A UER encontra-se ainda a analisar a situação, no entanto a solução deverá passar pelo operador que cobrir aquela região: se for russo a Crimeia votará pela Rússia, se for ucraniano votará pela Ucrânia.
O ESC será mais um prova de fogo à Crimeia e ao conflito Rússia/Ucrânia. Neste momento, a questão que impera é "por quem votará a Crimeia?". Qualquer decisão tomada terá, indicutivelmente, uma significância política. A UER já admitiu a dificuldade inerente à decisão, embora remeta o assunto para as questões técnicas. Jon Ola Sand referiu que a realidade está para lá do controlo dos responsáveis pelo ESC. O jornalista sueco Stig Fredriksson, correspondente da agência TT em Moscovo, explicitou que o dilema é muito interessante. Nenhum país reconheceu a anexação - aceitar que a Crimeia vote pela Rússia é aceitar a sua incorporação. O supervisor executivo do ESC pretende não misturar política com o evento, referindo que é um desafio técnico. Esta questão será decidida quando se conhecer a infraestrutura do território e quem será o operador que vai trabalhar no local, se é russo ou ucraniano. A UER está a trabalhar neste assunto com a televisão pública ucraniana. Uma solução seria não permitir que a Crimeia votasse, no entanto, esta solução não agrada nem à UER e nem a Jon Ola Sand.
Loreen, vencedora do ESC 2012, defendeu, em entrevista a um tablóide sueco, que a Crimeia é território ucraniano. Junta-se assim a outra vencedora do ESC, Ruslana, que também defende que a anexação da região é ilegal. As duas cantoras são conhecidas pelas suas lutas pelos direitos humanos.
Fonte e imagem: ESCPortugal
08/04/2014
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