INTRODUÇÃO
Todos nós somos fãs da Eurovisão e do Festival RTP da Canção. Uns acompanham os concursos há mais tempo, outros chegaram a este mundo há pouco. São muitas as canções que conhecemos, os artistas que encontrámos aqui e que passámos a adorar, as histórias que nos enchem os olhos. Adoramos saber tudo aquilo que acontece no universo eurovisivo, e temos sempre vontade em saber mais.
Você aí. Acha que sabe tudo sobre o Festival da Canção e o Festival da Eurovisão? Acha que aquilo que lê na Wikipedia está completamente certo? E as coisas que ouviu de algum fã amigo seu? Correspondem à verdade? Será que todas as histórias de bastidores realmente tiveram lugar?
Parece-nos claro o seguinte: ninguém sabe tudo sobre os Festivais. Ninguém. E muitas vezes, aquilo que sabemos acaba por não corresponder fielmente à verdade, e são outros fãs que nos corrigem e nos levam à realidade. É isso que o Crónicas de Eurofestivais vai fazer nos próximos meses.
Vamos apresentar a história do Festival RTP da Canção e do Festival Eurovisão da Canção tendo a imprensa como base. Não há melhor fonte do que jornais publicados diariamente em cujas páginas estão artigos redigidos por jornalistas que tiveram acesso a várias fontes e personalidades.
Ao longo dos anos houve muita coisa que se manteve viva, mas houve outras tantas que ficaram esquecidas. Durante muitos meses, a equipa do blogue esteve na Hemeroteca Municipal de Lisboa, onde foi possível consultar vários jornais e revistas desde 1964 até à atualidade. Registámos todas as páginas das publicações que abordavam o Festival, nada nos escapou. Procurávamos tudo: notícias simples, exclusivos dos jornais das diferentes épocas, fotografias que poucos viram, curiosidades, polémicas, entrevistas aos artistas nacionais e estrangeiros, compositores, elementos da delegação portuguesa. Quisemos saber como é que a imprensa, e necessariamente o público em geral, viveu os vários momentos da história eurovisiva portuguesa. Como foi vista a estreia no certame? E a má classificação de Simone de Oliveira em 1969 e consequente saída em 1970? O que mudou depois da Revolução dos Cravos, em 1974? Quando foi afinal o auge do Festival da Canção? Quais as razões da quebra de popularidade do evento, e a partir de quando isso ocorreu? Como é o presente? Que condições haverá para o futuro?
Vamos tirar estas conclusões depois de analisados os artigos e todo o restante material recolhido. Vamos apresentar factos, que depois podem ser julgados e entendidos de várias formas.
Queremos, no fundo, apresentar uma versão mais completa da história da Eurovisão, através dos olhos de Portugal e dos portugueses. Queremos trazer novamente à presença de todos nós os cantores, as canções, as experiências, as memórias. É uma homenagem nossa àquilo que já foi, e poderá perfeitamente vir a ser novamente, uma grande instituição da vida social, cultural e artística portuguesa.
Em 2014, o Festival RTP da Canção vai comemorar os seus 50 anos. Esta é mais uma forma de mantermos vivo o seu nome e de reacendermos a sua chama. Esperemos que a RTP se junte a nós nesta luta. Nós, pelo menos, não vamos desistir. Na esperança de que haja uma nova edição do concurso no próximo ano, vamos agora viajar por meio século.
Viva!
ResponderEliminarTodas as iniciativas são de louvar.
Como pelo menos dois dos autores deste site sabem, também na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias já se trabalha há mais de um ano neste tema, com propósitos semelhantes, com base num estudo científico e rigoroso e nas parcerias certas.
Daremos notícias brevemente. Mas importa desejar felicidades a quem neste e noutros espaços da internet mantém viva este tema, por muitos desvalorizado, mas que até já chegou à Universidade.
Ao dispor.
Em 2004 já eu fiz uma tese de fim de curso sobre a temática, portanto este tema já chegou às universidades há alguns anos...
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