VALENTINA MONETTA VS. SIENEKE
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VALENTINA MONETTA
Lembram-se daquele anúncio do azeite galo com uma senhora a dizer que na altura dela aquilo custava uns quantos tostões? Bem é assim que eu me sinto a ouvir “The Social Network Song”. É que na minha altura (não pensem que eu tenho cem anos) não havia redes sociais (o que era ótimo tendo em conta que, assim, de certeza, não apareciam destas “músicas” na Eurovisão). A única coisa que existia (há relativamente pouco tempo) era o maravilhoso hi5 onde se lutava por comentários nas fotos.Antes de mais tenho de esclarecer que gosto muito da voz da rapariga, além de que ela parece ser super simpática; mas teve azar com a música que lhe deram para cantar. Ela começa a perguntar se estamos preparados para uma canção sobre a internet. A resposta é mais que óbvia: NÃO! Até poderíamos estar se a música não tivesse uma letra que dá vontade de subir para cima de uma cadeira, prender uma corda ao pescoço e chutar a cadeira para o sítio mais longínquo possível; ou se não tivesse uma coreografia e um background que mais parecem feitos por um miúdo de cinco anos. São Marino já nos presenteou com boas músicas, mas ultimamente a qualidade escasseia para os lados deste pequeno território.
Se os holandeses queriam animar o público, sinto muito mas não conseguiram! Fartei-me da música assim que ouvi o primeiro “Sha-la-lie, sha-la-la”. Esta é definitivamente uma daquelas atuações que oferecem uma tão desejada pausa para ir buscar qualquer coisa para comer ou beber. Há músicas más, maus cantores, maus adereços, mas a palavra que mais se adequa a esta proposta holandesa é enfadonha! Não há coisa que me chateie mais no mundo eurovisivo que uma música que não passa do mesmo ponto com uma cantora a andar de um lado para o outro no palco, esquecendo-se que lá estão mais coisas e pessoas em cima. Há músicas e cantores que pisam aquele palco e me fazem rir, outros fazem-me chorar (estes são poucos, confesso) e depois há aqueles que me fazem bocejar. Parabéns à Sieneke por me fazer um pessoa mais sonolenta do que aquilo que já sou!
Eu tenho uma capacidade enorme para criticar tudo e todos (provavelmente é o meu maior dom, pois toda a gente o reconhece) e, quando não há ninguém que critique, estou lá eu porque se todos gostássemos do mesmo não tinha piada nenhuma. Atuações como estas completam o meu dia, porque as posso criticar sem haver muita gente a odiar-me por isso (já quando critico outras como “Euphoria” começo a repelir tanto comentário negativo em relação a mim, que até acho que sou importante).
Um ponto a favor de “The Social Network Song” é o facto de me fazer pensar. Frases como estas - “We used to greet friends on the street” e “And your computer is swinging and taking your time away” - têm o dom de me fazer recordar e pensar nos bons velhos tempos da minha infância que, não sei bem como, sabia sempre onde estava toda a gente, andava sempre pela rua a brincar e o meu tempo não era roubado pelo computador e pela televisão (volto a reforçar que não tenho cem anos). Já na música holandesa a única coisa boa que consigo vislumbrar é a breve referência a Lisboa, já que o resto da letra é do mais patético possível (passam três minutos e a mulher não consegue perceber onde é que ouviu a música pela primeira vez; mas sinceramente o que é que isso interessa? A pessoa que escreveu aquilo era deveras dotada de uma imaginação, além fronteiras). Entre estas duas “brilhantes” atuações, venha o diabo e escolha como se costuma dizer!
VALENTINA MONETTA!
ENGLISH VERSION
LORDI VS. DJ BOBO
LORDI VS. DJ BOBO
Do you remember that old add where a lady used to say that back in her days the olive oil “Galo” only costed a few cents? That’s exactly how I feel when listening to “The Social Network Song”. Back in my days (don’t think that I’m 100 years old) there was no such thing as social networks (what was great because I didn’t have to listen songs like this in eurovision). The only thing that existed was the wonderful hi5 where people use to fight for some comments in their photos.Before start talking i have to clarify that I really like the girl’s voice and she seems very nice, but she had bad luck with the song. She starts asking us if we are prepare for a song about the internet. The answer is obvious: NO! We could be if the song didn’t have lyrics that make us want to put an end in our lives or a choreography and background made by a 5 year-old kid. San Marino used to present us good songs but lately the quality is getting worst and worst in that little territory.
SIENEKE
First of all I have to praise The Netherlands for sending a song in their mother tongue (yes, I’m the biggest defender that every single country should sing in their mother tongue; not because they have to, but because they want to).If The Netherlands wanted to animated the public, I’m sorry but they didn’t! I got tired of the song when I listened the first “Sha-la-lie, Sha-la-la”. This is definitely one of those songs that gives us time to go eat or drink something. There’s bad songs, bad singers, bad clothes, but the word I chose to define this entry is boring! There isn’t a thing in the eurovision world that annoys me more than a song that keeps always the same with a singer walking on stage forgetting that there’s more things and persons bellow it. There are songs that makes e laugh, songs that makes me cry (not much) and then there is the ones that makes me yawn. Congratulation, Sieneke, you made even more sleepy than I am!
I have a huge capacity to criticize everything and everyone (it’s probably my best gift because everyone recognizes it) and when there’s no one to criticize something here I am to do it because if everyone likes the same things it wouldn’t be funny. Performances like those to make my day because I can criticize them without lots of people hating me for that (when I criticize “Euphoria” for example I have so many bad comments about me that I start thinking I’m important).A point in favor of “The Social Network Song” is the fact that the songs makes me think. Sentences like “We used to greet friends on the street” and “And your computer is swinging and taking your time away” of the San Marino’s songs have the power to make me think about the old times of my childhood when, I don’t know how, I always knew where everyone was, I played in the street and didn’t waste my time in the computer or the tv (let me say again that I’m not 100 years old). In the song from Netherlands the only good thing I see is the fact it refers Lisbon, but the rest of the song is so patetic (after 3 minutes she still doesn’t remember where she listen to that song for the first time but who cares? The person who wrote it had and incredible imagination!). As people usually say: with those performances only the devil can chose!
Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelos autores.
11/10/2012
11/10/2012
Muito bom! Esta iniciativa deve dar um trabalho... E tudo para nós *.* Obrigado Jessica por seres tão competente e contribuíres para que o Crónicas ainda se torne maior do que é *.* Beijoquinhas.
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Ana Silva
Oh amiga Jessica admiro-te a coragem de chegares ao primeiro "Sha-la-lie, sha-la-la"! Eu quando o instrumental da música começou já eu estava farto dela!
ResponderEliminarMuitos parabéns pelo excelente trabalho aqui desenvolvido! :D
João Marques
Eu lembro-me: eu conheço uma pessoa que viva na Holanda na altura e dizia que nem os holandeses gostavam da musica.
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