ANJA - "WHERE I AM"
André Sousa: Particularmente, gosto bastante da batida. Uma conjunção e composição bem realizadas.
Andreia Valente: “Where I Am” tem uma sonoridade muito comum. Relembra-me do pop underground do final dos anos 90 quando os artista R&B começaram a transitar para um som mais mainstream. A canção dinamarquesa tem um tom épico sem nunca se tornar uma tentativa de agradar a audiência que vê a Eurovisão pelas performances dramáticas. A Dinamarca escolheu jogar pelo seguro em 2017 e mostrar alguma consistência musical.
Catarina Gouveia: Já tinha saudades de gostar de alguma canção da Dinamarca! Neste ano isso aconteceu, finalmente! É impossível não gostar de “Where I Am”, simplesmente. Não segue a linha inovadora que temos nesta edição ou as mil e uma baladas básicas, o que é um ponto a favor. É uma balada pop intemporal e completamente contagiante.
Daniel Fidalgo: Um dos menos sofisticados, mas dos mais eficazes. Não é nada de brilhante, mas leva-nos numa direção, tendo cabeça, pés e membros. É pop, radiofónico e muito eurovisivo.
Diogo Canudo: Sabem porque é que “Where I Am” é a minha favorita? Porque este ano muitos países tentaram levar propostas “inovadoras”, tentando igualar-se a Aminatas e Loics Nottets eurovisivos. Mas, além de não serem inovadores, só foram mesmo intrigantes ao fazerem músicas “estranhas”. “Where I Am” é uma música bastante “normal”, com uma composição clássica, com um refrão arrebatador, e sabe perfeitamente quais os momentos certos para fazer a música brilhar. Este é o troque para o sucesso: fazer algo bom e consistente!
Elizabete Cruz: Este é mais um daqueles instrumentais que sinto que já o ouvi uma dúzia de vezes. A batida é tão cliché e sem graça que dá vontade de parar de a ouvir antes de chegar ao fim.
Jessica Mendes: Este é aquele pop tão típico da eurovisão que nos faz lembrar outras 300 músicas que já pisaram aquele palco. Não há nada que distinga esta música da outras nem que a torne memorável.
Joana Raimundo: Faz bastante lembrar as baladas do início dos anos 2000, e faz me lembrar algo que definitivamente já ouvi antes. O que não é necessariamente mau, mas para mim, já é algo que não funciona.
Neuza Ferreira: Pavoroso. Parece disco, pop... Não entendo. Não gosto
André Sousa: A voz da Anja é algo de soberba. Detentora de um óptimo aparelho vocal, dota esta canção de toda a intensidade que ela necessita. Se no ano fiquei com pena que ela não tenha representado o pais, este ano vejo que ela, mais uma vez, era a melhor aposta.
Andreia Valente: Anja Nissen é magnífica! Esta voz dinamarquesa lidera a corrida para voz mais poderosa, mas sensível e controlada, e com uma amplitude vocal incomum. O sentimento da letra é muito bem passado com a versatilidade do registo de Anja.
Catarina Gouveia: Sem dúvida, a melhor voz do ano. Anja tem, literalmente, uma voz de anjo. As notas altas são atingidas sem a mínima margem para falhar quase que sem demonstrar esforço algum. Um timbre incrível, do melhor que já vi a passar pelo festival.
Daniel Fidalgo: A melhor desta edição! Anja não tem uma voz, ela tem A VOZ.
Diogo Canudo: Apesar de ser bastante jovem, Anja dá uma abada a todas as cantoras desta Eurovisão 2017. Não desafina, sabe quando deve elevar a voz, não tem qualquer tipo de falhas, tem um bonito tom vocal e sabe como fazer brilhar a música com a sua voz. Fantástica! Que arraso ao vivo! Já não se fazem vozes como esta!
Elizabete Cruz: Anja tem uma voz bem melhor do que a música. Provavelmente uma das melhores vozes desta edição.
Jessica Mendes: Ela foca-se tanto nas notas mais altas que se esquece que o resto também é importante. Além isso tem claros problemas de respiração.
Joana Raimundo: Acho a voz da Anja lindíssima e super poderosa, mas não passa disso, é só mais uma voz.
Neuza Ferreira: Há partes em que parece que grita em vez de cantar e torna-se desconfortável, mas é uma voz bastante forte e poderosa que arrasa o instrumental.
André Sousa: Talvez ela tenha de se desprender um pouco mais. De resto, tudo impecável.
Andreia Valente: Uma intérprete com uma presença graciosa que consegue encher o palco e que se apodera do instrumental com muita garra. Ajuda que Anja tenha um charme dinamarquês e seja lindíssima.
Catarina Gouveia: Anja tem um carisma fantástico, isso faz com que nos apaixonemos pela performance instantaneamente. De resto, basta uma wind machine e quem sabe uma pirotecnia lá para o fim e já está!
Daniel Fidalgo: Presença de palco muito boa, que em conjunto com a sua voz potente acaba por proporcionar um momento incrível.
Diogo Canudo: Anja Nissen não precisa de bailarinos nem de efeitos visuais em palco. Pode até melhorar neste último aspecto, mas Anja sabe perfeitamente como interagir com as câmaras e como cativar os telespectadores com a sua beleza e voz. É destas poucas performances que não estou preocupado na Eurovisão porque já sei que vai ser algo bombástico!
Elizabete Cruz: Mais uma vez, Anja arrecada aqui bastantes pontos. Ela sabe estar e marcar a sua posição em palco.
Jessica Mendes: Ela sozinha em palco com uma música destas? Não dá. Acrescentem qualquer coisa.
Joana Raimundo: Vai ser bonito? Vai. Vai ser desinteressante? Imenso. Dêem 5€ quando isto for uma das atuações pré ou pós intervalo.
Neuza Ferreira: As luzes. Adoro as luzes. Ela bem se mexe ali no meio do “fumo”. Já disse que adoro os efeitos de luz?!
André Sousa: Gosto. Não é nada que me encante. Jogaram pelo seguro, e por vezes essa é a melhor aposta.
Andreia Valente: A letra de “Where I Am” é muito curiosa. É sobre ultrapassar o medo de se expor na relação e acabar magoada, mas sentir que não se tem outra hipótese. Denota-se um desespero que Anja consegue transmitir bem na sua performance.
Catarina Gouveia: É mais uma canção que fala de amor. Uma demonstração quase em desespero do sentimento por alguém. Nada de novo, mas é sem dúvida um trabalho bem feito.
Daniel Fidalgo: Um dos poucos aspetos menos positivos. Não é propriamente um poema, mas não compromete a canção.
Diogo Canudo: A composição lírica também é bastante consistente e clássica. Apesar de ser uma letra de amor com os seus habituais clichés, vai mais além e apresenta uma outra visão: o deixar ir para voltar a ser feliz. Não desilude nem prejudica em nada a proposta dinamarquesa.
Elizabete Cruz: A letra está bem construída e consegue ser mais rica do que muitas que andam por aí sobre histórias de amor.
Jessica Mendes: “Esta noite vou-te mostrar”, “esta noite vou-te agarrar mais que nunca”, isto é tão básico e tão visto como a música em si.
Joana Raimundo: É assim. Ela só quer saber onde é que ela está. Podem-lhe dizer? É que as vezes que ela repete o mesmo, é extremamente cansativo.
Neuza Ferreira: Não é genial, mas fica no ouvido, o que é importante.
André Sousa: Capaz de ficar nos 15 primeiros lugares da final.
Andreia Valente: Um lugar garantido na final. Na final, merecerá um Top 5.
Catarina Gouveia: Este tema é um quanto underrated entre os eurofãs, mas julgo que facilmente se apura para a final, onde poderá surpreender.
Daniel Fidalgo: Welcome back to the final, Denmark.
Diogo Canudo: Um top 10 é mais do que justo.
Elizabete Cruz: Espero que a Dinamarca volte este ano à final.
Jessica Mendes: Estou segura que é desta que a Dinamarca volta a uma final eurovisiva.
Joana Raimundo: Eu penso que irá ser uma grande surpresa para muita gente quando isto ficar pela semifinal.
Neuza Ferreira: Meio da tabela.
André Sousa: 8 pontos.
Andreia Valente: 12 pontos.
Catarina Gouveia: 12 pontos.
Daniel Fidalgo: 8 pontos.
Diogo Canudo: 12 pontos.
Elizabete Cruz: 5 pontos.
Jessica Mendes: 3 pontos.
Joana Raimundo: 3 pontos.
Neuza Ferreira: 7 pontos.
Total: 70 pontos.
Total: 70 pontos.
André Sousa: A voz feminina deste ano, sem dúvida
Andreia Valente: A Dinamarca não arriscou e, só isso, já foi um risco enorme.
Catarina Gouveia: Esta rapariga atinge as notas altas com a mesma facilidade com que eu como um pacote de amendoins.
Daniel Fidalgo: Para quem não gostou à primeira, ouça a segunda, a terceira… é, sem dúvida, daquelas que se vai gostando aos poucos.
Diogo Canudo: Anja, tu estás no coração de todos nós!
Elizabete Cruz: Obrigada, Dinamarca, por começarem a sair do buraco em que se enfiaram nos últimos anos!
Jessica Mendes: “You know where I am” difícil é não saber com tanta gritaria.
Joana Raimundo: Flopadona.
Neuza Ferreira: Quem pode, pode.
1.º Azerbaijão - 77 pontos; 2.º Portugal - 77 pontos; 3.º Dinamarca - 70 pontos; 4.º Finlândia - 68 pontos; 5.º Polónia - 65 pontos; 6.º Suécia - 65 pontos; 7.º Bélgica - 63 pontos; 8.º Arménia - 60 pontos; 9.º Austrália - 60 pontos; 10.º Islândia - 59 pontos; 11.º Albânia - 56 pontos; 12.º Áustria - 49 pontos; 13.º Geórgia - 46 pontos; 14.º Moldávia - 45 pontos; 15.º Montenegro - 41 pontos; 16.º Grécia - 37 pontos; 17.º Chipre - 32 pontos; 18.º República Checa - 30 pontos; 19.º Letónia - 29 pontos; 20.º Eslovénia - 14 pontos.
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