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É por isto que lá devíamos estar - Sexta razão



PORTUGAL NA EUROPA

       Foi em 1986, um ano antes de eu nascer, que Portugal deu um passo de gigante: integrou a Comunidade Económica Europeia. Esta adesão fez parte de um longo e hesitante processo, pois anteriormente ao 25 de Abril, Portugal enfrentava graves dificuldades financeiras e sociais. Foi uma época árdua e tempestuosa. Entre variadas lutas, manifestações, greves e conspirações, o país enfrentou uma guerra colonial que o levou ao isolamento. Dizia Salazar: “combatemos sem espectáculo e sem alianças, orgulhosamente sós”. Certo é que todos começavam a perder a esperança no futuro risonho de Portugal, não havia luz ao fundo do túnel e se calhar o ditado “Se não podes com eles, junta-te a eles”, faria mais sentido do que “mais vale sós do que mal acompanhados”. Talvez em termos eurovisivos teria havido a necessidade de pensar desta forma para que o país avançasse no certame.


     Mas, nos anos 80, o nosso país crescia: já não se evidenciava a discrepância económica entre as pessoas, a emigração diminuiu e o país passou a ser importante em toda a Europa, na altura uma reduzida União Europeia que actualmente conta já com 27 países.


       Seguiram-se anos de evolução, com a expansão económica de Portugal: o país cresceu, organizou uma exposição mundial (considerada a melhor de sempre) e foi anfitriã de um campeonato europeu de futebol. No fundo, só faltou mesmo realizar uma Eurovisão. Portugal continuava nas bocas do Mundo. Deixou por momentos de ser aquele micro país situado geograficamente tão escondido que se confundia com a nossa vizinha Espanha. Mas depois foi surgindo uma lenta e dolorosa decadência, e no ano de 2009 despertou a tão temida “crise”. Uns diziam que 2013 seria o ano em que a recessão iria estagnar. Depois, promessas atrás de promessas apontavam para 2014. Mas neste momento, ninguém crê que cheguemos a 2015 e o problema ficará resolvido. 


       Terminaram os tempos de glória, e agora, mais do que nunca, Portugal precisa de se afirmar. A Eurovisão é uma forma de ajudar o nosso país a reintegrar-se na Europa, mais que não seja para ser falada, ouvida e deixar uma marca com a sua presença. Se Portugal desistir do certame, os europeus vão acabar por nos esquecer e deixar de lado aquele que em tempos já foi um país com pouca significância no mapa-mundo. Não basta só sermos os primeiros na gastronomia, no vinho, no fado, nos melhores destinos da Europa distinguidos por revistas de renome: Portugal necessita de se fazer ouvir, de mostrar que é competente, que faz “coisas bem-feitas”, que é capaz de ser tão bom como as potências europeias e sobretudo, de garantir a confiança da Europa. Para sermos respeitados e valorizados temos de lá estar, temos de levar a nossa comitiva para ajudar a promover o nosso país e incentivar os europeus a falarem a nossa língua. É importante tentarmos retornar à Europa e elevar o nosso Portugal para o reconhecimento do nosso sucesso.

Imagens: Google
20/07/2013
 
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  1. A União Europeia, atualmente, tem 28 membros, não 27, pois no Dia 1 de Julho, a Croácia começou a fazer parte.

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