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Apreciações Musicais - ESC 2015: Sérvia



BOJANA STAMENOV - "BEAUTY NEVER LIES"



André Sousa: A Sérvia apresenta uma instrumental que tem uma passagem de tempos muito boa. Toda a intensidade que dá ao tema faz com que se fiquemos agarrados à espera do que vem a seguir. Uma batida não muito atual - mas que, nem assim, perde o seu valor.

Andreia Fonseca: A primeira metade do tema é a Sérvia no seu melhor – instrumental agradável e melódico, com uma poderosa interpretação. A segunda parte do tema, com um ritmo mais dance, para mim estraga-o. Não gosto de temas tão ambivalentes – uma coisa é fazer o tema crescer, outra é torná-lo bipolar.  

Catarina Gouveia: Estava a gostar bastante deste tema até chegar àquela keychange em que a música se torna numa versão ainda mais rasca que os hits dos anos 90 dos Santamaria. Minha nossa senhora, como é que uma música pode empobrecer tanto assim? 

Cláudia Peres de Matos: É uma mistura de alguns estilos que já se ouviram no certame. A parte final mais ritmada é o melhor da canção. 

Diogo Canudo: Não sou especialmente fã do último minuto da canção, acho que perde toda a beleza à canção. Normalmente, os keychanges não resultam bem na Eurovisão.

Elizabete Cruz: O que mais gosto neste instrumental é com certeza o facto de ter alguns elementos étnicos, mas quando entra na parte mais electrónica fico com vontade de desligar a música. Assim se estraga um instrumental.

Jessica Mendes: Há uma clara divisão da música em duas partes: uma menos mexida e outra mais. A primeira parte não é má, mas se a comparar-mos com outras baladas que o país já nos apresentou, deixa muito a desejar. A segunda parte é só mais uma música entre muitas. 

Joana Martins: Muito interessante. Típico dos balcãs. 

Rita Pereira: Um poderoso instrumental étnico que mistura sons electrónicos – como é tendência – que não passa despercebido.


André Sousa: A voz é completamente brutal. É impressionante ver a mudança no tom de voz e na garra que a intérprete apresenta – um vozeirão, na minha opinião. 

Andreia Fonseca: A intérprete tem uma voz poderosa – a sua caixa torácica já o fazia anunciar. Nada a apontar. 

Catarina Gouveia: Ao contrário de muitas pessoas, não acho a voz da Bojana nada de especial. Aguenta as notas mais longas mas não sou grande fã da sua sonoridade.

Cláudia Peres de Matos: É uma voz poderosa mas que pode trabalhar mais para atingir a perfeição. 

Diogo Canudo: Nâo é a melhor voz do ano, mas é uma voz poderosa, que tem todo o alcance para chamar à atenção da audiência.

Elizabete Cruz: Uma voz poderosa, que se encaixa bem na primeira parte da música e que mesmo assim consegue acompanhar a parte electrónica. Uma das melhores vozes do ano. Os coros também ajudam bastante a melhorar a música. 

Jessica Mendes: Parece-me o melhor ponto desta proposta. Bojana tem uma voz muito poderosa e que controla muito bem evitando que os meus tímpanos saiam prejudicados desta audição. 

Joana Martins: Voz muito boa e também ao vivo. 

Rita Pereira: A artista precisa de ter mais segurança na voz especialmente logo ao início da canção. 


André Sousa: Uma postura muito estática mas também derivado os efeitos que se desenham na sua indumentária. Penso que a atuação assim é bastante favorecida e a garra apresentada na segunda metade do tema é de louvar.

Andreia Fonseca: Vestido com efeitos coloridos (estilo azeri), possantes bailarinos (quais guerreiros) e um bom ambiente cénico. Acredito que a aposta não se irá alterar para o certame eurovisivo.

Catarina Gouveia: A prestação em palco como foi já apresentada está perfeita, para mim. Gosto da indumentária dos bailarinos e acho que a coreografia conjuga bem com o tema.

Cláudia Peres de Matos: Imagens projetadas no vestido… isso está mais do que batido na Eurovisão. Além disso, a intérprete nem no momento em que a melodia acelera se mexe mais um bocadinho. A sua imagem adequa-se mais a uma balada intensa do que a um ritmo destes. 

Diogo Canudo: Gostei da atuação na final sérvia, e não acredito que a mesma irá sofrer muitas alterações. No entanto, acho que, mesmo assim, não é suficiente para uma passagem à final.

Elizabete Cruz: Quem não gosta de ver quatro homens em tronco nu a dançar? Ainda por cima parecidos com samurais! Diria que não se adequa muito, mas não deixo de achar engraçado. Aquelas luzes no vestido da senhora é que eram absolutamente dispensáveis.

Jessica Mendes: Esqueçam a projeção de cores e figuras no lençol que ela tem vestido, por favor. Mantenham a dança estranha.

Joana Martins: Tirem aqueles dançarinos e trabalhem mais um pouco. 

Rita Pereira: Precisa de haver mais movimento em palco da parte dos bailarinos do que a demonstrada na final nacional. É crucial para uma passagem à Final.


André Sousa: Uma música que fala na diferença e como esta não difere ao olhar de quem a entende – nem que sejamos nós próprios. 

Andreia Fonseca: Pouco original, mesmo assim encaixa no clima do instrumental. Temos guerreira e o céu é o limite. 

Catarina Gouveia: Nãaaaaaao, mais uma vítima da mudança para inglês. Estava bem melhor antes, mas acaba por ser uma canção bem escrita com uma temática interessante, sobre encarar que todos temos a nossa beleza.

Cláudia Peres de Matos: Porque é que foram mudar a letra? Não faz sentido mudar a língua sérvia que é tão bonita. Fiquei de pé atrás quando justificaram o fracasso das Moje 3 com o facto de não terem cantado em inglês, por ser uma justificação tão sem nexo quando a Sérvia já ganhou o ESC em sérvio e nunca apresentou canções em inglês. Espero que isso não seja justificação de novo. 

Diogo Canudo: A versão em inglês não me acrescenta nada, por isso poderia ter ficado perfeitamente bem em sérvio. A letra está cheia de clichés e de palavras banais, mas o poema, em si, é competente.

Elizabete Cruz: Antes de mais, tenho a dizer que preferia mil vezes a letra em sérvio, mesmo que eu não entendesse nada. Em relação à letra em si, retrata uma afirmação pessoal, arriscar-me-ia a dizer que até relacionada com a forma física de Bojana, que dentro dos padrões da sociedade não é considerada beleza. Acho que todos acabamos por nos rever nesta música, já que todos vivemos pressionados para sermos visualmente perfeitos.

Jessica Mendes: Custa-me imenso ver a Sérvia a cantar em inglês, até porque a canção perde muito com esta mudança de idioma e percebemos que é só mais uma no meio de outras tantas.

Joana Martins: Mudar isto para inglês foi o maior erro eurovisivo do ano. Não combina com a música. 

Rita Pereira: Uma mensagem muito vincada – e muito bem-sucedida – de força que pretende elevar a auto-estima dos mais frágeis. 


André Sousa: Uma passagem à final para a Sérvia.

Andreia Fonseca: Acredito que passará à final.

Catarina Gouveia: Se passar julgo que será mesmo no limite. Sinto um quê de flop nesta proposta. 

Cláudia Peres de Matos: Conseguirá a final, mas só por causa do tópico anterior, era bem feito não passar. 

Diogo Canudo: Não acho que passe à final.

Elizabete Cruz: Não acho que vá passar à final.

Jessica Mendes: Conseguirá um bom lugar por ser a Sérvia.

Joana Martins: Espero pela atuação mas sinceramente acho que está na corda bamba, pode perfeitamente ficar pela semifinal. 

Rita Pereira: Caso os aspectos apontados melhorem, a passagem à Final poderá estar mais facilitada. No entanto, será uma qualificação difícil e, caso consiga, um lugar no fim da tabela lhe estará reservado.


André Sousa: 6 pontos

Andreia Fonseca: 7 pontos

Catarina Gouveia: 5 pontos

Cláudia Peres de Matos: 5 pontos

Diogo Canudo: 5 pontos

Elizabete Cruz: 4 pontos

Jessica Mendes: 3 pontos

Joana Martins: 6 pontos

Rita Pereira: 6 pontos

Total: 47 pontos


André Sousa: Uau! 'Bora ouvir de novo?

Andreia Fonseca: Agridoce. 

Catarina Gouveia: Não sei qual é a pior keychange, esta ou a da Filipa Baptista em “A noite inteira”.

Cláudia Peres de Matos: Se não fosse Montenegro a cantar em Sérvio, esta edição tinha perdido um dos seus grandes encantos.

Diogo Canudo: Eu adorava gostar mais disto, mas não consigo.

Elizabete Cruz: Beijinho no ombro para as invejosas, porque a beleza de Bojana está em Viena!

Jessica Mendes: Volta, Zeljko!

Joana Martins: O exemplo perfeito que mudar a letra pode praticamente estragar uma música. 

Rita Pereira: A beleza nunca morre... e a esperança também não.


 Estónia - 79 pontos;  Grécia - 50 pontos;  Macedónia - 48 pontos;  Sérvia - 47 pontos;  Bélgica - 46 pontos;  Holanda - 43 pontos;  Arménia - 35 pontos;  Moldávia - 23 pontos;  Finlândia - 5 pontos.


Vídeo: Eurovision.tv
02/04/2015

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