E Foi Por Pouco... 2 - Alvaro Estrella, Viktoria Petryk, Jessika, Boris Covali e Lisa Miskovsky

ALVARO ESTRELLA – "BEDROOM"

6º lugar na primeira semifinal do Melodifestivalen 2014

       Quando saem os previews de cada semifinal do Melodifestivalen, há canções que nos fazem ficar quase certos da sua passagem para a final. Esta foi uma delas. Bastante orelhuda, ainda que pouco inovadora, é contagiante. A letra é medíocre (nunca costumamos esperar uma obra de arte em termo de escrita nestas ocasiões, é certo) mas é uma música marcante, não fosse este um dos nomes que tem feito burburinho nas redes sociais devido à sua não-passagem à final. No entanto, não temos dúvidas de que esta foi uma semifinal difícil – até agora, foi a que teve mais qualidade musical -, sendo que não ficámos totalmente surpreendidos pelo flop. Além disso, os desafinanços que Alvaro fez ao vivo não abonaram nada em seu favor. Se tivesse ficado noutra semifinal, mais rockeira como a terceira, poderia ter sido perfeitamente destacado (ainda que a final não fosse garantida).

VIKTORIA PETRYK – "LOVE IS LORD"

2º lugar no National Final

       Em termos de qualidade, está a léguas daquela que ganhou. Uma apresentação em palco mais rebuscada talvez seja o que faltou para Viktoria passar do 2º lugar. Uma maior aposta no melhoramento do inglês, no visual – o vestido era medonho – e um certo preenchimento do palco fariam jus à canção, que é lindíssima e poderosa – bastante parecida com o estilo que a Anastasiya Petryk apresentou no JESC2012, com “Nebo” e que acabou por vencer. O mesmo poderia ter acontecido com Viktoria? Pensamos que não, mas os resultados não estariam tão abaixo daqueles que a Ucrânia somou nos últimos anos, que foram marcados por grandes e poderosas canções – "Tick-Tock" não o é.

JESSIKA – "HYPNOTICA"

8º lugar no Malta Eurovision Song Contest 2014

       Um daqueles casos, em que a canção ganha no televoto e é arrasada pelo júri, que consegue deixar frustrados muitos eurofãs. Jessika tem uma voz forte e Hypnotica era sem dúvida a canção mais potente e visualmente agradável da final maltesa. Acontece que o televoto, no Malta Eurovision Song Contest 2014, vale relativamente pouco e a decisão acaba por depender fortemente do júri, que assim quis que Malta fosse representada por aquela música fraquíssima e que segue o mesmo exemplo de “Tomorrow”. Por um lado, é óptimo ver países a apostarem em diferentes estilos musicais (o que só traz diversidade), no entanto é triste quando parece que a voz do povo foi censurada e apenas serviu para encher chouriços. 

BORIS COVALI – "FLYING"

Desclassificado no O Melodie pentru Europa 2014

       Sem dúvida, das melhores canções que ouvimos este ano, das finais nacionais. Aparentemente, a equipa de management de Boris decidiu simplesmente substituir “Flying” por “Perfect Day”, que pouco tem a ver com a primeira. Está, inclusivamente, longe de ser tão boa. Fala-se de, por ser uma das favoritas à vitória, terem desistido por não quererem ganhar, o que pouco sentido faz, pois se era assim, mais valia nem terem ido. Ficamos com pena por nem termos visto como é que iriam apostar na parte visual, foi uma grande perda para o O Melodie pentru Europa 2014. Sinceramente, não vemos uma música tão boa na Moldávia, este ano, como “Flying”, o que é triste porque o país poderia ter perfeitamente continuado com a qualidade que apresentou o ano passado com “O Mie”.

LISA MISKOVSKY – "WHY START A FIRE?"

9º lugar no Melodifestivalen 2012

       É mais que claro que, no Melodifestivalen, há sempre grandes músicas que ficam para trás. A edição de 2012 foi muito marcante, por ser renhida, por haver grandes favoritos. Neste evento, há músicas que fogem daquela constante de uptempo, tão característica da final sueca, cujos resultados abalam um bocado quem também gosta de ver a Suécia com algo fora do comum. É o caso de Lisa Miskovsky, que deu ao Melodifestivalen de 2012 uma lufada de ar fresco, com uma atuação limpa, leve, e uma melodia fantástica. Dado que havia dois grandes favoritos, Loreen e Danny Saucedo, nunca foi esperado que “Why Start a Fire” vencesse, mas o penúltimo lugar foi demasiado mau, e, de certa forma, injusto, visto que, no televoto, não passou do último lugar. No entanto, já foi uma vitória Lisa ter conseguido a passagem directa para a final, deixando para trás rivais fortes como Charlotte Perrelli. É caso p’ra dizer: com pouco faz-se muito!

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22/02/2014