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Abecedário Eurovisivo - N... de Null Points




       Null points: a expressão que remete para o pior resultado possível no Festival Eurovisão da Canção. Pior do que ficar no último lugar na tabela é ficar em último lugar sem algum mísero ponto. É óbvio que nos primeiros anos do festival isto era uma constante. Eram poucos os países a participar, tanto que o total da pontuação do primeiro classificado poderia ficar entre os 20 pontos. Claro está que este facto não acontece há exatamente dez anos, pois são cada vez mais os participantes no festival e, por acréscimo, maior é a probabilidade de receber “meia dúzia” de pontos. Relembremos então alguns dos performers, e respetivos anos, que não receberam qualquer ponto nas finais da Eurovisão.


       Partindo do ano em que se instaurou o sistema atual da Eurovisão, 1975, a Noruega teve os primeiros null points. Em 1978, com a canção "Mil etter mil", música fraquita – apesar de ter feito sucesso no país -, uma aparência em palco um bocado caricata para quem cantava a música com tanta emoção, que proporcionou a Jahn Teigen uma razia de pontos. Posteriormente, em 1982, com "Aldri i livet". A Noruega não se ficou por aqui, angariando o seu último null points até hoje em 1997, com a música “San Francisco", de Tor Endresen.


      Nesse mesmo ano, a Noruega não foi o único país a não somar nenhum ponto. Portugal! Infelizmente, o nosso país só tem a sorte de ser “condecorado” com este tipo de coisas: Barbara Dex, null points… Desta vez, a proeza foi de Célia Lawson, com a música “Antes do Adeus”. Somos muito injustiçados no concurso, é verdade, e esta foi uma dessas vezes. Segundo muitos eurofãs que votaram numa poll online, “Antes do Adeus” é o segundo null points mais injusto de sempre. Não nos esqueçamos, também, da nossa primeira participação no concurso. António Calvário, com “Oração”, que fez jus à nossa definição de falhados no festival desde o início, com nada mais nada menos do que zero pontos.


      Já depois do ano 2000, em 2003, os Jemini não angariaram qualquer ponto. Mesmo já tendo ganhado a Eurovisão cinco vezes, o Reino Unido não se livra do fundo da tabela, desta vez com zero pontos. A atuação de “Cry Baby” foi vocalmente pobre. Fisicamente, o duo estava completamente mal conjugado. Null points merecido.
      Já depois da imposição das semifinais, e mesmo com a cada vez mais rara probabilidade de existir alguma atuação sem pontos, dado que mais de 30 países votam e ter null points consistiria em classificar-se abaixo do décimo lugar em todos os países a votar, continuaram a haver temas sem pontos, mas apenas numa semifinal.


       É impossível não apontar a República Checa, em 2009, com a canção “Aven Romale” - que não era absolutamente nada de jeito!
       Não sei se irá existir algum país com null points novamente, dado que todos os países têm pelo menos um país do qual são “amigos” e têm pouca probabilidade de enfrentar a humilhação que é não somar nem um ponto na Eurovisão.

Imagens: Google
19/07/2013

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