Novidades

latest

Apreciações Musicais - ESC 2018: França



Madame Monsieur - "Mercy"



André Sousa: Uma das minhas grandes favoritas deste ano. Com um instrumental distinto e simples, a composição aposta na mensagem e na voz despida da intérprete. Algo que cria uma simbiose capaz de colocar a França num dos lugares cimeiros da edição de 2018 da Eurovisão.

Andreia Valente: França tem sempre um tom extremamente francês. “Mercy” tem um instrumental subtil que só serve para realçar a voz e a intenção. É perfeito. 

Catarina Gouveia: Eu sinto-me grata por ser eurofã e por ter direito a conhecer uma perfeição como “Mercy”. É uma canção tão simples que me faz sentir tanta coisa. 

Daniel Fidalgo: Um mid-tempo bastante agradável de se ouvir e que vai crescendo ao longo da canção. Talvez um pouco mais de dinâmica poderia tornar o instrumental mais cativante, mas o resultado final da canção não fica, de todo, comprometido. É daqueles temas retrospetivos, com bastante conteúdo. 

Diogo Canudo: “Mercy” tem um instrumental peculiar que consegue ficar no ouvido e que ao mesmo tempo consegue mostrar que pode haver diferenças numa música pop como esta. No entanto, não acredito que consiga fazer muito pelo resultado final deste país na Eurovisão.

Elizabete Cruz: Este é um instrumental que facilmente esconde o sentimento triste da música, o que o torna interessante. Não tem a intenção de deprimir, antes pelo contrário, passa a mensagem sem ser de uma maneira pesada. É uma música bastante agradável que facilmente fica no ouvido.

Jessica Mendes: É uma música bonita e que se ouve bem mas não consigo perceber o hype. Acho o fim demasiado forçado e não percebo o que é que este acrescenta à música. Quanto mais a oiço mais desinteressante fica.

João Vermelho: Adoro! Talvez o instrumental que mais me agrada este ano, um instrumental calmo mais ao mesmo tempo mexido e moderno.

Neuza Ferreira: Adoro esta sonoridade moderna. Penso que é um intrumental capaz de prender os ouvintes.

Patrícia Leite: Um instrumental muito marcado pelo piano no início. Conforme o instrumental vai progredindo, a batida vai ficando mais forte. Possui alguns traços que fazem lembrar músicas dos anos 80. 

Pedro Anselmo: França com um instrumental simples e moderno e de sonoridade diferente. Mais uma das melhores canções deste festival.

Pedro Lopes: Não é dos mais fortes, mas também não se pede nem se precisa disso. O que se construir é mais que suficiente para criar uma excelente música, a meu ver.

Tiago Lopes: O instrumental talvez seja o ponto menos forte desta proposta. Uma batida pop, com alguns efeitos que lhe dão uma característica especial, ainda assim fica no ouvido.


André Sousa: Não se pode pedir mais. A música encaixa na perfeição na voz da intérprete. A sua voz peculiar e a forma como interpreta o tema, torna-se numa mais-valia no resultado final. 

Andreia Valente: A voz mais perfeita do ano é a da Émilie. Não existe absolutamente nada a apontar.

Catarina Gouveia: A Émilie tem uma voz tão especial. É, sem dúvida, uma das minhas vozes favoritas este ano por ser tão perfeita e transmitir fragilidade ao mesmo tempo. Eu derreto.

Daniel Fidalgo: Não tendo propriamente um vozeirão, a vocalista dos Madame Monsieur sabe exatamente como utilizar a sua bela voz e tornar “Mercy” num tema bastante agradável ao ouvido. Bom controlo vocal e boa técnica. É possível sentir-se parte da mensagem da canção através da voz e do modo como a canção é interpretada. 

Diogo Canudo: A vocalista é suficientemente capaz de interpretar esta música sem falhas. Apresenta uma voz requintada e sofisticada, que chega a dar uma outra cor a “Mercy”. Eu gosto.

Elizabete Cruz: Nada a apontar. Apesar de não entendermos o que está a ser cantado, facilmente pelo tom de voz percebemos que é algo profundo e emocional, o que é importante neste caso, já que a letra não é em inglês.

Jessica Mendes: Ela tem uma voz lindíssima e muito controlada nos agudos. Os graves nem sempre são perfeitos mas nada que comprometa.

João Vermelho: Adoro a voz da Émilie, calma e perfeita para esta música.

Neuza Ferreira: A voz de Émilie é fenomenal: bastante limpa e clara. Dá imenso gosto ouvi-la cantar.

Patrícia Leite: Uma voz muito segura. O seu tom grave faz lembrar como se ela estivesse a sussurrar para alguém, porém no refrão ela mostra aquilo de que é capaz e a sua voz explode. 

Pedro Anselmo: Uma voz muito suave e que transmite bastante emoção.

Pedro Lopes: Um timbre tão característico por parte da Émilie, que marca a canção e que lhe dá um toque muito especial! 

Tiago Lopes: Não sendo uma voz excelente, Émilie preenche bem este tema.


André Sousa: Espero algo cúmplice, despido de muito efeitos visuais e focado em bons planos de imagem. 

Andreia Valente: Se a França quer entrar no top 10 outra vez (ou mesmo no top 5) terá de pensar seriamente no seu staging. Só espero que não tenham receio de contarem uma história visual que acompanhe a temática da canção. 

Catarina Gouveia: Em primeiro lugar, alguma vez viram casal mais perfeito? Quanto ao staging, não sei de que maneira poderão passar a temática de “Mercy” para o palco, mas é algo que me anda a intrigar. 

Daniel Fidalgo: Aqui tudo irá depender do trabalho de câmaras e do jogo de luzes. Confesso que este foi o aspeto menos positivo na final nacional francesa Destination Eurovision. Espero que haja uma grande mudança para a Eurovisão em Lisboa. Relativamente à postura dos membros do duo não há muito a alterar. 

Diogo Canudo: Gosto imenso da imagem que os artistas têm e da atitude deles em palco. Penso que não haja muito mais que possa ser trabalhado. Um melhor jogo de câmaras e um bom cenário é suficiente.

Elizabete Cruz: A verdade é que não se passa muito em palco, para além das presença relaxada dos dois elementos do duo. A prova de que não é preciso muito teatro para criar uma conexão com o público.

Jessica Mendes: É o ponto fraco da música e não vejo como possa ser melhorado. As roupas são muito más e o Monsieur não acrescenta nada à atuação. Por mim era só Madame.

João Vermelho: Esta música não vai precisar de nada complexo, só por si já funciona muito bem e não necessita de grandes adereços, acho que a simplicidade encaixa bem nesta canção.

Neuza Ferreira: De certeza que o duo vai apostar numa performance simples, mas ao mesmo tempo cativante. Isso é bom.

Patrícia Leite: Uma atuação muito segura, no entanto, não usam muito o palco. Ainda não sei como serão usadas as luzes no grande palco, em Lisboa, mas espero que haja pouca luz no início e poucas mais durante o refrão. É uma atuação que não precisa de muito para ser bonita. 

Pedro Anselmo: Uma actuação simples como na final nacional seria o ideal. O que importa é passar a mensagem e tudo o que distraia disso é prejudicial.

Pedro Lopes: Acho que podem construir um pouco melhor a atuação em palco. Apesar de a música não ser sobre isso, não me importava de sentir um pouco mais de cumplicidade entre os intérpretes. Mas eu quero participar naquele ‘levantar de braço’ cá em Lisboa!

Tiago Lopes: Não espero nada de muito elaborado nesta performance, sendo que a dupla Madame Monsieur funciona muito bem mesmo que quase não haja interação entre os dois. Mas que se mantenha a interatividade com o público.


André Sousa: Uma letra com bastante significado e com toda a legitimidade para ser cantada nos dias de hoje, quer pelo que se assiste no mundo social, quer pelas diferenças entre povos, religiões, estilos de vida. 

Andreia Valente: Nem sei o que dizer sobre a letra de “Mercy”. É uma letra humanitária do mais inteligente que já vi. O uso de “Mercy” é também muito inteligente, dado que todo o mundo vai pensar que é “Merci” – a palavra francesa mais famosa.

Catarina Gouveia: That’s how you write a song, literalmente. É a melhor letra do ano. Não só por tocar num assunto tão atual e importante, mas sobretudo pela forma inteligentíssima como o abordaram. Não é uma chamada de atenção banal à questão dos refugiados, é uma celebração da vida. 

Daniel Fidalgo: A mensagem desta canção é bastante profunda. Cada vez mais a Eurovisão se tem tornado num espaço com abertura para vários assuntos que envolvem a Europa e o resto do mundo, como a crise dos refugiados. “Mercy” retrata um nascimento ocorrido no meio do mar de uma senhora que teve que abandonar a sua terra mãe e deslocar-se para o desconhecido. O bebé terá sido batizado com o nome Mercy. Para além da mensagem poderosa, a canção é cantada em francês, o que torna tudo ainda mais cativante. 

Diogo Canudo: A melhor letra da Eurovisão, a par com a de Israel e a da Itália. Uma letra introspetiva, filosófica, que faz com que cada um pense na hipocrisia e na mediocridade de sociedade que vivemos atualmente.

Elizabete Cruz: A França traz também uma letra humanitária, desta vez a chamar a atenção para os refugiados. Mas é uma letra inteligente, não uma letra feita em cima do joelho só para comprar votos. 

Jessica Mendes: Esta música chamou-me a atenção assim que saíram os snippets precisamente por causa da história. O problema é ser demasiado repetitiva e servir-se de um francês básico que até eu, que sou péssima a francês, percebo. Talvez tenha sido propositado para que pessoas como eu entendessem do que se fala, mas falta-me o encanto que esta história pedia.

João Vermelho: Mais uma canção com uma mensagem importante, e para mim uma das letras mais geniais deste ano, a construção do poema é de tirar o chapéu!

Neuza Ferreira: É impossível ficar indiferente à mensagem que os Madame Monsieur querem passar com esta letra. É uma letra para que as pessoas abram os olhos. Extraordinária e brilhante.

Patrícia Leite: Trata-se de uma letra muito forte e muito atual, principalmente nos países da zona do Mediterrâneo. Fala da crise de refugiados. Nesta letra, a intérprete conta a história de uma refugiada e do que ela passou para escapar à guerra. 

Pedro Anselmo: Chama a atenção do problema dos refugiados, que se aventuram pelo mar em busca de fugir da guerra, acerca de uma menina que nasceu no mar, entre muitas crianças que, infelizmente, ficaram lá.

Pedro Lopes: Das mais bonitas letras que vamos ter na competição deste ano. Uma chamada de atenção, envolta num conto, numa história, capaz de nos por a refletir sobre o que se diz, ao mesmo tempo que, no final, nos deixa de sorriso no rosto.

Tiago Lopes: “Mercy” é talvez a composição com o tema mais atual e com a mensagem mais forte. Apesar de ser em francês e nem toda a europa perceba o que é dito, a letra consegue ser catchy.


André Sousa: Acredito num top 5 para a França. 

Andreia Valente: Tanto vejo a França a ganhar (seria maravilhoso) como vejo a França a ficar fora do top 10. É uma incógnita. 

Catarina Gouveia: Top 10 no mínimo, por favor. Não é algo em que acredite, mas é algo pelo qual imploro.

Daniel Fidalgo: A maioria incógnita desta edição da Eurovisão. Tudo vai depender da apresentação em palco. Tanto imagino “Mercy” a desiludir e a ficar no bottom 5, como imagino França no top 10, ou até mesmo vencer o certame.

Diogo Canudo: É uma incógnita, eu gostava de ver a França um pouco mais para cima.

Elizabete Cruz: Não acho que “Mercy” vá chamar muito a atenção...

Jessica Mendes: Vai acabar num lugar mediano. 

João Vermelho: Arrisco num top 5, mas vai ser difícil.

Neuza Ferreira: Fica entre as 15 melhores canções.

Patrícia Leite: Certamente entre o top 10 e o top 15.

Pedro Anselmo: Espero um top 10 para a França este ano.

Pedro Lopes: De volta ao top 10, oui?

Tiago Lopes: Top 10 com toda a certeza.


André Sousa: 8 pontos.

Andreia Valente: 12 pontos.

Catarina Gouveia: 12 pontos.

Daniel Fidalgo: 12 pontos.

Diogo Canudo: 3 pontos.

Elizabete Cruz: 5 pontos.

Jessica Mendes: 6 pontos.

João Vermelho: 10 pontos.

Neuza Ferreira: 10 pontos.

Patrícia Leite: 8 pontos.

Pedro Anselmo: 10 pontos.

Pedro Lopes: 10 pontos.

Tiago Lopes: 8 pontos.

Total: 114 pontos


André Sousa: Um exemplo claro que a música pode ser um bom aliado da paz, ou da busca da mesma.

Andreia Valente: Sou autorizada a usar golas altas ou tenho de ter um CC francês?

Catarina Gouveia: Onde me inscrevo para me tornar filha deles?

Daniel Fidalgo: Opa canção fora de série, mas mudem o nome do duo, por favor. 

Diogo Canudo: Je m’apelle últimos lugares da Eurovisão. Et toi?

Elizabete Cruz: Mesmo que o resultado não seja excelente, esta é uma música para se sentir orgulhoso!

Jessica Mendes: Só a mim é que me faz confusão que se leia “Mercy” como “merci”?

João Vermelho: Merci, France! Merci!

Neuza Ferreira: Hashtag je m’appelle Mercy.

Patrícia Leite: Merci, França, por não alterares o refrão para inglês!

Pedro Anselmo: Merci, Madame Monsieur!

Pedro Lopes: Merci, muito obrigado, "Mercy", por seres assim! <3

Tiago Lopes: Obrigado. França, por esta mensagem.


1.º Estónia - 144 pontos; 2.º Finlândia - 117 pontos; 3.º Bélgica - 115 pontos;  4.º França - 114 pontos; 5.º Israel - 112 pontos; 6.º Ucrânia - 110 pontos; 7.º Alemanha - 109 pontos; 8.º Áustria - 107 pontos; 9.º Dinamarca - 106 pontos; 10.º Bulgária - 105 pontos; 11.º Grécia - 103 pontos; 12.º Arménia - 100 pontos; 13.º Suécia - 91 pontos; 14.º Holanda - 88 pontos; 15.º República Checa - 86 pontos; 16.º Suíça - 83 pontos; 17.º Austrália - 82 pontos; 18.º Hungria - 81 pontos; 19.º Noruega - 79 pontos; 20.º Lituânia - 77 pontos; 21.º Albânia - 76 pontos; 22.º Chipre - 75 pontos; 23.º Letónia - 75 pontos; 24.º Espanha - 73 pontos; 25.º Montenegro - 73 pontos; 26.º Macedónia - 70 pontos; 27.º Azerbaijão - 69 pontos; 28.º Sérvia - 68 pontos; 29.º Croácia - 66 pontos; 30.º Roménia - 65 pontos; 31.º Irlanda - 61 pontos; 32.º Polónia - 61 pontos; 33.º Malta - 60 pontos; 34.º Eslovénia - 57 pontos; 35 Rússia - 56 pontos; 36.º Geórgia - 49 pontos; 37.º Bielorrússia - 48 pontos; 38.º Moldávia - 43 pontos; 39.º São Marino - 42 pontos; 40 Islândia - 31 pontos. 

Vídeo: Eurovision Song Contest

Sem comentários

Enviar um comentário


Não é permitido:

. Publicar comentários de teor comercial ou enviar spam;

. Publicar ou divulgar conteúdo pornográfico;

. O uso de linguagem ofensiva ou racista, ou a publicação de conteúdo calunioso, abusivo, fraudulento ou que invada a privacidade de outrem;

. Desrespeitar o trabalho realizado pelos colaboradores do presente blogue ou os comentários de outros utilizadores do mesmo - por tal subentende-se, criticar destrutivamente ou satirizar as publicações;

. Divulgar informações sobre atividades ilegais ou que incitem o crime.

Reserva-se o direito de não serem publicados comentários que desrespeitem estas regras.

A não perder
© all rights reserved