quem os agencia, deixo apenas uma nota: a 'chapada de luva branca' até pode vir com uma hipotética passagem de Portugal à final do ESC mas, antes disso mesmo, também se podia ter invertido o caminho.

E tudo isto dá pena porque, invariavelmente, podia ter-se começado a falar melhor de tudo mais cedo, e não foi isso que aconteceu.

Quiçá o grupo até possa vir a passar à final, quiçá tudo isto que faltou agora venha a seguir, com ainda mais destaques e crescimento. Coliseus já estão marcados o que, quiçá também, queira significar que a ida à Eurovisão pouco importe, no final. Não sei. Só sei que, para um eurofã, tudo isto e muito mais continuará a importar sempre. Não queremos voltar ao período em que Eurovisão era um tabu.

Imagem: NAPA/Eurovision

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