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E Foi Por Pouco... 7 - The Middletonz, Anna Bergendahl, Surma e D'Sound




The Middletonz - "Roses"
6.º lugar no A Dal

Música: “Roses” foi o tema submetido ao A dal 2019 pela mais recente banda de Kállay Saunders, representante Húngaro na edição de 2014 da Eurovisão, junto com Slashkovic, rapper iraniano-holandês. The Middletonz apresenta um tema sobre um amor não correspondido num estilo ainda pouco explorado no universo eurovisivo, um pop com influências do hip hop e do rap. Kállay Saunders continua a ganhar fãs desde a sua participação na Eurovisão e por esse motivo era um dos grandes favoritos à vitória do A dal entre os eurofãs.

Apresentação: Na apresentação de “Roses” Kállay e Slashkovic transmitem a energia e a entrega que a canção necessitava. É notório o esforço da banda para melhorar a sua apresentação de gala para gala no A dal, não só a nível vocal, mas também na sua apresentação, como por exemplo os bailarinos com rosas espalhadas pelo o corpo, que de certa forma deram mais vida a atuação.

Comparação com a vencedora: Joci Papái vence novamente o A dal e leva à Eurovisão uma canção com uma identidade muito própria do artista, talvez por essa razão, e com uma consequente análise das restantes canções selecionadas para a edição deste ano do certame, conseguimos concluir que “Az én apám” é um tema que provavelmente não se conseguirá destacar em Telavive. Enquanto que “Roses” é um tema moderno e mainstream num estilo pouco explorado na Eurovisão, o que facilmente se poderia destacar das 41 canções a concurso.

Pontuação: 10 pontos
 




Anna Bergendahl - "Ashes to Ashes"
6.º lugar no Melodifestivalen 2019

Música: Este tipo de canções fazem lembrar vários estilos musicais em simultâneo. O toque dos violinos mais perto do final da canção são a chave para considerar este tema muito bom. 

Apresentação: Uma apresentação muito simples, mas bonita, acompanhada por uma espécie de floresta encantada, onde Anna Bergendalh brilha por si. O espetador foca toda a sua atenção na cantora e no seu timbre fora do vulgar. No entanto, falta algo para considerarmos a atuação perfeita. 

Comparação com a vencedora: Não é melhor que a vencedora em nenhum nível, embora "Ashes to Ashes" seja ainda de grande qualidade.

Pontuação: 8 pontos.




Surma - "Pugna"
5º lugar no Festival da Canção

Música: "Pugna" é com certeza o tipo de música que não cai facilmente no gosto da maioria do público. Com um toque experimental, a música de Surma tem um estilo muito próprio. De um jeito nunca antes visto no Festival da Canção, Surma trouxe uma música moderna e original, que soa bastante simplista, e com um jogo de letra onde os sons são uma parte importante - por esse mesmo motivo a letra nem sempre foi perceptível, especialmente na versão estúdio. "Pugna" é algo refrescante, impactante e original, esta longe de ser algo que ouvimos no Festival da Canção ou na Eurovisão e por isso se tornou um momento memorável no concurso português.

Apresentação: Esta é uma música que ganhou muito com a apresentação ao vivo, o que não era de todo expectável. A forma como Surma iria apresentar a música gerava curiosidade, mas não estávamos à espera dos três minutos mais intensos do Festival da Canção 2019. A coreografia, as luzes, a roupa: tudo estava no ponto para criar uma atmosfera maravilhosa que nos deixou colados ao ecrã, com arrepios na espinha, a viver esta experiência maravilhosa. É o tipo de apresentação que nos faz ir rever umas quantas vezes no Youtube só para ter esta sensação de intensidade uma e outra vez.

Comparação com a vencedora: Não podemos negar que a música que ganhou era a que tinha que ganhar e se "Telemóveis" divide bastante as pessoas, que se poderia dizer de "Pugna". Seria uma aposta extremamente arriscada que provavelmente nem seria compreendida pelos europeus, mas sem dúvida seria uma música da qual nos poderíamos sentir orgulhosos.

Pontuação:  10 pontos





D'Sound - "Mr. Unicorn"
3.º lugar no Melodi Grand Prix 2019 

Música: "Mr. Unicorn" tem uma melodia muito alegre e contagiante. Não sendo algo nunca ouvido antes, é um estilo pouco escutado nas edições eurovisivas, mas que ultimamente tem vindo a aparecer no palco do Festival Eurovisão da Canção. A composição acompanha o som da música e tem um refrão catchy, uma letra sobre uma paixão que acaba por ser uma metáfora engraçada.

Apresentação: Já sabemos que os nórdicos têm uma mão especial no que toca a realizar festivais nacionais para escolher o seu representante, sendo que a Noruega não excede à regra. D'Sound tiveram uma coreografia original no palco Melodi Grand Prix, o que lhes permitiu ter algum destaque em relação às outras músicas a concurso. No palco principal, a vocalista e dois elementos da banda estiverem cada um dentro de um cubo que funcionaram muito bem a nível de imagem, sendo que as montagens foram pontos a favor. No palco secundário estiverem algumas bailarinas e um elemento com uma máscara a fazer lembrar o JOWST (representante da Noruega em 2017), que apesar de não ficar mal no conjunto da apresentação, não parece que fizesse falta à actuação. De salientar a boa energia que Mirjam (apesar de a prestação vocal não ser a melhor), e a restante banda passaram ao interpretar a sua canção.

Comparação com a vencedora: "Mr. Unicorn" e "Spirit In The Sky", não são assim tão incomparáveis. Ambas as músicas têm sons bastantes eletrónicos, sendo que a proposta vencedora se destaca pela parte indígena e por ter três vozes que conferem outra atmosfera na actuação. A nível de coreografia, "Mr. Unicorn" levou pela melhor. Na votação internacional, os D'Sound acabaram por vencer o júri, mas não se qualificaram para a ronda final, acabando no terceiro lugar.

Pontuação:  8 pontos.


Textos de: João Vermelho, Elizabete Cruz, Daniel Fidalgo e Tiago Lopes
Vídeos: A Dal, Festival da Canção

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