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[Comentário] Canções do Festival da Canção 2015



LEONOR ANDRADE - "HÁ UM MAR QUE NOS SEPARA"



Avaliação: 7,5/10

“Há um mar que nos separa” é uma das melhores músicas na final do Festival da Canção 2015, mas carece de uma melhor interpretação. A Leonor tem uma boa voz mas na semifinal faltou-lhe projeção - para não acabar “engolida” pelo instrumental, como acabou por acontecer em algumas partes. A música começa muito bem, com muito power, mas o refrão acaba por desiludir e tornar a canção menos interessante. A ser a música vencedora, precisa de algumas mudanças e, acima de tudo, de uma apresentação em palco diferente. Caso contrário, será facilmente esquecida pelos europeus.


YOLA DINIS - "OUTRA VEZ PRIMAVERA"


Avaliação: 9/10

Talvez este seja o instrumental mais simples apresentado por Nuno Feist ao Festival da Canção. Mas o facto de ser simples não lhe tira mérito. Não era preciso entrar em complicações quando se tem uma intérprete desta qualidade. Yola Dinis é, a par de José Freitas, a melhor voz deste festival e uma das grandes candidatas à vitória. Uma melodia que lembra imediatamente Portugal e uma letra da qualidade a que Nuno Marques da Silva nos tem habituado. A ser a vencedora, talvez precise de uns arranjos que tornem o instrumental mais forte e apelativo aos europeus e de uma apresentação em palco sem guitarras portuguesas e violinos, e mais arrojada. Sem dúvida, uma das melhores propostas, ou talvez a melhor, deste ano. 


GONÇALO TAVARES - "TU TENS UMA MÁGICA"



Avaliação: 4/10

É, sem dúvida nenhuma, a proposta mais fraca desta final. Uma música que faria sentido no festival há 30 anos e com demasiada influência do José Cid. A letra é pobre desde logo no título - “Tu tens uma mágica” é que língua? O acordo ortográfico veio mudar assim tanta coisa ou é esta conjugação que está errada? Também o facto de ser compositor e cantor não ajudou em nada o intérprete. O tom da música parece demasiado baixo, e o instrumental e os coristas sobrepõem-se em diversas ocasiões à voz do Gonçalo. A apresentação em palco é fraca. Mesmo com muitos bailarinos, o Gonçalo parece estar num mundo à parte enquanto canta e toca. 


JOSÉ FREITAS - "MAL MENOR (NINGUÉM ME GUIA À RAZÃO)"


Avaliação: 6,5/10

José Freitas foi uma mais valia para a edição de 2015 do Festival RTP da Canção. "Mal Menor (Ninguém me Guia à Razão)" trata-se de uma música blues, pouco ou quase nada ouvido e visto, no concurso português e até mesmo na Eurovisão. Pode não ser a melhor proposta em competição este ano, no entanto a voz e a presença de palco de José Freitas arrebatam completamente com a audiência eurovisiva. O swing do cantor, bem como a sua capacidade interpretativa levam o tema a outro patamar. Concluindo e resumindo, José Freitas é o que dá vida a "Mal Menor (Ninguém me Guia à Razão)".


TERESA RADAMANTO - "UM FADO EM VIENA"


Avaliação: 8,5/10

A par de "Outra Vez Primavera", "Um Fado em Viena" é uma das melhores propostas desta edição, e também dos anos anteriores. De facto, este ano houve um esforço por parte de todos os artistas para dar uma lufada de ar fresco ao Festival. Além disso, Teresa Radamanto, já conhecida pelos fãs eurovisivos por também já ter participado no passado, é belíssima e tem uma voz invejável. Além disso, o instrumental, principalmente no minuto final dá beleza e força ao tema. Também é de aplaudir o esforço dos responsáveis do "Um Fado em Viena" por terem feito este projecto musical, através também do Fado-Valsa. 


SIMONE DE OLIVEIRA - "À ESPERA DAS CANÇÕES"


Avaliação: 6/10

Muitos não concordam com a participação de Simone de Oliveira no Festival, e muitos também fizeram críticas à sua voz, ontem. Simone teve uma vida toda para provar aquilo que vale, e não precisa de provar mais nada a ninguém. Além disso, a sua presença no certame pode incentivar outros artistas que têm medo de se submeterem à votação do público - desmitificando um pouco toda esta temática festivaleira. No entanto, e analisando a música "À Espera das Canções", é uma música serena, com uma carga lírica enorme, e Simone de Oliveira fez jus, em termos interpretativos, ao tema. Talvez não seja a proposta vencedora, mas é de aplaudir a atitude fantástica da Diva Portuguesa.


SEMIFINAL 1

As três músicas que ficaram pelo caminho eram, de facto, bastante fracas. Augusto Madureira aventurou-se por caminhos perigosos e correu-lhe mal. “A noite inteira” parece conter quatro músicas em apenas três minutos e a apresentação de palco careceu de uma coreografia elaborada. “Lisboa, Lisboa” é fraquíssima para o concurso, e em nada ajudou a indumentária da Rita. A própria Sara Tavares disse, na greenroom que quase não teve tempo para compor a música e penso que isso foi óbvio. Já “Paz” é uma música sombria e que, mais uma vez, não vai de encontro àquilo que esperamos ver na Eurovisão.

SEMIFINAL 2

Comparando com a primeira semifinal, a segunda foi muito mais coerente - e não se pode, de todo, dizer que as que ficaram para trás eram mais fracas que as finalistas. "Dança Joana", após a interpretação, ficou completamente na cabeça - sendo que a única a provocar este efeito este ano. Além do mais, promove o funk e o soul, estilos musicais com cada vez mais projecção, da melhor maneira possível. "Quando a Lua Voltar a Passar" é uma proposta fraquíssima perante o panorama eurovisivo atual. Por fim, "Maldito Tempo" desiludiu todos os fãs e admiradores da Diana e do Festival, sendo que a música, no seu todo, soou de forma estranha.

Vídeos: bacon music, Gonçalo Tavares, Um Fado em Viena, jaime Aragão da Rocha e Your Eurovision Portugal
06/03/2015

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