Tertúlias Eurovisivas 2 - Doce!

Olá caros leitores! Voltámos! Sabemos que estavam cheios de saudades (mais minhas do que do Diogo, verdade se diga!), mas, tal como prometemos, regressámos para uma segunda edição das Tertúlias Eurovisivas! Mas se está à espera de mais do mesmo, desengane-se! Este nosso regresso reserva-vos muitas e agradáveis surpresas, não é meu caro Diogo?

O quê? Já passou um ano desde a estreia das Tertúlias Eurovisivas!? Estamos a ficar velhos, estamos... ainda ontem estávamos a gatinhar e a dizer as primeiras palavras! Este ano para variarmos vamos ter um diferente lote de temas, aplicações e imagens que, segundo o que pensamos, não farão cansar os leitores. Não é que a primeira edição tenha sido uma autêntica chatice, mas se é para trazer uma nova edição de uma iniciativa passada, é preciso que esta seja renovada! Uma coisa é certa: os conflitos entre os autores vão continuar!  

Neste upgrade das Tertúlias Eurovisivas, não só teremos as já conhecidas capas relativas ao Festival da Canção e às participações eurovisivas portuguesas, como (e aqui reside a novidade) iremos comentar imagens e vídeos, nacionais e internacionais, por nós selecionados. Os temas serão muitos e bons, e a companhia… Bem, essa será a melhor possível! Agora, Diogo, queres fazer algo útil para a sociedade e dizer qual será o tema desta nossa primeira edição do esperado retorno?

Como não queremos, ainda, distanciarmo-nos muito da primeira edição e como queremos mantermo-nos fiéis aos nossos leitores, o primeiro tema é uma capa de uma revista portuguesa, pois claro! Da nossa querida revista Nova Gente (ficamos já despachados da publicidade). As Doce, esse grupo musical honroso que tem sucessos além-fronteiras, foram a capa principal! Pela data da revista já se tinha realizado o Festival Eurovisão da Canção 1982, ano em que elas representaram o país com um dos resultados mais fracos de todo o concurso, o nosso Portugal! Injustiçadas ficaram em 13º lugar e não foi de certeza um resultado “Bem Bom” – por isso mesmo é que a revista faz exatamente essa pergunta!

As nossas Doce saíram de terras lusas, quais quatro mosqueteiras, rumo a uma esperada vitória eurovisiva (ou pelo menos um TOP 10). Depois de terem tentado a sua sorte, na edição anterior do Festival da Canção, com um tema das arábias, as Doce acabaram por regressar do ESC 1982 montadas num grande camelo chamado decepção – algo bem nosso conhecido. Mas nem tudo foi mau, o tema “Bem Bom” é quase um marco histórico português! E ficará, para sempre na história eurovisiva, a exuberante forma de apresentação desta nossa saudosa girlsband – quais Spice Girls, quais quê?! 

As Doce superam as Spice Girls! Se não tivessem nascido em Portugal, teriam desenvolvido uma carreira internacional, ganho a Eurovisão e, se calhar, alguma delas até casaria com o futebolista David Beckham [Ahahah]! Mas fora de brincadeiras, a Eurovisão perdeu uma grande vitória nesse ano (não tirando mérito à canção vencedora, a alemã, mas “Bem Bom” era superior)! Talvez assustaram uma Europa que vivia sob a pressão de uma nova 3ª guerra mundial, muito pouco evoluída; talvez não ganharam por serem demasiado irreverentes, por terem uma imagem bastante moderna para a altura… Talvez… 

Acima de tudo, talvez tivessem vencido caso envergassem o emblema de uma nação mais rica (em ouro, porque em sonhos nós somos bem avantajados!). “Bem Bom” pode não ser um tema com uma composição musical estrondosa, mas a sua simplicidade, com uma batida bem popular, aliada à arrojada presença em palco, mereciam um destino bem mais feliz. Mas naquele ano a Europa decidiu deixar para trás o rancor que restava dos tempos de Hitler e estendeu a mão à Alemanha, que há tanto tempo ambicionava a vitória – verdade se diga que esta foi uma das vitórias mais marcantes de sempre, bem melhor que a da Lena (perdoem-me os LenoManíacos!). Confesso que tenho saudades destas participações portuguesas! Mesmo com pontuações fraquinhas temas como a das Doce, do saudoso Carlos Paião e dos Da Vinci mostravam que somos mais do que um povo que canta o seu triste Fado. São temas dinâmicos, ritmados e marcantes… Penso que dão uma nova vida à nossa presença eurovisiva, são uma lufada de ar fresco!

É verdade, nós com essas participações mostrámos à Europa inteira que somos mais do que baladas, que agora são a prioridade do Festival RTP da Canção. Ou isso ou burlescos, que é o que está na moda! Uma coisa é certa, as Doce já deviam ter representado Portugal em 1981 com o Ali Babá e 40 ladrões… que não dão para 40 copos como o Sunquick! Portugal apercebeu-se da miséria que fez e decidiu recompensar as moças no ano seguinte, com grandes rivais pela frente… “Trocas e baldrocas” da Maria Cândida Flor! Uma canção e pêras que se teve de contentar com o já enigmático… 2º lugar!

Outro grande nome do panorama musical português que deixa saudades… O tema que Cândida e Carlos Paião interpretaram em conjunto é como o vinho do porto, quanto mais velho melhor – outro que ficará para a história mesmo sem ter vencido! Bem, os europeus é que ficaram a perder por terem desconsiderado a participação das Doce… No fundo nós também acabámos por perder! Sem a motivação de uma vitória eurovisiva, as Doce acabaram por se desmembrar e, em vez de uma banda animada, acabámos com um rasto de pimbalhada.

E como eu gosto de pimbalhadas! Não queres ir abanar “a franga” numa festa popular? Aquelas das aldeias em que só vão atuar cantores pimbas! Se fosse assistir a um concerto da Rebeca pedia para que ela me deixasse que lhe fizesse um filho, mas ela é já uma mulher casada e acho que não vou ter essa sorte.

Eu de festas populares só gosto mesmo dos burlescos que aparecem pela Eurovisão! Bem, parece que o nosso tempo de antena está a terminar e infelizmente esta nossa primeira tertúlia de 2012 terá de terminar. Resta-me apenas despedir-me, desejar-vos uma boa semana e deixar a seguinte mensagem: podemos não ter resultados bem bons, mas seremos para sempre eternos conquistadores!

Tão poética que andas… Até é para admirar porque quando abres a boca não dizes nada de jeito! Fui mau agora, não fui? Peço imensa desculpa, minha querida adorada parceira. Olha já agora convidaram-nos para sermos apresentadores do FC2013! O que achas?

Deixa-me cá ver na minha agenda… 2013… Festival da Canção… Estão com sorte, parece que tenho um tempito livre! Queres ser o meu Pedro Granger?

Deixa estar o Pedrocas em paz que o rapaz já tem muito que fazer! Então vais ter de me aturar (ou o contrário, o mais provável)! Vou dizer à RTP que aceitamos e a Sílvia Alberto e o Pedro Granger vão trabalhar para as obras! Meus caros leitores tenham uma semana descansada, não trabalhem muito, durmam, comam e não façam mais nada até que a segunda tertúlia seja publicada! Au revoir! 

Vídeo alojado no YouTube | Capa: Página do Facebook "Festival RTP da Canção 2012"