
O Festival Eurovisão da Canção já contou com inúmeros países participantes (estatisticamente, foram 50 os que já pisaram o maior palco de música do mundo). Como é certo, todos eles têm a sua devida mentalidade, língua e cultura, sendo esta última a mais influente para a criação de músicas para representar os países no Festival.
Cultura é “o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem”. Na Eurovisão, todas estas particularidades são visíveis em músicas, atuações ou até mesmo nas indumentárias. Se é possível apostar na originalidade, é mesmo com este tema, pois cada país tem a sua cultura e tem capacidade de a demonstrar. Mesmo que as culturas de países vizinhos sejam semelhantes, existe sempre uma pequena diferença, seja nos costumes, nas artes, nas crenças ou até mesmo na moral.
Muitos afirmam que a cultura do país é importante para a realização da sua atuação no concurso, mas será isto verídico? Nos dias de hoje não sei se isso será totalmente verdade, pois agora quem realiza melhor as suas actuações é quem tem poder e dinheiro. Por mais culturais que sejam as actuações, elas podem ser esquecidas no momento das votações. Assim, já não sei se a cultura “move” a atuação, ou move o país para o festival. A cultura tem sido mais evidenciada na Eurovisão moderna do que na antiga, talvez por serem muitos os participantes agora e por serem cada vez mais as diferenças entre todas as culturas da Europa. A globalização, apesar de juntar os países, põe mais à tona as suas diferenças. De facto, na Eurovisão antiga os países participantes eram menos que 20, e a maior parte era da Europa ocidental, dos nórdicos e de países mediterrânicos, onde as culturas não eram, e não são, assim tão diferentes.
Das músicas mais culturais que já passaram pelo Festival, acho que devo enumerar a Arménia em 2009. As irmãs gémeas Inga e Anush trouxeram aquilo que os de Leste são bons em termos de cultura musical, com os ritmos típicos e os seus trajes. Outra das músicas que merece destaque por mostrar essa mesma tradição do país vem do mesmo ano e vem de Portugal. Acho que os Flor-de-Lis, sendo uma banda tradicional portuguesa, trouxeram essa cultura a que me refiro, brilharam e encantaram a Europa com uma música toda ela portuguesa.
Sinto que devo também mencionar a Grécia, pelo facto de todas as suas músicas desde 2005 terem uma ponta de tradição grega, presente graças aos instrumentos usados, ou mesmo pelos ritmos que mostraram em todas as canções. Em 2009, também a Turquia apresentou-nos uma música bem ritmada e também muito tradicional, com sons étnicos.
Creio que não faria sentido fazer isto sem referir a grande ilha da Islândia e as suas músicas bem culturais e emotivas, bastante características do país e da força da música nórdica. Este país, em 2013 e, principalmente, em 2012, presenteou-nos com músicas que nos soam muito ao que se faz em islandês.
Concluindo, a cultura bem trabalhada numa música poderá ser um ponto forte para uma boa classificação. Poderá não vir a ser favorita à vitória, mas mostrá-la a toda a Europa é um grande orgulho. É mostrar aquilo que o país é em termos de arte, conhecimento e de história, pelo menos em relação à música. Sinto que a cultura é uma característica bastante importante para que se faça este gigantesco Festival, que chega a todas as partes do mundo.
Imagens: Google/Vídeo: Youtube
10/06/2013
10/06/2013
Parabéns pelo texto e pela iniciativa.
ResponderEliminarAs notas que lanço, ao serem aproveitadas, têm como único objectivo limar alguns aspectos:
1) As irmãs da Arménia 2009 não são gémeas :);
2) A música da Grécia de 2006 não tem nada da cultura grega;
3) Não sei até que ponto se pode afirmar que as propostas da Islândia 2012 e 2013 são representantes da cultura islandesa.
Uma vez mais, parabéns pelo texto.
AC
o texto como sempre muito bem ridigido.
ResponderEliminarUma vez que são mais culturas deviria-se dar mais valor a isso...
Mas sim na vida vou repitir isto 500 mil vezes.
Eurovisão = Politica sempre foi e sempre será. ( ñ vou aprodunfar porque isto dava para fazer uma tese de doutoramento.
''De facto, na Eurovisão antiga os países participantes eram menos que 20''(pura verdade), e a maior parte era da Europa ocidental, dos nórdicos e de países mediterrânicos(pura verdade), onde as culturas não eram, e não são, assim tão diferentes.(completamente errado) desde quando é que temos o hábito de começar a trabalhar a horas, desde quando é que apostamos no conhecimento, desde quando é que o significado de cultura deles é igual ao nosso.
Comentários:
Festival da Canção em Portugal:Isso é uma treta mais uma música de me***. Nem vale a pena lá irmos para que o ultimo lugar e eles irem passear. Já ninguem vê isso. Ocupação de 1 quadrado no jornal.
Festival da canção em Espanha: 10 milhoes de pessoas a ver a final nacional. Pouquinho diria eu populção de Portugal.Vamos ficar mal classificados mas o que interessa é lá estar e sempre com a nossa cultura e lingua seja de que forma for.
Festival da canção Dinamarca/Noruega: Meios de comunicação não falam de mais nada a não ser daquilo os anuncios passam 50 vezes por dia.
Festival da Suécia palavras indicadas para descrever: Popular/Euphoria/Hero
tem tudo haver com as culturas mediterranicas.
Quais são os países que estão em crise : Excepção da Irlanda ?????
Culturas iguais nem longe nem perto.
O nivel de cultura de um país diz como está socialmente. basta olhar po nosso e ver o do lado.....
Ass:''Aspas'' ''Aspas''
Caro "Aspas",
EliminarCompreendemos o seu ponto de vista, mas os autores não disseram que as culturas ocidentais eram totalmente iguais. Eles acham é que se nota mais as diferenças culturais entre os do ocidente com os de leste.
Mas é só uma opinião.
Obrigado pela preferência e cumprimentos eurovisivos!