Eurovisão d'Ouro - Terceiro texto: Suécia, Mónaco, Noruega, Finlândia e Espanha

E O VENCEDOR DO SEGUNDO LOTE FOI:

(leia o texto [AQUI])

EMMELIE DE FOREST - "ONLY TEARDROPS" (DINAMARCA)

RESULTADOS COMPLETOS:

1º Emmelie De Forest – “Only Teardrops” (Dinamarca): 28% - 29 votos

2º Conchita Wurst – “Rise Like a Phoenix” (Áustria): 26% - 27 votos

3º Celine Dion – “Ne Partez Sans Moi” (Suíça): 24% - 25 votos

4º Gigliola Cinquetti – “Non Ho L’Età” (Itália): 12% - 13 votos

5º Gina G – “Ooh… Aah… Just a Little Bit” (Reino Unido): 10% - 11 votos

  Um dos países que deu muitas dores de cabeça na escolha do representante na nossa rubrica foi a Suécia, uma das superpotências do ESC. A escolha recaiu sobre os ABBA. “Waterloo” que fala de uma rapariga que se prepara para render ao amor como Napoleão se rendeu na Batalha de "Waterloo" em 1815.

  Agnetha, Bjorn, Benny e Anni-Frid fizeram história na Eurovisão: ganharam o festival com uma canção que não era interpretada na sua língua materna (o inglês), romperam com as baladas dramáticas e impuseram um novo ritmo, a que o juri se rendeu por completo, atribuindo-lhes a vitória com 24 pontos, mais 6 que a regressada Gigliola Cinquetti e o seu “Si”. Além disso, o seu guarda-roupa destacou-se dos outros por ser mais irreverente e chamativo, o que entusiasmou o público em geral. Mais tarde, esta música foi considerada a melhor de sempre no espetáculo dos 50 anos de Festival Eurovisão da Canção. Quanto aos ABBA, apesar de se terem separado em 1982, ainda hoje são inspiração para musicais, "covers" e filmes em homenagem à maior banda sueca de todos os tempos.

  O Mónaco participou pela primeira vez em 1959, e teve de esperar até 1971 para vencer o festival. E aqui falamos de Séverine. De seu nome verdadeiro Josiane Grizeau, Séverine participava com 22 anos, no mesmo concurso que é de boa memória para os portugueses que conquistavam a sua melhor posição de sempre: um honroso 9.º lugar entre 18 concorrentes. À altura, Séverine concorreu com “Un banc, une arbre, une rue”. A canção é uma balada clássica francesa, com as letras enfocando a perda da inocência da infância, e as pessoas a seguir seus sonhos. As linhas que se abrem para o coro traduzem-se como "Todos nós temos um banco, uma árvore, uma rua / Onde nós acarinhámos os nossos sonhos / A infância que foi tão curta". Com uma prestação cativante, venceu o concurso, com uns excelentes 128 pontos, deixando a concorrente espanhola Karina distante com menos 12 pontos. A canção alcançou sucesso na Europa. Curiosamente, depois da vitória no concurso, a sua fama declinou, de tal maneira que só tem algum reconhecimento na França e Alemanha.

  E se eu disser que na Eurovisão d'Ouro há uma música que vamos destacar em que a letra conta com apenas 24 palavras? Algo como: “La dagen få/Sin hvile nå/Og natten vil våke for den/Nocturne” e “Selv mörket må/En gang forgå/Så natten kan föde en dag” compõe a grande música que os Secret Garden levaram à Irlanda em 1995, “Nocturne”, e lá conseguiram pôr termo à hegemonia Irlandesa. Uma prestação que, a mim, me arrepiou, e seria uma injustiça se não estivesse aqui. Há quem vá estranhar a ausência de Alexander Rybak e os seus 387 pontos, como a maior pontuação alcançada por um país no ESC, mas, a par da Suécia, a Noruega é uma das superpotências eurovisivas, há que o reconhecer. Com uma apresentação simplista, arrebataram 148 pontos, deixando a também maravilhosa Anabel Conde a 29 pontos de distância, também com uma prestação de música vencedora. Foi um festival muito renhido, e dos mais bonitos que já vi. Curiosamente, a vitória foi meio irlandesa, pois a violonista é natural da Irlanda.

  Uma das vencedoras que deu tanta polémica... quem não se lembra de “Hard Rock Hallelujah” dos Lordi?  Eles não podiam faltar nesta nossa rubrica! Um estilo que nunca vingou e que em 2006, na Grécia, lá atuaram e conseguiram ganhar com uns esmagadores 292 pontos, deixando bem para trás o Dima Bilan com “apenas” 226 pontos, mas dois anos depois, de tanto “acreditar”, lá conseguiu vencer, e sem falsidades, com muito voto “debaixo de mesa” (os mais atentos entender-me-ão). Voltando aos Lordi, estes esmagadores 292 pontos marcaram uma era na Eurovisão, sendo, à altura, a canção com maior pontuação de sempre, mas ainda estava para vir o Alexander Rybak para quebrar novamente este recorde. Com roupas, no mínimo, de um filme de zombies, e uma performance contagiante, convenceram todos... menos Eládio Clímaco. Ao despedir-se dos telespetadores, lá o fez da seguinte forma, à Jogos Sem Fronteiras: “senhores telespectadores, até para o ano, na Finlândia, em Reikjavik!”.

  "Quédate  Conmigo"  foi a música interpretada por Pastora Soler, que representou a Espanha na Eurovisão de 2012. Pastora Soler tem uma voz que nunca mais acaba, chegando mesmo a ser arrepiante ouvi-la cantar. Uma balada pop fortíssima com uma letra igualmente forte. Tal como na maior parte das baladas,também aqui o tema é o amor. A melodia é cativante e a prestação de Pastora Soler ao longo de toda a actuação chama a atenção e envolve o espectador naquele clima criado que começa baixo e vai crescendo, terminando num clímax final estrondoso.

  Os fãs continuam a recordar ainda hoje esta actuação de Pastora, considerando-a umas das melhores da história daquele país na Eurovisão. "Quédate Conmigo" também esteve em tops músicas de vários países e ocupou a posição 35 num top musical de final de ano em Espanha.

QUAL DESTES 5 ESCOLHIDOS É O VOSSO PREFERIDO?

(vote na sondagem que se encontra no lado direito do site)

05/07/2014