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Especial: o sucesso sueco


Claramente a Suécia é, atualmente, o melhor aluno da Eurovisão. A ameaça do país que canta "I Can't Go On" em bater o recorde de "mais títulos ganhos na Eurovisão" parece estar sempre presente, mas, será que o país do IKEA e da Volvo esteve sempre em benefício? Como terá começado todo este sucesso? 

A Suécia começou nas corridas do mundo da Eurovisão no ano de 1958, mais propriamente no Festival Eurovisão da Canção. Nesse ano o concurso estava na terceira edição e foi sediado na cidade de Hilversum, na Holanda. O país foi representado por Alice Babs, com a canção Lilla Stjärna, tendo ficado em quarto lugar, com dez pontos, entre dez países.  


Nos anos que se seguiram, a Suécia alcançou sempre bons lugares, tendo ficado quase sempre nos primeiro cinco lugares, exceto em 1963, onde ficou em último, não tendo somado qualquer pontuação. No ano seguinte, não participou no concurso. 

Sempre inovador, em 1965, a Suécia regressa novamente ao festival, desta vez com uma canção em inglês (tendo sido por isso, o primeiro país a apresentar uma canção integralmente em inglês como língua não materna), no entanto apenas alcança o décimo lugar entre 13 países. No ano seguinte, o país alcança a sua melhor pontuação, alcançando o segundo lugar com a canção Nygammal Vals, interpretada por Lill Landfors e Svante Thuresson. 


Porém, o sucesso ainda não tinha vindo para ficar, e, nos anos que se seguiram a Suécia esteve quase sempre nos lugares entre o meio e o fundo da tabela. Em 1970, juntamente com mais quatro países (incluindo Portugal) fez um boicote ao concurso, protestando o resultado do ano anterior, onde houve quatro vencedores, e, por isso, retirou-se do concurso nesse ano. Regressa novamente no ano seguinte. 

Em 1974 o país lança-se para as "luzes da ribalta" com a vitória dos ABBA, com "Waterloo". Contudo, os custos da organização do evento em 1975, fizeram com que o país não participasse em 1976. A partir de 1977, o país ainda ficou em último lugar uma vez, no entanto, esta foi a última vez em que o país ficou numa posição tão fraca. 

 

Desde 1974 a 2000, a Suécia conseguiu vencer mais três vezes, uma em 1984, outra em 1991, e outra em 1999. Contudo, sempre acompanhada de altos e baixos. No entanto, com a entrada no novo século, a Suécia tornou-se claramente o melhor aluno da Eurovisão, tendo vencido o concurso mais duas vezes - uma em 2012 e outra em 2015. Desde a implementação das semi-finais, apenas ficou fora da final uma única vez. Para além disso, é o país que mais vezes esteve no top 5. 



A Suécia como país anfitrião:

Como foi referido anteriormente, a Suécia venceu o festival seis vezes, estando prestes a alcançar o recorde da Irlanda. Cada vez que o país dos ABBA organiza o certame, parece que a qualidade cresce. Mas por que será que isso acontece? 

1975:
O primeiro concurso organizado pelo país nórdico foi em 1975, na cidade de Estocolmo e ficou marcado por um novo sistema de votação. Cada país seria representado por um júri constituído por onze membros e, metade deles teriam que ter idade inferior a 26 anos.



1992:
Organizado pela Suécia após a vitória de Carola, o concurso foi sediado em Malmö. Ficou marcado pela última participação da antiga Jugoslávia. 


2000:
Foi sediado na maior arena da Suécia, a Globen Arena, em Estocolmo (e que viria também a sediar o evento em 2016), com capacidade para 16 000 espetadores. Pela primeira vez foi lançado um CD, onde estavam presentes todas as músicas presentes no concurso. Esta foi também a primeira vez que os artistas tiveram um ecrã, onde era possível ver alguns vídeos durante a atuação dos mesmos e que tinham a ver com os temas cantados.



2013:
Depois da arrebatadora vitória em Baku, por Loreen, em 2013, a Suécia, mais especificamente a cidade de Malmö, recebe o Festival Eurovisão da Canção. É a primeira vez no século XXI que o concurso é apresentado por apenas uma mulher, Petra Mede. 
Nesta edição pretendeu-se criar maior proximidade com os espetadores e por isso, criou-se um pequeno palco no meio da audiência, ligado por uma pequena "passerelle". 
Um outro facto que diferencia esta edição das anteriores foi o facto de não haver led's como fundo, no palco, sendo que, por outro lado, foram criados alguns efeitos em tecnologia 3D. 


Esta edição contou também com a participação da personagem Lynda Woodruff, a "porta-voz oficial da EBU", interpretada pela sueca Sarah Dawn Finer, e que viria a tornar-se num ícone nas edições de 2013 e 2016. 


2016:
O último festival a ser organizado na Suécia até à data. Foi sediado na Globen Arena, em Estocolmo, tendo sido apresentado pela comediante Petra Mede (apresentadora da edição de 2013) e pelo vencedor que trouxe o concurso para a Suécia no ano anterior, Måns Zelmerlöw. 
Este festival ficou marcado pela mudança na forma de votação, que não sofria mudanças desde 1975 (concurso também sediado na Suécia). 
Esta edição ficou também marcada pela transmissão em direto na China e nos Estados Unidos, tendo sido também palco para a apresentação do tema Can't Stop the Feeling, do cantor, Justin Timberlake. 


A edição de 2016 também ficou marcada por ter um tema composto exclusivamente para o interval act e interpretado pelos apresentadores. Tema este que terá sido posteriormente editado para as plataformas digitais. A canção intitula-se Love, love, peace, peace, e revelou-se um dos maiores hits desta edição. 


O Melodifestivalen

O Melodifestivalen é um dos maiores acontecimentos de música na Suécia. É equiparado a um "mini Festival Eurovisão", mas só para os suecos. Desde 1958 que o concurso existe e pretende eleger a música para o Festival Europeu. 
No entanto, nem sempre o concurso passou por boas fases, tendo estado "desacreditado" pela população, devido à baixa qualidade do concurso. 
Em 2002, uma nova equipa entrou em funções, liderada por Christer Björkman, e, a partir daí, o concurso tem tido taxas de share de cerca de 90%. Praticamente toda a Suécia pára para assistir à eleição do representante na Eurovisão. O concurso possui quatro semi-finais, sendo que cada espetáculo ocorre em várias cidades da Suécia, procurando assim descentralizar e estar em contacto com as populações locais.  



Suecos produtores do ESC

Talvez pelo sucesso que a Suécia tem tido nos últimos anos, e, pelas proporções que o Melodifestivalen tem tomado a nível europeu, existe uma pequena equipa responsável pela organização do Festival Eurovisão da Canção (ESC), de entre os quais se encontram dois principais produtores suecos, que são: Martin Österdahl e Christer Björkman, ambos produtores executivos do Melodifestivalen. 



O Futuro

A Suécia parece estar cada vez mais forte no mundo da música. Apesar de pequeno em dimensão, é um país com uma cultura musical enorme, que se ficou a dever, principalmente, à vitória dos ABBA, em 1974. No entanto, existem algumas questões que precisam de resposta no futuro. Será que a Suécia baterá mesmo o recorde de maior número de vitórias no Festival europeu? Como ficará o concurso no futuro? A Suécia já deu fortes provas que pode ganhar o concurso mais do que uma vez na mesma década. Será que vamos passar a ter um Eurosverige (ou "Eurosuécia", com tradução)? Será que vamos assistir a mais apresentações de Petra Mede? Só o futuro o dirá, mas que a Suécia está cada vez mais forte, lá isso está. 


Vídeos: Youtube



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