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[Entrevista] Lura: "adoraria que a minha intérprete ganhasse e que fôssemos a Israel"


Começou por estudar educação física, com a natação como uma das suas maiores paixões. Mas cedo também foi percebendo um outro amor: a música. Lura está há já vários anos enraizada dentro do panorama musical da lusofonia, e agora, depois do lançamento do seu último álbum "Alguém di Alguém", a artista cabo-verdiana apresenta-se como uma das compositoras convidadas pela RTP para participar no Festival da Canção 2019! 

Crónicas de Eurofestivais (CE): Bem-vinda ao mundo dos eurofestivais! Foste uma das compositoras selecionadas pela RTP para compor um tema para a competição nacional. Como encaraste este desafio que te foi proposto de ires até ao Festival da Canção? 

Lura: Encarei o desafio com muita alegria e satisfação. Fico feliz por fazer parte do Festival da Canção de 2019 e darei o meu melhor.

CE: A verdade é que não és estranha ao Festival… já participaste em 2001, em conjunto com Paulo Abreu Lima. Agora, mas enquanto compositora, existe mais entusiasmo, mais nervosismo…?

Lura: Sim, participei no Festival em 2001, mas na altura penso que não desfrutei bem do acontecimento, pois era muito imatura não tinha bem a noção do que era o Festival. Fui a intérprete que o Paulo escolheu para interpretar a sua composição.

CE: Sem ainda conhecermos os intérpretes, a verdade é que já vemos nomes muito conhecidos na edição de 2019 do Festival. Muitos deles que deves conhecer, igualmente. É bom poder estar lado a lado com estas personalidades, ou acarreta um nível de maior responsabilidade também? 

Lura: Claro, o facto de haver vários convidados de peso aumenta muito a responsabilidade, mas é ótimo pois aumenta também o nível de exigência que terei na minha criação.

CE: O teu nome enquanto artista musical já é amplamente conhecido no seio da cultura portuguesa. No entanto, como vês a inclusão desta enorme diversidade de géneros, estilos, pessoas, neste que é um dos marcos mais importantes da emissora nacional pública? 

Lura: Penso que cada vez mais o termo diversidade tem a ver com Portugal. O nosso país ao longo dos últimos anos tem sido escolhido por pessoas de diferentes pontos do mundo como o país ideal para se viver, e seria uma pena fazer-se um evento como o Festival da Canção sem “tirar partido” de toda esta diversidade e riqueza cultural que naturalmente está a fazer de Portugal um país novo e global.


CE: Tens acompanhado as últimas edições do Festival? E do Festival Eurovisão da Canção? Há alguma participação que te tenha impressionado positivamente, que queiras destacar? Porquê essa? 

Lura: Confesso que eu era uma daquelas pessoas que já não dava extrema atenção ao FC, pois para mim era um mundo estranho e à parte da realidade. Até que um dia ouvi o tema do Salvador Sobral que entrou pelas nossas casas daquela forma que todos sabemos e pensei: até que enfim um tema realmente bonito e que está com o espírito atual e imortal, porque fala de amor, mas com conteúdo verdadeiro que nos toca imediatamente.

CE: Sabemos que ainda não podes revelar tudo, mas, aqui como compositora, qual a inspiração para o tema que se vai apresentar? Que género musical podemos esperar? 

Lura: O tema que escrevi tem uma mensagem universal e o estilo musical espelha as vivências musicais que me foram influenciando ao longo das minhas viagens e contactos com outras culturas.

CE: O processo de criação do tema foi mais fácil do que estavas à espera, ou o contrário? 

Lura: Confesso que a “ficha só me caiu” no dia 5 de dezembro, depois da reunião na RTP e fiquei aflita pois tinha menos de um mês para compor um tema, contactar uma intérprete, um produtor e gravar o tema em estúdio para o entregar até final do mês de dezembro. Pânico!!! Mas felizmente, em pouco mais de uma semana já tinha tudo: tema escrito, intérprete e produtor. A partir daí o processo foi mais fácil, com pequenos percalços, mas fez-se bem.

CE: Quais as tuas expetativas e ambições para o Festival? A tua canção ser eleita como a representante de Portugal em Israel e…? 

Lura: Claro sim, não posso dizer que não. É claro que adoraria que a minha intérprete ganhasse e que fôssemos a Israel. A partir do momento em que aceito entrar num concurso é para ganhar. Vou dar o meu melhor para que a vitória seja uma realidade, senão for, ficarei com consciência tranquila de que fiz o melhor que pude e aprendo com quem ganhar e com a experiência que essa já está a ser ótima.


CE: No futuro pós-Festival da Canção, e sem futurologia sobre o que o mesmo reserva, encaras esta competição como mais uma etapa importante e, quem sabe, impulsionadora para mais projetos?

Lura: Sim, penso que a minha passagem pelo FC só poderá trazer coisas boas. A começar pela exposição mediática num projeto como este. Vou com certeza conhecer pessoa novas, novos talentos, novos produtores, fazer novos amigos, enfim é sempre positivo. Estive a viver quatro anos em Cabo Verde e agora, de regresso a Lisboa, esta é uma excelente forma de dizer que estou de volta e que quero estar onde está toda a gente gira. :)

CE: Queres deixar uma mensagem aos nossos leitores e aos fãs em geral?

Lura: A mensagem que quero deixar é que estou muito feliz por fazer parte do Festival da Canção de 2019 e convido todos a acompanhar as notícias sobre nós, pois com a diversidade de compositores e intérpretes que temos, este ano será uma edição memorável.

Imagem: Festival Raízes do Atlântico/ Vídeos: LuraVEVO

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