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Abecedário Eurovisivo - B de Barbara Dex




          Não há edição do Festival Eurovisão da Canção que não seja brindada com pelo menos uma escolha infeliz no que toca aos trapinhos que os artistas usam. A sede de chamar à atenção do público muitas vezes roça o ridículo por quererem tornar uma atuação num autêntico espetáculo de palhaçada. Ou então pensam mesmo que aquilo é bonito, o que é mais preocupante ainda. 
       Para felicitá-los de tal feito maravilhoso, foi criado, em 1997, o Barbara Dex Award, aquando da participação desta senhora, pela Bélgica, que envergou um vestido tenebroso (que nem vestido se devia chamar) feito por si. A partir daí, é eleito anualmente, pelos eurofãs, na internet, o portador da pior fatiota do ano! 


       Comecemos por falar da única vez, em quase 50 anos, em que Portugal ganhou alguma coisa, o Barbara Dex Award! Em 2006, levámos à Eurovisão as hoje defuntas Nonstop, com a obra-prima “Coisas de nada”. Obra-prima também no que toca aos maiôs de ginástica, cada uma com a sua cor, enfeitados com corpetes, plumas, correntes, lantejoulas, almofadas, edredons, sofás, e por aí em diante, que as meninas usaram. Ora bem, a entrega deste prémio foi mais do que merecida, ainda que tivéssemos presenciado uma multiplicidade de fatos horripilantes nesse ano: os próprios vencedores, os Lordi, o calção da praia da Elena Risteska, as botas com padrão de galochas de criança de cinco anos da Tina Karol, a ida à feira dos tecidos com uma venda nos olhos da Carola, enfim! 


       Passando uns aninhos à frente, e tentando esquecer alguns coitados como o Dustin The Turkey, Rodolfo Chikilicuatre ou Verka Serduchka, é a vez de viajarmos para o grandioso ano de 2009. Neste ano, Zoli Adok foi premiado por ter a pior indumentária. Tudo bem, o senhor estava apertadíssimo, um top digno de competição de ginástica artística, umas bailarinas que pareciam canários acabados de fugir de uma gaiola, que entretanto tinham feito uma pequena visita ao Rancho das Coelhinhas, e tudo mais. Mas perdoem-me: para mim, a justa vencedora tinha sido a querida Yohanna. Fui só eu que reparei naquele vestido tenebroso, com todos os tons de azul jamais imagináveis, com 1001 folhos (acreditem, eles estavam em todo o lado) e montes de plumas? Aquilo sim, é um vestido horrível, totalmente desadequado, 100% merecedor do prémio! 



       Confesso que não concordo com muitos dos eleitos, pelo simples facto de que os fãs nunca elegem alguém que seja o seu favorito musicalmente, transformando esta votação em algo muito pouco coerente. 
       É certo que por vezes os eleitos para o mítico prémio Barbara Dex não o são devido à indumentária em si, mas sim por causa da atuação fora do comum ou até devido à aparência fora do normal. Na minha opinião, foi o caso do adorável Milan Stankovic, em 2010, que tinha um guarda-roupa perfeitamente normal. Será que toda a gente se esqueceu do que usou a Eva Rivas da Arménia, um vestido decotadíssimo conjugado com umas calças de ganga? Ou das cuecas de glitter da banda da Lituânia? Damn!



       No que toca à edição que terminou há uns dias, eu sou a favor da eleição da própria apresentadora do certame! Numa mão cheia de vestidos utilizados, nem um, repito, nem um era bonito! Não sei onde é que o senhor Jean-Paul Gaultier anda com a cabeça, mas aqueles vestidos dão 10 a 0 qualquer indumentária dos 39 países! Fora isso, as minhas apostas vão para as anjinhas e diabinhas que mergulharam em cupcakes, da Sérvia. Sem dúvida a escolha mais infeliz do ano. 



       A verdade é que a Eurovisão também é para não ser levada a sério nestes aspetos. O que seria deste evento sem as gargalhadas que já demos ao darmos conta de que, por exemplo, está um homem vestido de mulher em palco – e devo confessar que a Drama Queen da Dinamarca continua a ser das minhas favoritas! 


07/06/2013
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  1. O Barbara Dex Award só apareceu em 1997 e não em 1993, ano da atuação da Barbara Dex!

    Abraço, Tiago Bacalhau

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  2. Este texto é que dá gragalhadas.
    Sim em 2006 merecemos.
    Dizer que nunca ganhamos nada além do Barbara Dex. Pois é mentira.
    E tambem o Barbara Dex remonta a 1993 e não 1997.
    Em 2008 Vânia Fernandes ganhou a melhor vestimenta, a melhor voz, o melhor coro. Em 1991 tambem ganhamos melhor vestimenta e voz. Em 1996 ganhamos melhor coro.Em 2003 Rita Guerra volta a ganhar melhor voz e vestimenta.
    Tendo em conta que Portugal é o país que na Eurovisão já arrecadou melhor guarda roupa.
    Ass: ''Aspas'' ''Aspas''

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  3. Por mim, este prémio estúpido nem sequer existia. É a prova viva de que algumas pessoas só estão bem a humilhar os outros.

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