
ANTERIORMENTE...
Noite de festa na Suécia! Danny Saucedo e Molly Sandén apresentam-na e são muitos os artistas presentes. Valentina brilha nos bastidores mas depois foge do palco, com medo do gigante. Krista e Dana querem ter o protagonismo, mas é Zlata quem marca a festa com uma discussão com Björkman, por causa da censura da SVT à sua atuação. Loreen também se recusa a cantar e é consolada por Marco. Começa aí o seu namoro.
9º EPISÓDIO
A noite ainda ia a meio, mas
Molly não conseguia dormir. Não sabia o que estava a acontecer, mas não se
estava a sentir bem. Não quis acordar Danny, porque ele havia sido impecável
consigo na semana que tinha passado: ia comprar a comida que Molly desejava,
não a deixava fazer nada porque tinha de descansar e só lhe dava miminhos.
Afinal de contas, um herdeiro seu estava prestes a nascer.
Levantou-se da cama. Estava um
pouco tonta e chegou mesmo a pensar que ia cair no chão. Agarrou-se à parede e
foi até à casa-de-banho, que se encontrava logo ao pé do seu quarto.
Aproximou-se da sanita, ajoelhou-se e começou a forçar o vómito. Não se estava
a sentir bem. Estava com enjoos. Não sabia o que fazer.
De facto, com tanto barulho que
Molly estava a fazer, Danny acabou por acordar. Ainda sem muita noção do que
estava a acontecer, ouviu atentamente os barulhos na casa-de-banho. Depois,
olhou para o seu lado para ver se Molly estava lá e reparou que estava sozinho
na cama. Levantou-se e foi a correr ver o que se estava a passar com a namorada.
Abriu a porta com força e viu
Molly ajoelhada, junto da sanita com a boca aberta.
- Amor, que se passa? – Molly
olhou para ele, com ar de sono. Estava demasiado cansada e farta destes enjoos.
- É o mesmo de sempre… Esta
semana tem sido sempre assim. Já estou tão saturada disto…
Saltou para os braços rijos de
Danny e beijou-lhe o pescoço, pedindo-lhe conforto. Danny não podia fazer nada
em relação aos enjoos, que eram normais numa gravidez. Molly só tinha de se
aguentar. No entanto, tentou ouvir o bebé dentro da barriga dela.
- Queres que te vá fazer um chá,
minha pequenina? – Molly coçou o seu nariz no dele, fez-lhe um sorriso tímido e
agradeceu-lhe com o olhar.
Danny levou-a até à cama, pé
ante pé, e deitou-a. Antes de a deitar tentou ouvir o bebé, junto da barriga dela. Disse-lhe para esperar por ele, já que voltaria o mais
rapidamente possível. Porém, Danny não sabia o que iria fazer. Ele nunca fizera
chá em toda a sua vida, já que nunca foi tradição na sua família bebê-lo, mas
decidiu inventar alguma coisa. Pôs água a ferver, pôs o pózinho que vinha nas embalagens e esperou que o mesmo se
espalhasse pela água, como aconteceu. Antes de lhe dar, decidiu provar a bebida.
Apesar de ter quase a certeza de que o fizera da forma correta, preferia arriscar
o seu estômago primeiro que o dela.
Calmamente, subiu as escadas
para o segundo andar da sua casa, sempre com a chávena nas mãos. Quando entrou
no quarto, Molly já se encontrava a dormir, apesar de Danny ter sido muito
rápido. Decidiu não acordá-la e ficou a olhar fixamente para ela. O seu maior
tesouro. A pessoa que mais amava. A pessoa a quem era capaz de dar a sua vida
para vê-la viver. Não podia pedir mais. Com ela, Danny estava completamente
realizado.
Marco e Loreen estavam a passear
calmamente no parque, de mãos dadas. Iam diretamente para o museu de Malmö, que
tinha aberto há pouco tempo. Contudo, Loreen estava preocupada com Marco, pelo
facto de este ainda não ter ensaiado a sua atuação para a Eurovisão.
Pagaram na receção e depois
entraram num novo mundo, onde predominavam coisas antigas. Observaram algumas
esculturas e quadros com bastante interesse.
- Oh Marquinho, este aqui
pareces tu! – afirmou Loreen, a apontar para um quadro onde estava um rapaz
desdentado. Marco tossiu e forçou o riso.
- Mas que piadinha tu tens! Vê
lá se não te cai o dentinho!
- Como aconteceu contigo? – E
Loreen voltou a rir-se com muita intensidade. Era mais forte que ela, não
conseguia evitar.
No meio de tantas coisas
expostas, Loreen reparou que no outro lado do museu estavam Lena e Alexander
Rybak. Ficou boquiaberta; não estava à espera de encontrá-los ali, e muito
menos esperava ver Lena sozinha com Rybak. Chamou a atenção de Marco, puxou-o
pelo braço e foi falar com eles.
- LENA? – gritou. A alemã olhou
para trás, sobressaltada. – O que andas tu aqui a fazer, sua maluca?
As duas amigas de longa data
saltaram para os braços uma da outra. Loreen começou a cheirá-la e depois
afastou-se para ver a nova aparência dela.
- Bem, tu estás uma gata! Se eu
não tivesse o Marco, não me escapavas! – Gargalhadas invadiam o museu.
Loreen e Marco também
cumprimentaram Alexander Rybak, que se encontrava bastante feliz com aquele
encontro inesperado. Estava muito mais musculado do que da última vez que o
viram. Apercebendo-se de que Loreen queria falar com a sua amiga em privado,
Marco levou Rybak para fora dali.
- Amiguinha! O que fazes com
ele? Oh meu Deus! Três vencedores eurovisivos juntos neste momento. Isto é
épico! Estou a tremer!
- Olha, cansei-me do Didrik! Sinceramente,
não sei de quem ele gostava mais. Se de mim ou do Rybak. Pelo menos, nas redes
sociais, só publicava fotos onde o Rybak estivesse com ele. E ele passava quase
todo o dia comigo – confessou Lena, um pouco chateada com a situação. – Eu até
gostava dele, mas uma mulher tem de ser valorizada! Quando um homem começa a
esquecer-se de que nós existimos e a dar-nos menos carinhos, não vale a pena.
- Mas uma coisa é acabar com ele,
outra é estar com o Rybak. Ouvi dizer que ele parece a Sílvia Night aos gritos
quando ressona… É mesmo verdade? Se for, que horror! Acabava já tudo!
- A Sílvia Night não parece. Mas
os Lordi possivelmente… – Lena pensou duas vezes antes de fazer a comparação.
Não estava completamente decidida sobre com quem se parecia mais o ressonar de
Rybak. – Mas, oh pá, que queres! Ele agora tem mais músculos. E não é um menino
feio. Eu não o amo, mas para dar umas voltinhas não me parece um mau partido.
- Se tu o dizes… Tu é que sabes
o que fazes da tua vida. Mas acho que devias ser sincera com ele, porque ele
parece mesmo gostar de ti. – Lena assentiu com a cabeça e os rapazes
apareceram.
Não querendo perder mais tempo, já
que aquilo era uma saída de casais, os bons amigos despediram-se e continuaram
a sua visita pelo museu. O mesmo não era muito grande, por isso conseguia-se
ver tudo rapidamente.
Quando saíram do edifício ainda
a tarde estava a meio. Decidiram comer um gelado. Loreen escolheu um de morango
com chocolate, e Marco um de menta. Ao mesmo tempo que comiam o gelado,
namoravam e olhavam para o céu, que estava muito limpo, sem qualquer nuvem.
Já com os gelados terminados, viram
ao longe quatro mulheres a passear pela rua. Pareciam saídas d’“O sexo e a
cidade”, já que davam a entender que eram mulheres belas, independentes e
descomplexadas. Quando se aproximaram mais, Loreen apercebeu-se de que se
tratavam de estrelas eurovisivas: Ani Lorak, Charlotte Perrelli, Pastora Soler
e Carola.
Quando as viu, teve uma vontade
enorme de fugir, pois Carola era a mãe do seu ex-pré-marido. Além disso, tinha
vergonha de falar com elas, pois assistiram ao fracasso do seu casamento, ao
vivo e a cores – tirando Pastora Soler, que Loreen não conhecia tão bem como
gostaria, ainda que tivessem estado juntas na Eurovisão, em Baku.
- Querida, não vás!
Carola chamou-a e Loreen
voltou-se para elas, com um pouco de embaraço.
– Eu não te vou fazer mal –
continuou Carola. – O casamento já passou, o Dannyzinho já estava bem na vida e
eu não sou mulher de guardar ressentimentos.
Charlotte, que adorava sempre
intrigas entre celebridades eurovisivas, torceu o nariz quando viu a
passividade de Carola com Loreen.
- Viemos às compras. O nosso
guarda-roupa já não tem nada, só umas mil e quinhentas peças que já foram usadas
em shows. Diva que é diva tem sempre de se vestir de maneira diferente quando
sai à rua.
Loreen, que não ligou ao que Ani
Lorak disse, aproximou-se de Pastora Soler e agradeceu-lhe pela sua simpatia:
- Fico feliz por estar consigo
novamente. Adorei a sua música e sou uma grande fã sua.
- Oh, que querida! Também sou
tua fã! E do nosso querido G:son! Sem ele, nós não seríamos o que somos hoje.
Charlotte interrompeu-as com um
estalar de dedos e, mal-humorada, refilou:
- Daqui a bocado as lojas fecham.
Eu vim aqui para comprar roupa, não para estar na galhofa! Que vergonha! –
Começou a andar. – Adeus, querida. Faz muitos bebés com o Marco.
As outras três divas encolheram
os ombros, pediram-lhe desculpa pela atitude de Charlotte e seguiram a amiga. Loreen
ficou descansada por se ter livrado dessas mulheres mais depressa do que
imaginava.
Valentina precisava de pôr as
ideias em ordem. Tinha passado por momentos muito complicados na sua vida
ultimamente: a mudança para Estocolmo, o episódio terrível do cemitério, o medo
constante que sentia desde então, o nervosismo por causa da Eurovisão. Não
havia uma única noite em que não ouvisse em sonhos o rugido do seu atacante.
Também tinha muitos pesadelos com o gigante que estava na plateia da festa,
que, parecia-lhe, era a criatura do cemitério.
Arrepiada, sentou-se ao
computador para ver se se entretinha com o Facebook. Viu que tinha muitas
mensagens por ler, certamente de fãs seus, mas primeiro foi cuscar aquilo que
os seus amigos estavam a partilhar.
Numa dada altura, deparou-se com
o vídeo da atuação de Vânia Fernandes, na Eurovisão em 2008. Aquela era uma das
suas músicas preferidas, pelo que fez questão de rever a apresentação
portuguesa desse ano. Arrepiou-se, desta vez pela positiva, e ficou mesmo com
lágrimas nos olhos.
- Ai, espero que o meu momento
no palco este ano seja tão lindo como este! Eu mereço!
Aquela não era a Valentina que
todos conheciam. Nem ela se estava a reconhecer. Estava triste, desanimada,
quase a desistir de tudo. Por que razão ela não conseguia ser como Vânia? Ter
aquela garra, aquela coragem, aquela assertividade toda?
- Se eu ao menos pudesse ficar
com um bocado do que é dela…
Foi então que se lembrou:
conheceu a cantora madeirense na festa do casamento falhado de Danny Saucedo e
Loreen. Talvez ela se lembrasse de si! Procurou no Facebook o perfil de Vânia
Fernandes, enviou pedido de amizade, que foi aceite poucos segundos depois, e
depois começou uma conversa.
- Vânia, posso falar consigo?
A outra digitou um “sim”, com um
smile à frente.
- Preciso de desabafar… Tu
pareces-me ser uma pessoa tão simpática, e bondosa, e ao mesmo tempo tão forte…
- Sabes, Valentina, às vezes
temos de usar máscaras… Se não íamos abaixo com grande facilidade. Nem sempre
sou assim como dizes. Sou humana. Como tal, há alturas em que não tenho
paciência para nada e só me apetece chorar.
- O que achas que devo fazer
então?
- Olha, podes cantar! Cantar,
dançar, sair, apanhar ar. Esquece o resto. O que te incomoda deixa longe de ti.
O que se passou é passado, não volta mais. Anima-te, querida! Pensa na
Eurovisão!
Valentina sorriu pela primeira
vez nesse dia.
- Sabes, Vânia? Tens toda a
razão. Sabes o que vou fazer? Gravar uma cover da tua canção, mas em italiano!
Porque a mim ninguém me para! Já saí do casulo, sou uma borboleta e agora vou
voar! Bem alto!
O descanso de Bonnie Tyler e
Birgit Õigemeel em Estocolmo tinha chegado ao fim. Estava na hora de
regressarem à sua casa no Reino Unido, para mais umas semanas de trabalho e
ensaios para a Eurovisão. De facto, daí a algum tempo voltariam a pisar solo
sueco. Era um momento pelo qual ansiavam bastante.
- Titi, enquanto aqui estive
tive uma ideia para a minha atuação na Eurovisão – disse Birgit, ocupando o seu
respetivo lugar no avião, junto da janela.
- Ai sim, minha querida? Diz-me!
A representante da Estónia olhou
para os bancos de trás para ver se estava alguém. Ainda assim, optou por falar
em voz baixa.
- Vá, filha, diz! Believe in me!
– implorou Bonnie Tyler. Como estava de regresso ao seu país natal, já não
achava necessário estar toda camuflada com os seus casacões.
- No começo da minha atuação, as
câmaras vão filmar tudo a preto e branco! O que me dizes?
Bonnie, que estava ansiosa por
saber mais pormenores sobre a atuação da sua menina, ficou um pouco desiludida.
- É só isso? – Birgit disse que
sim, atrapalhada, pois percebeu que a sua ama não tinha ficado muito
entusiasmada. – Bem, é diferente de qualquer outra atuação, garantidamente! E
até coincide com a letra… Mas não sei… Estava à espera de que fosses fazer
outra coisa…
- Tipo o quê? – a jovem
ajeitou-se no assento de forma a estar mesmo virada para Bonnie. Ainda faltavam
alguns minutos para o avião descolar.
- Podias arrancar o vestido, na
parte final, e mostravas a tua barriga, ao mesmo tempo que cantavas “pode haver
um novo começo”. O que me dizes? Muito louco, não é? A Beyoncé fez isso uma
vez!
Birgit soltou uma gargalhada.
- Acontece que não tenho o
físico da Beyoncé, quem me dera! Acho que me fico pela minha ideia… Só me dispo
à frente do meu namorado. Só a ele!
Bonnie passou a mão pela face de
Birgit, encantada. Depois, receberam ordens para colocar os cintos de
segurança, porque o avião não demoraria a arrancar. Os bancos estavam agora
mais compostos. Muitos passageiros liam jornais ou livros.
Birgit passou a viagem a ouvir
música, Bonnie a olhar com curiosidade para os outros passageiros. Um senhor
que viajava ali perto delas estava entretido a ler um jornal. A dada altura, ele
descolou os olhos das páginas e, virando-se para outro passageiro, fez uma
determinada pergunta, em voz talvez um pouco alta. Rapidamente apareceram
várias respostas, vindas de várias pessoas ao longo do avião.
- É um menino!
- É uma menina, e vai-se chamar
Alexandra!
- Não, vai ser Charles como o
pai!
- Credo, que mau gosto!
- Eles têm de seguir a tradição!
Birgit foi atraída para a
discussão. Retirou os phones, elevou a cabeça, e viu várias pessoas a refilar,
umas apontando o dedo, outras fazendo cara de choque, outras rindo-se. Cansada
de tanto falatório, e ainda sem perceber muito bem aquele interesse súbito,
Bonnie ergueu-se um pouco no banco e, na sua voz rouca, pôs ordem no assunto.
- Gente! Eu e a minha menina
estamos fartos de tanta discussão! Ainda por cima não sabem ser discretos. Se
tinham curiosidade em saber o sexo do bebé dela perguntassem! – vendo que um
senhor ia falar, Bonnie elevou a voz. – Nós não vos íamos responder mal, podiam
perguntar tudo o que quisessem! Como não queremos ouvir mais algazarra, vamos
pedir-vos que se mantenham atentos às páginas dos jornais. Em breve a Birgit
vai dizer tudo aquilo que querem saber. Ah, e até lá entretenham-se com a
Eurovisão! Estamos quase lá! Eu, Bonnie Tyler, a Birgit e a nossa criança vamos
lá estar. E agora calem-se um pouco. Acreditem que não é muito agradável
estarmos a ouvir pessoas a falar de nós quando estamos presentes. Vá,
beijinhos!
Emmelie de Forest estava a dar
uma última arrumação à sua sala de estar, já que daí a poucos minutos ia
receber uma convidada muito especial: Lys Assia. A primeira vencedora da
Eurovisão disse-lhe ao telefone que tinha curiosidade em conhecê-la melhor, em
saber o que sentia por estar quase a pisar o palco do Festival. Perante aquela
senhora tão simpática, que transportava na voz enorme bondade, a dinamarquesa
não pôde dizer não.
Tocaram à campainha. Emmelie,
sempre vestida de forma muito simples, foi abrir a porta, e deu espaço para que
a sua convidada entrasse. Lys, que tinha acabado de chegar, vinha com o vestido
que levara ao casamento da sua filha. Sorriu a Emmelie e abraçou-a com bastante
força, durante longos segundos.
- Que alegria enorme
conhecer-te, minha querida! – disse Lys, segurando firmemente as mãos da jovem.
- Eu também tenho muito gosto em
estar consigo. Entre! Sente-se ali no sofázinho.
Lys encaminhou-se para o local
indicado por Emmelie. Esta não pôde deixar de sentir alguma estranheza por
aquela satisfação tão grande da cantora suíça em conhecê-la, mas foi bom sentir
o carinho. Durante a maior parte da sua vida tinha sido excluída e ficara
sozinha.
Emmelie serviu um chá e
sentou-se no sofá.
- Devo confessar que não
esperava o seu telefonema… Mas fico muito feliz por aqui estar, Lys.
- Obrigado, querida. Adoro a tua
canção e a tua simplicidade no palco. Consegue-se ver que és uma pessoa linda,
e que cantas com muita emoção e entrega. Gosto muito disso e queria
conhecer-te.
A conversa prosseguiu com
naturalidade. Falaram da Eurovisão 2013, que estava por dias, e das muitas
histórias que Lys tinha para contar. Ficaram sentadas no sofá por cinco horas.
A meio da tarde, Emmelie foi buscar uma caixa com biscoitos e encheu novamente
o bule com chá. Estava a adorar conversar com aquela lenda eurovisiva. Estava a
aprender bastante, e sentia-se cada vez mais animada e confiante para a
experiência que ia viver daí a poucos dias.
- Aprecio imenso a sua coragem.
Tantos anos já passados e continua a querer representar a Suíça! Nunca desiste,
é impressionante! – comentou Emmelie, impressionada.
- Nesse aspeto somos muito parecidas!
– observou Lys, comendo mais um biscoito. – Pelo que sei, tu também não
desistes. A tua história de vida é prova disso…
Lys ficou muito séria e as mãos
começaram a tremer ligeiramente.
- Sim, é verdade… Se tivesse
desistido, provavelmente a esta hora já não estaria aqui… - Emmelie ficou um
pouco triste. – A vida não é fácil…
- Mas agora está na hora de
triunfares! Vais ser como eu e vais ganhar!
- Sabe, temos até muitas coisas
em comum. Esta nossa conversa fez-me perceber isso.
Emmelie tinha ficado muito
satisfeita por ter partilhado aquelas horas com Lys. Ao falar com ela, ao
ouvi-la, sentia-se muito tranquila, muito quente por dentro, muito mais forte.
Gostava da forma como Lys falava, daquilo que dizia. Identificava-se com ela: a
sua calma, a sua simplicidade, o facto de terem os mesmos gostos, paixões e até
sonhos. Conhecê-la foi uma surpresa, e estava muito satisfeita. Estavam a ser
horas muito felizes.
- Sim, temos muito em comum…
Muito mesmo… - Lys estava muito pensativa. De repente olhou para o relógio, e
saltou do sofá. – Eu agora tenho de ir, não posso ficar mais!
Emmelie levantou-se também, sentindo
tristeza.
- Oh, já? Não quer jantar
comigo? Estava a gostar tanto de a conhecer…
- Eu também, querida. Eu também.
Esperei muitos anos por um momento destes. Bem, adeus, Emmelie. Até breve!
Deram um abraço ainda mais forte
que o primeiro e depois Lys assiu. Emmelie ficou na ombreira da porta, a vê-la
partir. Estava feliz. Muito feliz, ainda que tivesse achado um pouco estranho
certas atitudes da senhora. Olhou para as estrelas, que começavam a aparecer no
céu. Sentiu que a mãe da Eurovisão podia, com o tempo, tornar-se também a mãe
que nunca teve.
Visite as páginas do facebook dos três clubes de fãs:
Eric Saade - [AQUI]!
Robin Stjernberg - [AQUI]!
Este artigo não pretende insultar ou manchar o nome dos artistas, países ou fãs. Apenas honrá-los por terem feito parte da Eurovisão.
Gosto bastante desta rubrica como já falei em comentários anteriores mas tipo não começem a fazer como as novelas da tv que estão sempre a enrolar...tipo vocês não vão meter novas personagens???É que assim sempre era algo novo que ajudava a manter a história mais interessante e não tão repetitiva.
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