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Contra o ódio eurovisivo - Sexto texto: os BIG5 não deviam existir





      Este tema é, de facto, complicado! Os BIG5 são países que patrocinam o certame e, como em todo o lado, procuram algum benefício com isso. Se podemos dizer que são as grandes potências europeias (independentemente de, por exemplo a Espanha estar a atravessar uma crise económica), o mesmo não podemos dizer relativamente à Eurovisão. França, Espanha, Alemanha, Itália e Reino Unido são talvez dos países com maior impacto na vida dos europeus: toda a gente conhece os seus chefes de governo, têm uma economia importante (excetuando nuestros hermanos) , as melhores equipas de futebol, etc. No entanto, mesmo com tudo isto não conseguem triunfar no mundo eurovisivo.
A Itália, desde que voltou, tem sido levada ao colo. “Madness of love” é o melhor exemplo disso: chegou ao segundo lugar com uma das piores musicas que já ouvi na Eurovisão; a França há muito que esqueceu a Eurovisão (veja-se os dois pontos deste ano); a Espanha acha sempre que merece ganhar mas nunca leva músicas verdadeiramente boas; a Alemanha é talvez o país que mais se esforça (e o último do grupo a levar para casa o troféu), mas mesmo assim parece-me muito básico; e o Reino Unido é o caso que mais me choca - acho indecente um país com tantos músicos conhecidos não ser capaz de arranjar maneira de levar lá um deles, do que em apostar em artistas ultrapassados como Bonnie Tyler ou os Blue. Caríssimos senhores da BBC, caso ainda não tenham reparado, podem tentar a Adele, a Jessie J, os Coldplay (oh… os Coldplay na Eurovisão faziam-me muito feliz) , os Keane ou até alguém que já se tenha oferecido, como o Robbie Williams. É preciso continuar?
  Depois disto é difícil não criticar esta regra dos Big5, é verdade. Confesso que me faz confusão que músicas, muitas vezes, piores que a nossa (veja-se a França este ano) estejam na final. Há países que mereciam tanto (e agora não falo de Portugal apenas) estar na final e não estão porque há países que pagam para lhes roubar os lugares. A verdade é que a Eurovisão, como tudo, precisa de patrocínios e todos nós sabemos que isto do Festival é muito engraçado: mas sem dinheiro não há festival para ninguém. Expliquem-me lá uma coisa então: preferem ter estes cinco países na final, mesmo com músicas péssimas, ou não ter festival? É que eu prefiro a primeira opção e assim até tenho uns espacinhos para comer e ir à casa-de-banho durante a emissão do Festival.

Agora a sério: a história do amor e uma cabana é muito bonita, mas a verdade é que sem dinheiro ninguém sobrevive. Sobretudo quando falamos de um certame que envolve tantos milhões e tem de estar sempre na perfeição! 


10/07/2014

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