Abecedário Eurovisivo - W... de Withdraw

        E porque com W é difícil arranjar uma palavra em português sobre a Eurovisão, decidimos então escolher uma palavra em Inglês que fazia todo o sentido ser tratada nesta iniciativa. Para quem não sabe, withdraw, em português, indica as saídas dos países do concurso, seja por quantos anos forem.
  Começamos por dizer que este - a desistência - não é de todo o melhor caminho a seguir, após maus resultados obtidos na edição - isto porque já as nossas avós nos diziam que desistir é o pior caminho a seguir. Ora, se um país não obtiver um bom resultado, o que há melhor do que mudar qualquer coisa na sua seleção? Se há algo que não funciona, deve-se sempre seguir em frente e melhorar o que pode, e deve, ser aperfeiçoado.

  Como exemplo disso, não vale a pena estarmos aqui a encher este artigo sobre Portugal, mas existe muita coisa que podia ser mudada - e todos os fãs portugueses o sabem. Porque não mudar o Festival da Canção, ao invés de se desistir do concurso? Existem mil e uma melhores soluções do que esta, decidida pela RTP. A nosso ver, Portugal tem tudo para levar uma boa canção, e não uma canção simples - e só por si bastante amadora.

  Como outro exemplo, temos a Itália, que não esteve presente em 15 edições. Desde 1997 que não participava na Eurovisão. Sempre sentimos falta deste país, porque traz sempre qualquer coisa que nos agarra e que nos faz pensar. Para não falar da falta que a sua língua deixou neste concurso. Em 2011 voltou, mas será que tomou a melhor decisão ao não marcar presença em tantas edições? Segundo a RAI, não participaram por causa dos maus resultados nas suas últimas participações, antes do retorno. Neste momento devem pensar que fizeram bem parar um tempo para a Europa voltar a votar neles em massa, mas a EBU tem ajudado, pelo menos na edição em que voltaram.

  Um exemplo excecional para a nossa utopia é São Marino. Pode levar uma das melhores músicas da edição, mas mesmo assim não passa para a final, e simplesmente não desiste. Achamos que faz muito bem, pois é ao melhorarmos aquilo que está errado que a qualidade musical aumenta e os resultados aparecem.











     
         A verdade é que a falta de dinheiro também ajuda a que os países desistam do concurso, ligada à crise financeira que paira agora por todo o mundo. É normal que isso aconteça. Por exemplo, Andorra, Portugal e Republica Checa, quando não participam, utilizam sempre esse argumento. Seja ou não verdadeiro é um melhor argumento do que o dos maus resultados. Mas achamos também que, se estes três países tivessem melhores classificações, também não recusavam a participação no Festival. Portugal, quando terminou a Eurovisão em 2010, onde ficou em 4º lugar na semifinal, disse logo que sim à edição de 2011!

Imagens: Google
19/08/2013