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[Especial] Possíveis canções finalistas da 2.ª semifinal da Eurovisão 2020


O Festival Eurovisão da Canção (ESC) vai conhecer o seu primeiro interregno em 2020, dando por terminada uma sucessão de 64 edições consecutivas. Em todos estes anos, a Eurovisão foi capaz de unir o "Velho Continente" através da força de várias melodias, quebrando, quase sempre, barreiras culturais e políticas.

O ESC 2020 contaria com a participação de 41 canções, dividias por duas semifinais. A segunda semifinal, musicalmente mais pobre que a primeira, seria disputada a 14 de maio, onde 18 canções lutariam por um lugar na final do evento, incluindo Portugal. Apenas 10 alcançariam a proeza de pisar novamente o palco holandês, continuando na corrida pelo ouro eurovisivo. 

Quais as canções que teriam maior probabilidade de transitarem para a fase final da Eurovisão 2020?

A antevisão dos resultados abaixo apresentada foi baseada unicamente nas canções e na prestação vocal dos intérpretes de cada país. Uma previsão que não tem em conta qualquer tipo de ensaios em palco, fator muitas vezes essencial para fechar o lote de países favoritos.

Os países encontram-se divididos por 3 secções: Finalistas (lugar quase garantido na final), Em Risco (alguma possibilidade de chegar à final) e Eliminados (possibilidade reduzida de chegar à final). 


Finalistas (7/10):


Arménia: "Chains On You" passou de besta a bestial depois do lançamento da versão aprimorada. Variando entre versos falados e melódicos, a internacional Athena dá vida a esta composição, sendo uma performer de grande qualidade. O pop étnico da Arménia traria o país de volta à final.


Bulgária: Apontada com uma favorita à vitória, "Tears Getting Sober" é um momento orquestral e melancólico sobre auto-recuperação. A voz sussurrada de Victoria e a delicadeza da composição do tema seriam suficientes para fazer com que a Bulgária acrescentasse mais uma ótima aposta na Eurovisão no currículo. 

Islândia: Outro país colocado nos lugares cimeiros do favoritismo e com todos os motivos para isso. A Islândia tem recuperado o desempenho mediano na Eurovisão com duas participações consecutivas de grande qualidade. "Think About Things" é uma composição que envolve elementos da música Disco e Funk, extremamente contagiante e que poderia culminar em mais um top 5 para o país. 

Letónia: Todos os anos temos aquele tema alternativo que passa despercebido, mas que na hora da decisão surpreende com uma passagem à final. Numa semifinal mais fraca que a primeira, a Letónia traz o exagero, a estranheza e a energia que é precisa. "Still Breathing" é uma canção eletrónica pesada, cantada por uma voz poderosa e que fala de poder feminino. Dificilmente passaria despercebida.

Polónia: "Empires" tinha tudo para ser o Dark Horse de 2020, tendo passado despercebida durante os meses pré-Eurovisão, apesar de ser um tema muito bem orquestrado, envolvente e triunfal. A voz de Alicja, com alguns retoques, iria ficar no ponto e quem sabe se não estaríamos perante um top 10. 

Sérvia: "Hasta la vista baby" é, a par de "Chains on chains on you", um dos versos que mais vai ecoar nas nossas cabeças. Um momento de puro pop balcânico e que é, sinceramente, a lufada de ar fresco e o momento fierce que precisávamos este ano. Houve quem duvidasse desta aposta... por cá, continuamos a repetir "Hasta la vista baby" vezes sem conta.


Suíça: "Répondez-moi" é a balada mais sincera e bonita da edição. A canção é acompanhada por um poema escrito em francês e brilhantemente interpretada por Gjon's Tears. Um momento de retrospecção que estaria não só na final, como no top 5 do evento. 

Em Risco:

Albânia: E se por um lado a Arménia recebe o prémio de melhor revamp, a Albânia recebe um recado para parar de transformar boas canções em temas sem brilho. A nova versão de "Shaj" não chega aos pés da versão original e soa a mais uma balada genérica. Apesar de tudo, a canção não é horrível e a Arilena possui uma bela e poderosa voz. 

Áustria: "Alive" não é uma má canção... mas é insuficiente. Um tema dance com esse título que nem nos faz levantar da cadeira não poderá ser um bom sinal. Vincent é um cantor competente, mas a sua canção é simplesmente mediana. No entanto, um bom staging poderia levá-la até à final. 

Dinamarca: Um tema do género que o país gosta de enviar ao concurso, que não iria causar grandes estragos, embora satisfizesse o gosto de alguns fãs. "YES" é monótona e repetitiva, mas apresenta uma progressão interessante e que talvez conquistasse votos suficientes para chegar à final.  

Finlândia: Numa semifinal aborrecida, "Cicciolina", tema que terminou injustamente na segunda posição da final nacional finlandesa, era uma finalista quase certa. Por outro lado, a canção representante da Finlândia, apesar de bonita e bem cantada, poderia cair no esquecimento. No entanto, teria algumas hipóteses de chegar à final. 

Grécia: "SUPEG!RL" é uma canção pop pouco inspiradora, logo a começar pelo título. Claramente os tempos áureos da Grécia já lá vão e, mais uma vez, o país deveria ter dificuldades em alcançar a final. Numa semifinal como esta, a competência de Setefania deveria enviar o tema para a final, mas é algo que não me chocaria se não acontecesse. 


Moldávia: "Prison" é uma balada bem dramática e memorável, mas que peca por seguir uma receita já usada e abusada na Eurovisão. Natalia não é uma boa cantora, mas a sua beleza iria garantir bons planos de câmara. Os segundos finais da canção, que são frenéticos e exuberantes, iriam causar impacto.  

Eliminadas:


República Checa: Se nem a própria delegação checa acreditava num tema refeito milhões de vezes, porque razão haveríamos nós de acreditar? Benny Cristo é carismático e o tema com influências pop africanas é aceitável, mas nunca pegaria no telemóvel para votar em "Kemama". 

Estónia: Pelo segundo ano consecutivo, a Estónia apresenta-se com mais uma composição chata e ultrapassada. Mas se por uma lado, em 2019 ainda dava para bater o pé ao ritmo de "Storm", em 2020 só dá mesmo para olhar para o relógio e esperar ansiosamente que a canção acabe. 

Geórgia: Um tema alternativo que agradaria apenas a um pequeno nicho, incapaz de levar "Take Me As I Am" para a final. Uma progressão forte, mas com uma melodia pouco memorável. A voz de Tornike Kipiano, apesar de ser incrível, não seria suficientemente para conquistar votos, transformando esta canção em cão que ladra, mas não morde. 

Portugal: "Medo de Sentir" é bonita, mas inofensiva e não tem qualquer pretensão de chegar à final da Eurovisão. Por outro lado, a RTP tem adorado vangloriar-se com a transformação que o festival sofreu em 2017, quando na verdade, em 2020, assistimos a um dos piores lotes de canções a concurso. Os meus parabéns à Elisa, que tem bastante talento, mas "Medo de Sentir" não é suficiente.  


São Marino: É difícil participar no concurso depois de se ter atingido o auge, mas São Marino conseguiu manter a extrema qualidade e presentear-nos com mais uma música disco absolutamente épica, que ficaria pela semifinal. 

Imagens: Notícias ao Minuto, Wiwiblogs, ESCBubble, Eurovision

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