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[Especial] 10 coisas (extremamente relevantes) que aprendemos com a Eurovisão


E recorrente sempre que eu começo a falar de Eurovisão cá em casa a minha mãe dizer prontamente "o que é que a Eurovisão interessa para a tua vida?". Este especial advém precisamente das minhas tentativas de responder a essa questão. Se também conhecem alguém que acha que não se aprende nada a ver o ESC, façam o favor de lhes perguntar se sabem tudo isto que se segue.

1. Napoleão rendeu-se na batalha de Waterloo



Bem, se calhar isto não aprendemos a ver a Eurovisão até porque muitos de nós não éramos nascidos quando os ABBA venceram o concurso mas, sem essa vitória, talvez o grupo nunca alcançasse a fama que alcançou e talvez o verso "in Waterloo Napolean did surender" não nos fosse familiar. História à parte, a Eurovisão é mesmo uma junção de culturas: a música mais conhecida do concurso é cantada por suecos e o título é de uma cidade belga onde decorreu a batalha que ditou a queda de um imperador francês.

2. Sabemos quais as estações públicas de todos os países europeus

Pode não parecer algo extremamente interessante à partida mas já todos nós estivemos numa posição em que nos foi útil saber que a RAI é italiana ou que a SVT é sueca. Não é a coisa mais relevante que aprendemos com o ESC, mas não deixa de ser útil de vez em quanto.

3. Quando começou genocídio arménio



Corria o ano de 2015 quando a Arménia anuncia que vai mandar ao ESC cantores dos vários continentes. Era uma ideia incrível até surgir "Don't Deny" e a generalidade dos fãs não gostou especialmente da música. Mas "Face The Shadow" é muito mais que uma simples música e marcou o centenário do início do genocídio arménio por parte do império otomano onde morreram cerca de um milhão de pessoas.  

4. Leis ucranianas

O ESC 2017 pode ter causado muita polémica quando a representante russa foi proibida de entrar na Ucrânia mas a nível de aprendizagem foi uma maravilha. Pelo sim, pelo não, tenham atenção da próxima vez que ponderarem visitar a Crimeia (que eu sei que é algo que os portugueses fazem com bastante regularidade) e pensem que, assim que puserem lá os pés, deixam de estar elegíveis para representar Portugal no ESC caso este seja feito na Ucrânia nos próximos 5 anos (e também não podem atuar por skype). As probabilidades de isto acontecer são mínimas mas eu sempre ouvi dizer que mais vale prevenir que remediar.

5. Mudar o IP do computador

Quem nunca teve de mudar o IP do computador para ver um programa super desinteressante numa língua que nem entende só porque o seu artista preferido vai atuar, não sabe o que é sofrer. Porque é que os canais bloqueiam a transmissão foram dos seus países? Ninguém sabe porque todos nós conseguimos ir ao youtube pesquisar um tutorial para mudar o nosso IP seja para onde for. 

6. Quem é Desmond Morris



É tão raro aparecer uma letra com conteúdo na Eurovisão que, quando tal acontece, toda a gente sabe o que esta significa. Houve tanto falatório à volta do "macaco nu que dança" que, hoje em dia, todos sabem que esse verso se refere ao livro do autor inglês Desmond Morris anteriormente desconhecido da maioria dos eurofãs.

7. Fusos horário da europa inteira

Uma das muitas funções que vêm com os smartphones hoje em dia é a de dizer que horas são em todo o mundo, mas eurofã que é eurofã sabe que horas são em toda a Europa porque as finais nacionais assim o obrigam. O Melodifestivalen começa às 20 horas locais, portanto 19 horas em Portugal. Mas para o UMK e o Eesti Laul já temos de contar menos duas horas. E aquele pânico que surge quando os gregos marcam uma final nacional para as 21 horas locais durante a semana como se nós não tivéssemos nada para fazer às 7 da tarde? Abençoados os islandeses que partilham o nosso fuso horário e não deixam que a sua final acabe ao mesmo tempo de outras mil (os italianos também não deixam que isso aconteça, mas é porque estão um dia inteiro a fazer o Sanremo).

8. Como dizer "canção" ou "música" em mil e uma línguas

"Melodi", "Laul", "Dal", "Musiikin" são só alguns exemplos. Nós sabemos que "opa" é "vamos lá" em grego, "ljubav" e "amore" é amor em sérvio e italiano e até sabemos contar em sueco porque seis programas suecos por ano obriga a isso mesmo. 

9. Em que ano foi o exílio dos tártaros na Crimeia


1944. Essa é fácil. Até sabemos descrever o que se passou: quando os estranhos chegam, vão a tua casa, matam-vos a todos e dizem que não têm culpa. 

10. As capitais e fronteiras dos países europeus

Lembro-me de uma vez estar a ver um qualquer programa de cultura geral com amigos e uma das perguntas era "qual é a capital do Azerbaijão?". Ainda sem aparecerem as opções de resposta eu disse Baku. Os meus amigos perguntaram-me prontamente como é que eu sabia aquilo e eu, não querendo deixar de aproveitar aquele momento, disse-lhes que era uma coisa básica. A verdade é que eu nunca fui muito forte a geografia (inclusive foi a minha nota mais baixa no secundário) mas ver a Eurovisão faz de nós experts no assunto. Nós sabemos que Valleta é a capital de Malta, que o Azerbaijão e a Arménia estão em conflito, que os países bálticos são a Estónia, a Letónia e a Lituânia e outra data de coisas que só são úteis precisamente em concursos de cultura geral.

Vídeos: mozpiano2, Eurovision Song Contest/Imagem: wiwibloggs

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