
Língua Portuguesa
O meu nome é estranho. Matos do lado do pai e Peres do lado da mãe. Peres é um nome tipicamente transmontano e Matos vem do Minho. Nasci em Portugal, no Porto. Sou tripeira, apesar das minhas inclinações clubísticas estarem voltadas para sul. Como costumo dizer, tenho costela minhota e transmontana, pelos meus ascendentes diretos. No entanto, Peres provém de uma tri ou tetra avó espanhola. Às vezes gostava de ter nascido em Espanha. Gosto muito da língua. Mas o que eu gostava mesmo era de ser bilingue e falar o inglês fluente, pela importância que hoje em dia subsiste em nos desenrascarmos na língua universal.
No fundo, gostava de ser cidadã do mundo. O meu gosto por viagens é grande, apesar das poucas possibilidades. Por mim, todos os anos faria uma viagem ao maior número de locais possível. Gosto de conhecer sítios novos. Mas lá no fundo, quando volto a Portugal, ao Porto, à minha casa, à minha cidade, também tem um gosto especial. Adoro os portugueses. E apesar de todos estarmos descontentes com a situação do nosso país, contam-se pelos dedos aqueles que emigraram e preferem o país onde vivem ao conforto da sua cidade natal (exceto por motivos económicos). Bem como, apesar de muitos de nós já termos pensado sair deste sufoco, teremos que pensar arduamente antes de tomar qualquer decisão, pois “lá fora” nem tudo é um mar de rosas: buscamos melhores condições de vida, mas deixamos amigos, família e tudo o que para nós tem valor afetivo. Porém, são cada vez mais os portugueses espalhados pelo mundo. Mesmo quando viajamos, valorizamos muito o facto de estarmos no estrangeiro e escutarmos a nossa língua, a nossa linda língua portuguesa.
Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra. Na Europa, o português apenas está reforçado no nosso país mas, segundo estimativas da UNESCO, é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias apenas abaixo do inglês e do espanhol. E a Eurovisão pode dar uma “ajudinha” para este crescimento. Se Portugal não marcar presença no certame, não há forma de a língua portuguesa ser escutada. Com a admissão de novos países de Leste, Balcãs e Soviéticos, neste momento temos o prazer de ouvir novas sonoridades étnicas e novas culturas musicais. Sem Portugal a concurso, é menos uma cultura, menos uma língua. Não só Portugal é prejudicado, mas também todos os país lusófonos, que vêem aqui uma oportunidade de divulgar a sua língua fora do seu território continental.
Assim, a Eurovisão é uma forma de propagação da língua portuguesa. Não temos o Brasil a concurso, não temos Macau nem temos países africanos que nos ajudem a manter a nossa língua presente. Nem me recordo de qualquer país que tenha tido um letrista com a excelente ideia de introduzir o português na sua proposta.
Portugal está sozinho nesta luta. Por isso, não devemos abandonar o concurso, por esta razão e por todas as que foram argumentadas ao longo desta iniciativa. Vamos todos ajudar, de uma forma ou de outra, a contribuir para vermos Portugal na Eurovisão nos próximos anos. Eu, já fiz a minha parte.
Assim, a Eurovisão é uma forma de propagação da língua portuguesa. Não temos o Brasil a concurso, não temos Macau nem temos países africanos que nos ajudem a manter a nossa língua presente. Nem me recordo de qualquer país que tenha tido um letrista com a excelente ideia de introduzir o português na sua proposta.
Portugal está sozinho nesta luta. Por isso, não devemos abandonar o concurso, por esta razão e por todas as que foram argumentadas ao longo desta iniciativa. Vamos todos ajudar, de uma forma ou de outra, a contribuir para vermos Portugal na Eurovisão nos próximos anos. Eu, já fiz a minha parte.
Imagens: Google
03/08/2013
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