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Eurovisão virada do avesso 2 - Sétimo tema: E se a orquestra voltasse ao ESC?


Sétimo tema: 
E SE A ORQUESTRA VOLTASSE AO ESC?


Ao percorrermos imagens das primeiras décadas de Festival deparamo-nos com um espectáculo totalmente diferente daquele a que assistimos hoje em dia. Em vez de atuações cheias de apetrechos como a pirotecnia, o “fumo” e os jogos de luzes, apenas víamos intérpretes guiados pelos músicos que sustentavam a atuação com o instrumental nu e cru. Se há coisa difícil de negar é o facto de a canção ser a principal preocupação, coisa que hoje não é tão evidente. 


Hoje, apesar de isto continuar a ser um concurso de canções, não há tema que sobreviva a uma atuação pouco marcante visualmente, o que nos leva a recuar em toda esta inovação e a questionar o que seria a Eurovisão dos dias de hoje com orquestra. Certamente que não seria o que foi há algumas décadas, mas é certo que a maior parte da música atual, a que ouvimos nas rádios ou nas discotecas, não poderia integrar o rol de canções. Por um lado seria bom, pois com certeza haveria menos mediocridade no topo da classificação. Por outro, e dado o que se vê por aí em vídeos virais e em programas de talento, vem-nos logo à cabeça que a Eurovisão seria invadida por músicas melosas, com intérpretes “de ano e mês” à guitarra, o que nos leva a questionar: será que a orquestra seria mesmo equivalente a uma melhoria na qualidade das canções? Não necessariamente, mas a verdade é que a música em si seria mais valorizada. Os compositores não poderiam limitar-se a mexer num programa de computador para fazer a sua música.



Havendo orquestra, os instrumentos que estivessem em palco poderiam ser tocados ao vivo; haveria uma maior variedade de instrumentos; a música eletrónica não seria assim tão dominante; a música mostraria um outro lado: mais clássico e elegante… 



No entanto, isto é um assunto muito difícil de ser debatido, porque tem muito que ver com os gostos das pessoas. Nós, pessoalmente, adoramos orquestras e apreciamos a variedade de instrumentos ao vivo, desde flautas a violoncelos… Além disso, muitas das músicas que se ouvem na Eurovisão poderiam ser mais valorizados, como por exemplo Milim de Harel Skaat, que, se tivesse por detrás uma orquestra, e menos desafinações, iria pôr a audiência a chorar…


Também seria mais difícil adivinhar quem seria o vencedor, porque se houvesse uma má orquestração do tema, este tornar-se-ia numa catástrofe total. E para os cantores é bem mais difícil acertar o tom com uma orquestra por detrás, do que quando é tudo feito por playback. Estes também importar-se-iam em levar algum fator surpresa, porque quando é tudo computorizado dá a entender que o computador e os efeitos especiais fazem tudo para que a atuação corra bem – mas também, neste ponto, é muito importante o papel do intérprete e do instrumental!


01/11/2014

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