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Apreciações Musicais - ESC 2018: Portugal



Cláudia Pascoal - "O Jardim"



André Sousa: Um instrumental simples, muito à base daquilo que Portugal nos habituou desde o ano passado. Acho que, mais uma vez, apostou-se na mensagem e no que pode a mesma passar a quem tem a capacidade de sentir a música. 

Andreia Valente: Quem diria que íamos ser representados por um instrumental moderno no século XXI? O instrumental de “O Jardim” tem um tom transcendente que parece não ter sido feito no espaço-tempo contínuo.

Catarina Gouveia: Nunca pensei ver um instrumental assim a representar este país antiquado. Apesar de ainda não ser A canção, que me faça apoiar mais o meu país do que qualquer outro, é uma proposta de que me orgulho de ter como representante.

Daniel Fidalgo: O instrumental é, simplesmente, divinal. Isaura provou, tal como Luísa sobral, que se pode levar algo simples e maravilhoso à Eurovisão. “O Jardim” é uma canção dedicada à falecia avó de Isaura. A canção possui uma base eletrónica capaz de fazer algo dificílimo de se fazer: levar-nos, mentalmente, para outro lugar. O drop perto do final da canção traz a modernidade que Portugal nunca levou a concurso e espero mesmo que os europeus notem o esforço! Mas tenho que dizer que a canção poderia estar mais completa.

Diogo Canudo: "O Jardim" consegue ser um misto de emoções, que se enquadra perfeitamente no estilo de músicas eurovisivas e que consegue fugir, ao mesmo tempo, de tudo o que se viu no concurso. Um instrumental intimista, sincero, apaixonante e que consegue chegar ao coração de todos nós.

Elizabete Cruz: Este é provavelmente um dos instrumentais mais modernos por parte de Portugal e um dos mais bem conseguidos dos últimos anos. O toque eletrónico faz com que seja algo bem diferente do que já enviamos e após “Amar Pelos Dois” é uma boa maneira de nos descolarmos do que foi feito no ano passado sem cair em algo demasiado genérico. 

Jessica Mendes: É aquilo que eu esperava à partida da parte da Isaura: uma balada moderna (uau, nem acredito que estou a usar esta palavra para descrever uma música portuguesa). O problema e que eu sou uma antiquada que não gosta muito desta vibe mais eletrónica.

João Vermelho: Acho que era este contraste que Portugal necessitava de trazer, uma música com uma boa produção eletrónica, mas ao mesmo tempo sem grandes exageros.

Neuza Ferreira: É uma balada bonita e moderna, que atinge o seu auge no refrão. 

Patrícia Leite: Esta música tem uma batida muito forte que a torna “pesada” ao mesmo tempo com o som do piano. Apesar disso, é diferente das que enviamos nas edições passadas pelo facto de ser mais “eletrónica” do que o costume. 

Pedro Anselmo: Portugal aposta num instrumental simples mas moderno, que torna este tema algo mágico.

Pedro Lopes: Toda a inteligência e forte capacidade de produção musical da Isaura ficaram à prova nesta canção. Bastante contemporânea, dentro do cunho do misterioso, a jogar com vários tipos de sons que, no final, criam um verdadeiro clima que é do mais agradável que podemos dar aos nossos ouvidos.

Tiago Lopes: Um instrumental bastante contemporâneo que nem parece ser uma proposta de Portugal. Uma balada que vai em crescendo, sendo que a batida é contagiante. 


André Sousa: Gosto bastante da voz da Cláudia, passa a mensagem de uma forma muito emocional e a Isaura só vem complementar toda a composição. Considero que a conjunção da voz das duas resulta muito bem.

Andreia Valente: A voz da Cláudia é perfeita para uma canção que precisa de 100% entrega e 100% vulnerabilidade. Não queremos perfeição manufaturada, queremos intenção genuína e é isso que a dupla portuguesa nos oferece. 

Catarina Gouveia: A voz da Cláudia sempre me deu a ideia de algo forçado e pouco natural. Implicância ou não, não me agrada muito. Eu passo a canção à espera que a Isaura vire a cadeira e nos abençoe com o seu timbre mais adulto e menos vulnerável.

Daniel Fidalgo: Transmite muita sensibilidade e musicalidade. A Cláudia tem uma voz tão bonita, que basta ela cantar o “Eu… nunca te quis” para deixar qualquer um arrepiado! No entanto, ela desafinou na final nacional e espero que tal não aconteça em maio. 

Diogo Canudo: Não há palavras para o talento da Cláudia Pascoal. Já no The Voice era a minha favorita e fiquei muito feliz quando ela se juntou à Isaura, que considero uma das melhores artistas portuguesas da atualidade. Pode não ser a melhor cantora a cantar uma música sem falhas de afinação, mas é das melhores da atualidade a transmitir emoções. E eu sinceramente prefiro verdade numa interpretação do que algo muito bem feito e que não me diga nada.

Elizabete Cruz: Cláudia não tem uma voz perfeita, mas as suas falhas acabam por encaixar na música e transmitir fragilidade. Isaura é com certeza uma boa adição à música e o dueto é com certeza a melhor parte da música.

Jessica Mendes: Nunca fui grande fã do timbre da Cláudia mas acho que fica perfeito nesta música. E, por muito que todos digam que é interpretação, a minha alma dói de cada vez que ela desafina.

João Vermelho: A Cláudia interpreta esta canção de uma maneira, quase perfeita, a voz roca e imperfeita dela faz com que seja tudo perfeito.

Neuza Ferreira: O timbre da Cláudia é bastante bonito e característico. Vai destacar-se dos mais banais presentes nesta edição do festival.

Patrícia Leite: O instrumental com a voz angélica da Cláudia muda completamente. A suavidade da sua voz contrasta perfeitamente com o instrumental pesado. O acréscimo da voz da Isaura ào refrão dá também uma sensação de leveza à canção, tornando-se a simbiose perfeita!

Pedro Anselmo: Conhecemos a Cláudia pela sua grande prestação no The Voice. Nesta canção, a emoção que consegue transmitir pela sua voz é notável.

Pedro Lopes: Das vozes mais diferentes e peculiares que teremos na edição deste ano da Eurovisão. Ter um timbre como o da Cláudia, por vezes, não é bom, pois haverá sempre maior tendência a uma ligeira desafinação. Nada que, com o devido controle e concentração, não se consiga colmatar. Por isso, Cláudia, não chores mais rapariga, que queremos ouvir a tua bonita voz no ponto!! Não sei se teria que avaliar também a voz da Isaura, mas caso sim, basta dizer que a sua entrada na música faz todo, mas todo o sentido!

Tiago Lopes: Cláudia tem um timbre suave e parece ter uma voz frágil que na realidade não o é. Tem uma boa capacidade de alcance e consegue incutir bastante sentimento na sua interpretação.  


André Sousa: Acho estranho o enquadramento da Isaura no palco. Espero que se encontre uma solução para isso. 

Andreia Valente: O staging português é o make it or break it. A delegação portuguesa tem de arranjar maneira de conduzir à resposta do porquê a Isaura estar sentada de costas e cantar uma letra diferente.

Catarina Gouveia: Ter uma pessoa de costas e a virar-se do nada é apenas estranho. Façam qualquer coisa por estas almas.

Daniel Fidalgo: Vai ser semelhante à final nacional. 

Diogo Canudo: Estranho, ainda, por vezes, quando a Isaura se vira para frente do palco, acho que há ali uma paragem abrupta na atuação que pode ter o efeito contrário do que o desejado. No entanto, quando as duas se juntam, criam poesia musical, se é que isso existe. A forma como a Cláudia interpreta a canção e a Isaura ajuda-a para transmitir mais força à canção… é algo que eu sempre esperei de ver numa participação portuguesa. Parabéns!

Elizabete Cruz: O palco precisa de ser muito mais trabalhado, até para ajudar a perceber a mensagem da música. Apesar de a Cláudia saber estar em palco, a presença de Isaura acaba por ser estranha e tem que ser melhor pensada em Maio.

Jessica Mendes: A Cláudia interpreta esta música maravilhosamente mas ninguém imagina a confusão que me faz ver a Isaura ali sentada a virar¬-se para o público e depois a virar-se novamente de costas. Arranjem outra maneira please.

João Vermelho: Com o tema “O Jardim” acho que se pode explorar de imensas maneiras e feitios, acho que poderiam tentar recriar um jardim em palco - mas algo não exagerado nem de mau gosto, algo simples, mas que prenda o olhar, mas que ao mesmo tempo não desfoque a atenção do realmente importa que é a música e a Cláudia.

Neuza Ferreira: A Cláudia é uma intérprete incrível e consegue dar vida à canção. Espero que se crie um cenário reservado e que apostem em bons planos de câmara.

Patrícia Leite: Penso que há algumas coisas a mudar na apresentação. O palco está muito claro, o que acaba por não estar de acordo com a mensagem transmitida pela letra. Para além disso, há o facto de a Isaura estar de costas. Isso poderia ser colmatado com as luzes. Apesar de tudo, não deixa de ser uma atuação muito intensa. 

Pedro Anselmo: Uma actuação simples como no festival da canção vai possibilitar um bom resultado.

Pedro Lopes: Gosto imenso da entrega que a Cláudia faz ao longo da apresentação da canção. Compreendo sempre a emoção final, mas, vá lá, eu gostava mesmo de perceber se o último “jardim” é, de forma propositada, para ser falado, e não cantado! É que com tanta emoção, algo me diz que é o que vai acontecer.

Tiago Lopes: Apesar de não ter sido escrita por Cláudia, a sua interpretação é cheia de emoção. A Isaura no background cria um suspense e prende o espectador. 


André Sousa: Uma letra sentida, vivida. Um letra muito real que fará qualquer pessoa recordar quem já partiu.

Andreia Valente: Uma letra que se distingue pela sua simplicidade (e sem usar a palavra “saudade” ou “mar”!).

Catarina Gouveia: Abordar a saudade desta forma é uma das poucas coisas que me faz lembrar de que também consigo ter sentimentos. Tão simples e pura.

Daniel Fidalgo: O que se poderia dizer de uma letra tão bem escrita, de um verdadeiro poema de amor, dedicado à avó de Isaura? É, talvez, a melhor e mais bonita letra da Eurovisão 2018, para além de ser cantada em português. 

Diogo Canudo: Uma das coisas que me fez gostar mais desta música foi mesmo a letra. Desde o momento que eu a ouvi, percebi que estávamos perante uma história, uma mensagem real, umas palavras com sentimento.

Elizabete Cruz: Sendo uma letra de homenagem a alguém que faleceu, é bom ver que o poema não é assim tão linear e precisa de ser lido e compreendido, o que implica que foi bem trabalhado.

Jessica Mendes: É o melhor desta canção. Uma dedicatória bonita e comovente que, a meu ver, só peca por ser muito repetitiva.

João Vermelho: “Agora que não estas, rego eu o teu jardim” acho que diz tudo, sempre que ouço esta frase arrepio-me dos pés à cabeça, é uma letra lindíssima, que retrata a saudade algo tão nosso.

Neuza Ferreira: Já todos sabem o significado desta letra. É uma letra maravilhosa à qual não sou capaz de ficar indiferente.

Patrícia Leite: A letra é muito bonita. Fala de algo que perdemos e que sentimos a típica palavra portuguesa sem significado: Saudade. 

Pedro Anselmo: Uma letra dedicada à avó da compositora Isaura, muito bem conseguida.

Pedro Lopes: Irá tocar sempre mais a um do que a outros. Mas, basta ouvirmos com atenção para compreendermos a densidade do poema e todas as suas metáforas. Sublime. 

Tiago Lopes: Como era de esperar, Portugal manda mais uma vez, uma música em português e neste tema é abordado o tema da saudade. Uma composição simples, mas que tem muito conteúdo. 


André Sousa: Considero que Portugal pode ter um top 15 da final. Mais do que isso, não. 

Andreia Valente: Quem vem seguir uma vitória tem um caminho mais incerto. Acho que podemos ter uma situação “Taken By A Stranger” em vez de uma situação “I Am Yours”.

Catarina Gouveia: Eu não consigo imaginar isto a ficar dentro do top 15.

Daniel Fidalgo: Espero, pelo menos, ver Portugal nas primeiras 10 posições! O nosso país costume ser esquecido pelos restantes participantes, mas estou confiante de que “O Jardim” vai fazer com que votem em nós! 

Diogo Canudo: Acredito num top 15 sinceramente. Ficava feliz com um 10º lugar.

Elizabete Cruz: Top 20 pelo menos.

Jessica Mendes: Segunda metade da tabela.

João Vermelho: Penso que um Top 15 não será muito difícil, até quem sabe possamos sonhar com um top 10.

Neuza Ferreira: Se não fosse a concorrência elevada, era capaz de conseguir um top 5. Assim sendo, talvez consiga ficar entres os 10 melhores.

Patrícia Leite: Será muito difícil repetir a proeza do ano passado, mas de um top 15 não nos livramos. 

Pedro Anselmo: Será que conseguimos chegar ao top 10? Eu acredito.

Pedro Lopes: Bora Portugal, há que acreditar que vamos para o top 10… ou 15!...

Tiago Lopes: Com sorte alcançaremos o top 15. 


André Sousa: 8 pontos.

Andreia Valente: 10 pontos.

Catarina Gouveia: 5 pontos.

Daniel Fidalgo: 10 pontos.

Diogo Canudo: 10 pontos.

Elizabete Cruz: 6 pontos.

Jessica Mendes: 5 pontos.

João Vermelho: 10 pontos.

Neuza Ferreira: 10 pontos.

Patrícia Leite: 8 pontos.

Pedro Anselmo: 10 pontos.

Pedro Lopes: 7 pontos.

Tiago Lopes: 6 pontos.

Total: 105 pontos


André Sousa: Portugal a apostar nos sentimentos em detrimento dos complementos.

Andreia Valente: Obrigada, Isaura. Obrigada, Cláudia.

Catarina Gouveia: Alguma vez imaginaram Portugal a ter relevância na Eurovisão? Ainda parece mentira.

Daniel Fidalgo: Não acho provável vencer novamente, mas uma representação digna já ninguém nos rouba.  

Diogo Canudo: Portugal está a ensinar aos europeus como se compõem baladas com qualidade.

Elizabete Cruz: Pelo menos estas duas já conquistaram os nossos corações!

Jessica Mendes: Com o Cid era dobradinha.

João Vermelho: Tudo o que eu queria para este ano, algo inovador e que venha dar uma louvada de ar fresco a tudo isto.

Neuza Ferreira: Até eu fiquei com vontade de ir regar o jardim...

Patrícia Leite: Um jardim cheio de flores bonitas para oferecer aos Europeus. 

Pedro Anselmo: Portugal continua forte. Que seja para manter!

Pedro Lopes: Não gosto muito daquele prato que se chama ‘Jardineira’, ou mesmo de jardinagem, mas QUERO este ‘Jardim’ em minha casa!

Tiago Lopes: Que os pontos sejam a água para o teu (nosso) Jardim. 


1.º Estónia - 144 pontos; 2.º Itália - 126 pontos; 3.º Finlândia - 117 pontos; 4.º Bélgica - 115 pontos;  5.º França - 114 pontos; 6.º Israel - 112 pontos; 7.º Ucrânia - 110 pontos; 8.º Alemanha - 109 pontos; 9.º Áustria - 107 pontos; 10.º Dinamarca - 106 pontos; 11.º Bulgária - 105 pontos; 12.º Portugal - 105 pontos; 13.º Grécia - 103 pontos; 14.º Arménia - 100 pontos; 15.º Suécia - 91 pontos; 16.º Holanda - 88 pontos; 17.º República Checa - 86 pontos; 18.º Suíça - 83 pontos; 19.º Austrália - 82 pontos; 20.º Hungria - 81 pontos; 21.º Noruega - 79 pontos; 22.º Lituânia - 77 pontos; 23.º Albânia - 76 pontos; 24.º Chipre - 75 pontos; 25.º Letónia - 75 pontos; 26.º Espanha - 73 pontos; 27.º Montenegro - 73 pontos; 28.º Macedónia - 70 pontos; 29.º Azerbaijão - 69 pontos; 30.º Sérvia - 68 pontos; 31.º Croácia - 66 pontos; 32.º Roménia - 65 pontos; 33.º Irlanda - 61 pontos; 34.º Polónia - 61 pontos; 35.º Malta - 60 pontos; 36.º Eslovénia - 57 pontos; 37 Rússia - 56 pontos; 38.º Geórgia - 49 pontos; 39.º Bielorrússia - 48 pontos; 40.º Moldávia - 43 pontos; 41.º São Marino - 42 pontos; 42 Islândia - 31 pontos. 

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