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[Especial] Possíveis canções finalistas da 1.ª semifinal da Eurovisão 2020


O Festival Eurovisão da Canção (ESC) vai conhecer o seu primeiro interregno em 2020, dando por terminada uma sucessão de 64 edições consecutivas. Em todos estes anos, a Eurovisão foi capaz de unir o "Velho Continente" através da força de várias melodias, quebrando, quase sempre, barreiras culturais e políticas.
O ESC 2020 contaria com a participação de 41 canções, dividias por duas semifinais. A primeira semifinal, intitulada como "semifinal da morte", seria disputada a 12 de maio, onde 17 canções lutariam por um lugar na final do evento. Esta eliminatória prometia ser um grande evento musical e televisivo, devido à presença de um número considerável de canções populares entre a comunidade de fãs. Apenas 10 alcançariam a proeza de pisar novamente o palco holandês, continuando na corrida pelo ouro eurovisivo. 

Quais as canções que teriam maior probabilidade de transitarem para a fase final da Eurovisão 2020?

A antevisão dos resultados abaixo apresentada foi baseada unicamente nas canções e na prestação vocal dos intérpretes de cada país. Uma previsão que não tem em conta qualquer tipo de ensaios em palco, fator muitas vezes essencial para fechar o lote de países favoritos.

Os países encontram-se divididos por 3 secções: Finalistas (lugar quase garantido na final), Em Risco (alguma possibilidade de chegar à final) e Eliminados (possibilidade reduzida de chegar à final). 

Finalistas (8/10):

Azerbaijão: "Cleopatra" (ou "Cleopatrrrrra") marca o regresso do país às grandes produções conceituais e que dão o nome à Eurovisão. A produção soa expensive, misturando elementos comerciais e étnicos ao mais alto nível. Soa a algo oriental e ao mesmo tempo europeu, sem nunca perder a inspiração na figura história nomeada no título da canção. O Azerbaijão estaria, certamente, na final do evento.  

Israel:  "Feker Libi" é uma mescla de vários ritmos do mundo, com o acompanhamento vocal da incrível Eden. Israel iria concorrer com mais uma grande produção pop, que faria Roterdão entrar em êxtase. 

Lituânia: "On Fire" é uma expressão melancólica de pop/dance, absolutamente marcante e memorável. A Lituânia tinha nas suas mãos a possibilidade de vencer o certame pela primeira vez, com uma participação única a nível musical e visual. "On Fire" é uma canção de grande sucesso no seu país e merece tornar-se um hit a nível europeu. 



Malta: A já conhecida Destiny regressou às lides eurovisivas com um tema que parece inofensivo, mas que, com certeza, seria um grande destaque nesta edição. "All Of My Love" poderia ser colocada no mesmo compartimento que as canções suecas de 2020 e 2019, com um enorme apelo pop e gospel. Malta poderia sonhar com um top 5, caso a delegação investisse numa boa atuação com poucos  floreados, ao contrário do ano anterior.

Noruega: Um dos momentos mais belos na Eurovisão 2020 seria, certamente, proporcionado pela Noruega, que se faria representar pela balada "Attention" e pela incrível voz de Ulrikke. Uma balada honesta, sem rodeios, comercial e que nunca perde o rumo. Ulrikke protagonizaria um dos melhores vocal buildings do ano, que renderia vários votos pela Europa. 

Roménia: Apesar de não ser fã incondicional deste tema, "Alcohol You" é uma bonita jornada amorosa. ROXEN é uma intérprete competente, que traz uma profundidade especial ao tema. A produção vai ganhando dimensão e termina no pico da sua qualidade. 

Rússia: "Uno" é um tema único, divertido e que não deve ser levado muito a sério... e ainda bem! Num ano dominado por baladas e canções conceituais, "Uno" tornou-se facilmente num hit single instantâneo, capaz de conquistar o top 5. Considerados favoritos, os Little Big estariam definitivamente na final da Eurovisão 2020. 



Suécia: The Mamas, um trio maravilhoso de voz poderosas, tinham tudo para conquistar mais um top 10 para a Suécia. "Move" é uma canção cheia de alma, com influências de pop radiofónico e de gospel, os ingredientes que o painel de jurados mais têm valorizado nos últimos anos. 

Em Risco:

Austrália: A Austrália tem um historial de ótimas apresentações em palco, o que poderia enviar Montaigne, a intérprete de "Don´t Break Me", para a final do certame. No entanto, a cantora tem vindo a demonstrar alguma insegurança vocal e "Don´t Break Me" não tem impacto suficiente para cativar o ouvinte logo na primeira audição. Uma boa canção, com uma temática e produção que apelam a uma luta interior, mas que poderia deixar a Austrália pela primeira vez fora da final do evento.  

Croácia: Damir, o intérprete de "Divlji Vjetre", é o portador de uma voz excelente e envolvente. A canção, apesar de seguir a receita de várias baladas balcânicas, é competente, atingindo toda a sua glória nos segundos finais. Teria possibilidades de ocupar um dos lugares na final, embora a falta de algum arrojo pudesse comprometer a sua passagem. 

Chipre: "Running" soa a qualquer outra canção da moda que passa vezes sem conta na rádio. Não é memorável e também não é interpretada por um grande cantor. No entanto, o apelo comercial, conciliado com uma boa atuação, poderiam colocar o Chipre na final da Eurovisão 2020 pelo sexto ano consecutivo. 

Ucrânia: "Solovey" é um dos meu temas preferidos nesta edição, trazendo a boa etnicidade ucraniana ao certame. Uma canção atmosférica, acompanhada pela folclórica voz da vocalista dos GO_A, pelos ritmos pop comerciais e pelo som de uma flauta, tão popular nas lides eurovisivas. No entanto, a proposta poderia não agradar ao grande público, por ser um tanto fora da caixa. Deveria alcançar a final, embora se fique com um pé ligeiramente atrás quanto à sua passagem.


Eliminadas:

Bélgica: "Realese Me" representa uma das maiores desilusões do ano. A canção tem o seu valor, principalmente a nível da progressão musical, mas peca na falta de conteúdo e de profundidade. A típica canção que apenas é ornamentada a ouro exteriormente, mas que por dentro não tem muito a acrescentar.

Bielorrússia: Um pop genérico e com pouca originalidade, sem capacidade de se destacar no meio de tanta concorrência. "Da Vidna" soa a uma peça inacabada e insípida, apesar do refrão coeso. O destino da Bielorrússia estaria, à partida, ditado, embora tivesse algumas possibilidade de chegar à final, caso participasse na 2.ª semifinal.

Irlanda: "Story Of My Life" remete-me àqueles tempos em que Krista Siegfrids pisava o palco da Eurovisão com a autêntica e destemida "Marry Me". O probelma é que desta vez já estamos em 2020 e a canção não tem nem metade da personalidade. Lesley não é uma intérprete de topo, o que dificultaria ainda mais a passagem da Irlanda à final. 

Macedónia do Norte: As expectativas eram altas, depois da vitória por parte do painel de jurados na edição de 2019. Mas a Macedónia do Norte não exaltou os ânimos dos fãs eurovisivos e a eliminação era quase certa. "YOU", canção interpretada por Vasil e influenciada pelo género dance, não tem personalidade suficiente para incendiar as pistas de dança, apesar de uma produção aceitável.



Eslovénia: "Voda" é uma balada sem rasgos de originalidade, apesar do refrão forte. Ana, a interprete da canção, é excelente e o seu tom grave daria alguma vida à participação eslovena. Ponto positivo para alguns momentos conceituais na produção do tema, que se conectam bem com o título da canção. No entanto, a falta de um momento realmente brilhante no tema deveria sentenciar esta participação com uma eliminação.

Imagens: Teller Report, EuroVisionary, Eurovision, Escportugal

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