Martin Green, atual diretor da competição, apresentou uma "carta aberta" na sequência das notícias sobre os pedidos de diversas emissoras nacionais acerca de uma revisão ao sistema de televoto da Eurovisão. Green diz confiar "na segurança do formato" e que "nada falhou".
Quase uma semana após a final do Festival da Eurovisão 2025, a competição continua a dar que falar, sobretudo depois dos resultados da noite de sábado, 17 de maio. Para lá da vitória de Áustria e de JJ com 'Wasted Love', muito se tem comentado acerca do televoto conquistado por Israel, que ficou em primeiro lugar nessa votação.
Desde então, várias emissoras nacionais, com especial destaque para a RTVE, em Espanha, têm pedido auditorias e revisões a esse formato, alegando possíveis falhas ou adulterações.
Na manhã desta sexta-feira, 23, Martin Green, atual diretor do Eurovision Song Contest, partilhou uma "carta aberta" endereçada aos fãs da competição, dizendo confiar "na segurança do formato", e alegando que nada terá falhado durante o Festival deste ano. A carta pode ser lida em completo aqui.
"O sistema de votação do ESC inclui várias etapas de segurança e um conjunto abrangente de regras, para garantir que é gerado um resultado válido. O nosso parceiro de votação - Once Germany GmbH - utiliza sistemas redundantes e múltiplas plataformas para garantir a entrega correta dos votos ao sistema central", afirma.
Martin diz ainda: "Toda a votação do público, seja por SMS, chamada telefónica, ou online, mostra evidências da motivação das comunidades ou diásporas em torno de determinados concorrentes. Isto pode ocorrer por variados motivos, incluindo atributos pessoais, histórias anteriores, afiliações geográficas, e atualidades. Historicamente, o ESC tem sido tão aberto a isso como outras competições de canto e música, ou até reality-shows".
Sem revelar alterações futuras a um método que, reitera, é "correto", salienta-se ainda: "Outro exemplo é o número de votos que permitimos por pessoa: 20 por método de pagamento. Isto foi criado para garantir que públicos de todas as idades possam votar em mais do que uma das suas músicas favoritas e não há provas atuais de que isso afete desproporcionalmente o resultado final — mas a pergunta foi feita e, por isso, vamos analisá-la", é, ainda assim, deixado como garantia.
"A EBU e eu, como sempre fazemos, iremos conversar com os nossos membros para saber as suas opiniões sobre este e outros assuntos", reitera no final da carta, onde aproveita para deixar as suas felicitações a JJ e à emissora austríaca ORF, pela vitória este ano.
Fonte e Imagem: Eurovision.tv
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