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Destino Israel: Rússia, São Marino, Sérvia, Suécia, Suíça, Ucrânia


RÚSSIA - MBAND


O que não falta na Rússia são bons cantores, isso ninguém nega, mas o que tem faltado à Rússia na Eurovisão é com certeza um pouco mais de... Rússia? É óbvio que um país tão rico culturalmente podia trazer um pouco mais de si para o palco eurovisivo, mas mesmo os grandes nomes russos como Sergey Lazarev e Polina Gagarina não trouxeram mais que uma música cantada em inglês que podia ser de outro país qualquer. E talvez essa esperança de uma Rússia mais russa pudesse recair neste jovem grupo, que nasceu num programa televisivo com o propósito de criar uma boyband e foram pupilos coincidentemente de... Sergey Lazarev! Os MBAND começaram como a banda que apaixonou adolescentes, mas a sua fase mais adulta trouxe música mais moderna que mesmo assim vai mantendo o toque do pop russo e que em momento algum se rendeu ao inglês. O estatuto de boyband mais famosa do país não é ao acaso: se os prémios não falam por si, falam as actuações ao vivo, cheias de energia e com vocais que deixariam qualquer céptico rendido. E havia melhor para a mãe Rússia, que sempre se quer mostrar tão tolerante, do que ser representada por um russo, um cazaque e um ucraniano? 



SÃO MARINO - ALESSIO BERNABEI


Todos sabemos como é difícil encontrar alguém para representar este micro-estado, já que ele tem literalmente dois cantores e já chega de Valentina Monetta nesta vida. Por isso mesmo, a melhor opção é ir buscar os talentos do país vizinho e com base nisso a nossa escolha recaiu em alguém que sabemos que nunca representará Itália mas que com certeza faria boa figura no palco eurovisivo. Alessio Bernabei ficou conhecido como vocalista da banda Dear Jack, tendo deixado o grupo em 2015 para apostar numa carreira a solo. Mesmo que as músicas de Alessio sejam mais do pop que ouvimos regularmente na rádio, a verdade é que é um pop que não saiu da caixa do mofo que São Marino precisa. Um bom staging e uma apresentação em que ele não se entregue demasiado e desafine - porque já vimos isso a acontecer - e teríamos aqui a participação mais memorável de São Marino (o que convenhamos, não é difícil de fazer acontecer). 



SÉRVIA - JELENA ROZGA


A Sérvia é um dos grandes desafios a nível musical. Esta é uma opção muito arriscada. Tem muitos traços étnicos e faz lembrar um pouco o pop ligeiro português. Pode agradar à audiência, já que em 2018 a Sérvia não ficou mal classificada com a música que levou.



SUÉCIA - IONNALEE


Sabemos que a Suécia é o país que mais percebe de Eurovisão e o melhor conhecedor de uma fórmula vencedora? Sim. Sabemos que essa fórmula está a ficar gasta e que o público está a ficar farto de rapazes medíocres a cantar músicas genéricas? Também. Os surpreendentes (porém deliciosos) 21 pontos do televoto podem e devem servir de lição. Um vencedor da Eurovisão não passa somente por um staging caro, passa também pela singularidade e talento do artista, e, neste ponto, sabemos que fizemos o melhor trabalho pela Suécia. Jonna Lee, conhecida pelo seu projeto iamamiwhoami e, mais recentemente, por se ter lançado a solo enquanto ionnalee, é uma daquelas artistas que nos levam a questionar como é que tanto talento cabe numa só pessoa. Para além de contar com uma voz tipicamente nórdica e fria, com visuais maravilhosos e uma linguagem corporal que os complementam na perfeição, criou a sua label independente, escreve e produz todas as suas canções, dirige e edita todos os seus vídeos e conseguiu estar neste momento numa tour mundial graças a uma campanha no Kickstarter. Se há ocasiões em que podemos utilizar a expressão "talvez seja demasiado bom para a Eurovisão", esta é uma delas.



SUÍÇA - KADEBOSTANY


Um dos nomes mais conhecidos e populares da Suíça. Virais a nível internacional também, com milhões de visualizações nalguns dos seus vídeos no YouTube. Com tanta popularidade, com a sua música a ser comprada mundialmente, resta apenas uma participação na Eurovisão. "Castle in the Snow" é uma das melhores produções que já vimos por aí.



UCRÂNIA - VIA GRA


Assim como os MBAND, as VIA Gra são uma co-criação do produtor e compositor Konstantin Meladze, um dos nomes mais conhecidos da música russa e ucraniana. Apesar de, ainda esta semana, terem celebrado 18 anos de existência, estabilidade é algo que nunca as definiu, dado que 17 cantoras já passaram pelo grupo e uma delas saiu há apenas dois dias para iniciar a sua carreira a solo. Para quem acompanha a carreira deste trio, é notável que os critérios de escolha para as integrantes são um pouco duvidosos, na medida em que o visual se sobrepõe muitas vezes às capacidades vocais, mas acontece que elas acabam por funcionar sempre bem em conjunto. A Ucrânia reinventa-se e arrisca em géneros diferentes todos os anos, e não é por acaso que é um dos países com melhores resultados, mas temos saudades de uma canção com o pop típico de leste e para isso elas seriam uma escolha perfeita.



Por: Elizabete Cruz, Catarina Gouveia, Patrícia Leite e Pedro Lopes

Imagens: notizie.it, vashgolos, the 405, vignette, koztimes/Vídeos: ELLO, KADEBOSTANY, iamamiwhoami, Jelena Rozga, Meladze Music, Warner Music Italy

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