Ricardo Soler nasceu a 15 de Setembro de 1985 em Lisboa, vivendo atualmente na Vila de Alenquer. Este, é um dos cantores mais
experientes presentes no Festival da Canção 2012, pelo que tentaremos resumir o
seu currículo musical. Iniciou, publicamente, o seu percurso musical na
televisão, com apenas seis anos, no programa Hanna Barbera da RTP. Já com dezasseis anos, tornou-se membro do Coro Notas Soltas de Vila Franca de Xira. Desde 2002, Ricardo
participou em vários festivais, tendo pequenas aparições em programas
televisivos.
Foi em 2007 que este cantor saltou para as luzes da
ribalta, participando no programa “Operação Triunfo” (largando a sua profissão
como enfermeiro), sendo, desde cedo, um dos grandes favoritos à vitória na
final. Ao longo das galas, Ricardo proporcionou momentos incríveis, dignos de
largos elogios por parte dos jurados. Apesar do seu brilhante percurso no
programa, acabou em segundo lugar – logo atrás na nossa, já conhecida, Vânia
Fernandes. Logo após o término do programa, participou no Festival da Canção
2008, com o tema “Canção Pop”. Um tema com sonoridades que nos fazem lembrar o
“Makes me Wonder” dos Marron 5, que apesar de interessante, não conseguiu bater
a “Senhora do Mar”.
Desde então, Ricardo tem ingressado em vários
projetos, sendo um rosto bem conhecido de programas das manhãs e de belos
serões televisivos (“Chamar a Música”, por exemplo). Também participou no
musical de La Féria, “West Side Story”, fazendo salientar, não só os seus dotes
vocais, assim como a sua faceta multifacetada.
Como fã assumido que é,
Ricardo já apareceu em vários espetáculos de cariz eurovisivo, tendo,
inclusive, executado o papel de jurado no Festival da Canção. Um dos seus
últimos projetos mais reconhecido é o álbum “Portugal Acústico”, dando a sua
interpretação a vários temas conhecidos do nosso panorama musical.
Ricardo Soler será o
primeiro a pisar o palco no próximo dia 10 de Março, contando com o auxílio do
seu, já conhecido, Nuno Feist. Pouco se sabe sobre o tema que irá interpretar,
mas segundo as informações fornecidas pelo próprio, é um tema que tira o máximo
da sua capacidade vocal. Mais ainda, não é uma música “dançável” nem uma
balada, mas sim um tema cheio de força, com uma bonita letra redigida por Nuno
Marques da Silva. Dono de uma voz inconfundível, com agudos que fazem inveja a grandes
divas da música, Ricardo surge como um dos potenciais favoritos à vitória.
ENTREVISTA EXCLUSIVA:
O que o levou a concorrer ao Festival da
Canção 2012?
O que me levou a concorrer ao Festival foi a vontade de transformar um acontecimento passado da minha vida em algo mais positivo, vontade de aprender com os meus erros e mais uma vez obter mais experiência na área.
Como encara o nosso processo de seleção do
FC? Concorda com a escolha, em separado, de cantores e compositores?
Encaro o processo com naturalidade e tranquilidade, não concordo nem deixo de concordar. Acho que é sempre bom o formato não ser estanque e poder adaptar-se a outras modalidades.
Como idealiza a sua atuação no dia 10 de
Março? Já tem algo em mente?
Não gosto de criar expectativas em relação a isso, quero sentir a música no momento e chegar ao maior número de pessoas possível através da minha interpretação e sair do palco com a sensação satisfatória de dever cumprido.
Se conseguisse chegar ao palco da eurovisão,
em que aspetos apostaria mais?
Acho que apostaria mais em tentar transmitir algo positivo, já chega de dramas, de tristezas e outras chatices.
Gostaria de ter a possibilidade de cantar em
outra língua, que não a portuguesa?
Eu sou apologista de que todos os países deveriam ser obrigados a cantar na língua de origem, e muito provavelmente quem estiver a ler isto vai pensar, "mas isso é ridículo e em inglês é melhor, etc", mas eu gosto sempre de pensar na Servia como um exemplo de que se pode cantar na língua nativa e ganhar um certame desta envergadura.
Gostava de cantar com orquestra ao vivo?
Acho que o festival só teria a ganhar se fosse tudo completamente ao vivo. A energia é diferente e os instrumentos ao vivo podem fazer a diferença na forma como cantor interpreta a canção.
Quais os ingredientes secretos para
"fabricar" uma música eurovisiva?
Não acho que haja uma fórmula pré-definida, cada ano ganha uma canção completamente diferente da outra, sinceramente acho que o fator Sorte tem bastante peso.
O que tem para oferecer enquanto possível
representante luso na Eurovisão?
Enquanto representante a minha maior arma acho que é o sentido de responsabilidade e o rigor com que gosto de executar tudo aquilo a que sou proposto, quer na música, quer na enfermagem, quer na vida.
Sabendo a semifinal em que Portugal está
inserido, quais as suas expectativas referentes às nossas hipóteses de
qualificação para a final?
Acho que não devemos ser negativos e acreditar sempre que podemos chegar mais longe.
Acredita numa vitória portuguesa no ESC, ou
considera tal ideia como uma utopia?
Algum dia terá que acontecer!
Quer deixar alguma mensagem aos eurofãs
portugueses?
Gostaria acima de tudo que vivessem o Festival de forma tranquila e que se divertissem porque é para isso que o festival serve, para apreciarmos música, para convivermos, para nos unirmos por algo tão especial. Um bom Festival para todos!
Fontes: RicardoSoler.com, Festivais da Canção | Imagens: Motor de pesquisa Google | Vídeos: YouTube
Excelente trabalho na abordagem do percurso profissional do Ricardo. Óptima entrevista.
ResponderEliminarO Ricardo é, sem dúvida, a melhor voz do certame e tenho a certeza que irá surpreender com uma belíssima actuação!
Esta entrevista está completamente fantástica. Apenas tenho de agradecer ao Crónicas de Eurofestivais pelo seu esforço de recuperar o Festival da Canção. É de louvar! MUITO OBRIGADO!
ResponderEliminar