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ESC 2013: comentários ao sexto dia de ensaios




Todos os países da segunda semifinal estão hoje novamente em palco, para os seus últimos ensaios.


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Fiquei bastante agradado com este ensaio, mas que surpresa! Goste-se ou não da música, o certo é que o ponto forte dela é mesmo a sua energia e vivacidade. Além disso, os PeR são indubitavelmente excelentes performers. As vozes dão bem conta do recado e ainda lhes sobra fôlego para se mexerem durante toda a canção e interagirem com o público. Esta é, aliás, a parte mais positiva da atuação da Letónia: eles vão conseguir colocar o público a bater palmas e a cantar com eles, e convém lembrar que este ano não há lugares sentados, pelo que vai ser um momento de animação para a plateia. A realização, pelo que se consegue ver, parece bastante promissora também. Um bom arranque para a segunda semifinal. Os letões merecem nota positiva!


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Bem, depois de ver o ensaio fiquei um pouco preocupado em relação a esta atuação... Valentina começa muito bem sentada no chão, com o globo luminoso nas mãos, tal como vemos no videoclip, e vai depois erguendo-se à medida que a canção avança. Passa de uma senhora indefesa e protegida para alguém que domina o palco em absoluto. Adoro os vestidos e o efeito que a ventoinha causa neles, embora me pareça que, por vezes, o tecido cause algumas perturbações na execução da coreografia... Não sei por que razão hoje Valentina se esqueceu de parte da letra e entrou na parte pop fora de tom, mas espero que tenha sido um problema pontual e que a cantora consiga, na próxima quinta-feira, maravilhar a Europa. Apesar de tudo, depois de ver esta atuação fico bastante impressionado. Espero que passe à final!



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Confesso que não sabia que a Macedónia ia apresentar uma nova versão da sua canção em palco, mas isso até ajudou a que ficasse positivamente surpreendido! Além disso, fizeram muito bem em optar pelo macedónio, torna a canção muito mais forte e envolvente. Falando do ensaio em si, ambos os vocalistas me pareceram bem (Lozano tem uma voz espetacular, que dificilmente falha) e Esma tem aquele toque gipsy que eu adoro, embora não seja capaz de avaliar corretamente o seu desempenho, porque o som no vídeo (e possivelmente na arena) não deixa escutar bem a voz da cantora. Acho que no momento dela as duas coristas estão demasiado presentes, quando era preferível deixarem a senhora brilhar sozinha. Gostei bastante da parte final da performance. Nota-se cumplicidade entre a dupla e agora até consigo conceber uma passagem à final.


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Brutal! O Azerbaijão não brinca em serviço. Para começar, digo que Farid está bem mais seguro em palco e canta com mais paixão, e a voz parece estar no ponto. Mesmo participando na coreografia (e começando em cima da caixa de vidro), não há um único momento em que o jovem perca o controlo. Contudo, aquilo que merece mais elogios da minha parte é definitivamente a coreografia. Farid vai ganhar em palco o seu reflexo, que se encontra no interior da caixa de vidro; é impressionante o nível de perfeição da apresentação: original, bem ensaiada, com bastante impacto e em momento algum exagerada. A chegada da bailarina é um ponto a favor, dando inclusivamente alguma cor à atuação, toda ela muito escura e centrada nas duas figuras masculinas. Penso que o falta mesmo é uma explosão de luzes na parte final, para arrebatar definitivamente o espetador. A iluminação mantém-se praticamente na mesma e não acompanha o crescer da intensidade da performance. Uma das melhores atuações que eu alguma vez vi. Genial.



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Mas que grande maluca, esta Krista! Não tinha ficado muito agradado com aqueles segundos de quinta feira, mas hoje sim, gostei bastante. Krista sabe como entreter o público e tem uma energia inesgotável. Digo até "Marry Me" vive apenas da cantora. Ela canta, dança, beija, sorri para a câmara... é uma artista. A coreografia tem todos os elementos já esperados (o vestido, o véu, as flores, a marcha já habitual), pelo que não há nada de novo aqui. A atuação sai beneficiada com a ventoinha e com a pirotecnia. Será um momento de animação e uma lufada de ar fresco na primeira metade da semifinal, e uma forma de os espetadores se divertirem também.



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Uma apresentação muito simpática e agradável, é o que Malta nos oferece. Gianluca sorri bastante e torna-se claro que se está a divertir bastante enquanto atua, e isso é algo que passa para quem o vê. A canção é simples e orelhuda, e o facto de a letra estar projetada no cenário pode fazer com que as pessoas entrem facilmente na melodia. Tenho ainda alguns problemas com a forma como ele se mexe em palco, mas gostei de que ele tenha ido para o palco pequeno, atravessando a passadeira e estando mais perto do público. A melhor parte da atuação é mesmo nos segundos finais, quando todos os elementos de palco se juntam num banco de rua, como no videoclip. Bem pensado, e é um pormenor que pode fazer a diferença. Ninguém dá nada pela canção maltesa, mas o certo é que tudo parece funcionar bem em palco.


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Os búlgaros resolveram seguir a vertente étnica na apresentação de "Samo Shampioni". As três coristas estão vestidas com roupas tradicionais búlgaras, e certos momentos da atuação fazem-nos viajar até à Bulgária e ao seu folclore. A base da performance, como não podia deixar de ser, são os tambores, nos quais Elitsa e Stoyan fazem o típico jogo da percussão. Há ainda uma gaita de foles que é tocada por um bailarino, que, na parte final, coloca um adereço grande na cabeça e acompanha os dois artistas principais até ao palco secundário. É também nos momentos finais que Elitsa, pelo menos no ensaio de hoje, simulou alguns passos que podiam perfeitamente sair de uma dança típica do país. Espero que as câmaras façam um bom trabalho, porque sinto às vezes que há aqui elementos a mais e isso pode confundir o espetador. Ainda assim, bons efeitos de luz e boa escolha do cenário.


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Não há muito a dizer acerca deste ensaio da Islândia. É num palco muito escuro que Eythor interpreta exemplarmente a sua canção. A voz, como já a conhecemos, é muito forte e lindíssima, e agarra o tema sem nenhuma dificuldade. O cenário mostra um farol durante boa parte da música, que depois desaparece para se dar lugar ao mar e às estrelas da noite. Vale a pena destacar ainda que num dado canto do cenário é possível identificarmos as típicas casas islandesas, pequenas e coloridas, algo que me lembrou o palco de Baku a transformar-se momentaneamente na nossa capital. Ao lado do vocalista estão quatro coristas. O preto é a cor dominante nas roupas de todos os intérpretes. Um momento de classe que deverá ser bem votado na próxima quinta-feira.



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Eu ia dizer que achava que falta qualquer coisa à apresentação grega, mas, vendo bem, muito mais não podiam fazer. Eu acho que queria mais movimento e dinamismo em palco, mas não nos podemos esquecer que muitos deles cantam em certas partes da música e há que poupar fôlego. Agathonas parece-me um pouco deslocado, mas vocalmente esteve bem. Os Koza Mostra usam a passadeira antes do segundo refrão, embora o essencial da performance se passe no palco principal. Gosto bastante da parte final, com aquela aproximação à dança tradicional grega, e folgo em ver os famosos kilts em ação! Nota ainda para os instrumentos luminosos. Espero que a SVT faça um bom trabalho na realização.


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Aqui está a muito aplaudida Moran Mazor (pelo menos é o que mostra o vídeo do ensaio). É impressionante a capacidade vocal desta mulher. Não falha uma única vez e chega ao fim com imenso fôlego ainda. A atuação é, sem dúvida alguma, centrada na intérprete. Há bons efeitos de luz (algo que na quinta feira passada parecia não existir), mas, de resto, não há nada que distraia o espetador da cantora. O cenário é abstrato e em tons de azul, sem nada que o distinga dos outros. Quanto à roupa, nenhuma mudança aqui. Moran continua com o vestido preto, os óculos e aquele penteado que lhe coloca o cabelo só de um lado da cabeça. Não há mais a dizer. Finalista certa!



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A canção é muito morna, a banda também, a voz igualmente. Então o que faz a delegação arménia? Aposta, e muito bem, na apresentação visual! Inicialmente, os projetores são desligados, e o palco compõe-se apenas de focos de luz. Mais tarde, já tendo chegado a metade da música, o cenário ganha tonalidades de vermelho, mas os holofotes continuam bem presentes, num jogo de luz que eu considero dos melhores até agora. Para reforçar mais a música, vai também haver várias labaredas. Do pouco que se conseguiu ver dos ecrãs colocados na arena, a realização está a fazer um bom trabalho com a Arménia, o que me leva a considerar que o país pode muito bem passar à final...



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Alex sobe novamente ao palco com os seus dois colegas, e penso que desta vez o ensaio correu melhor do que há dois dias. A voz do cantor parece estar mais forte e já se destaca da dos seus companheiros. Outra mudança significativa está na postura dos elementos de palco; a corista e o guitarrista parecem mais entusiasmados e sorriram bastantes vezes, algo que até combina com a música. Já Alex parece pretender levar o seu estilo até à semifinal e não parece ter vontade de mudar a sua atitude. O cenário continua a deixar-me maravilhado e fico feliz por, aparentemente, terem tirado a cara do vocalista do cenário. Aqui é que se torna necessário que a realização faça um bom trabalho.



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A atuação que vimos em fevereiro passado no Melodi Grand Prix está agora em ação no palco de Malmö. A apresentação é absolutamente idêntica: os mesmos movimentos de Margaret e os mesmos planos de câmara (consegue-se perceber pelo trabalho dos técnicos). A diferença reside no facto de agora haver três coristas, que dão um enorme, e por vezes necessário, apoio à cantora, cuja voz treme um pouco em certas partes. O baterista, lá ao fundo no palco, ajuda a acentuar o ar pesado do tema, e o cenário completa esta ideia, ao ser composto por uma alternância de cores escuras e o branco. Gosto especialmente da imagem que é projetada antes do último refrão, a da explosão do cinzento.



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Custou-me tanto ouvir esta música outra vez. Nem com a parte visual ela se torna mais interessante! Gostava de poder avaliar a voz do cantor de cabelo comprido, mas o timbre é tão rouco que nem a consegui ouvir. O outro senhor cantou com bastante garra. Tal como disse há dois dias, o melhor desta proposta é sem dúvida o cenário. As cores quentes foram bem escolhidas e as luzes que surgem entre o  fundo tornam a apresentação necessariamente diferente das outras. Ainda assim, acho que deviam ter ficado por aí; era uma forma de não caírem no exagero que se vê. É fumo que invade o palco, é fumo que é expelido em jactos, é pirotecnia que sai da guitarra de um deles, é pirotecnia que rebenta no topo da arena. Esta necessidade de encher o palco só pode ser justificada pelo vazio que há na canção; certamente que a delegação albanesa tem noção disso.



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Mais uma vez um ensaio perfeito! As vozes são tão poderosas que não falham uma única vez, e, além disso, fazem um casamento perfeito. Há também uma enorme cumplicidade entre os intérpretes; ninguém diria que apenas se juntaram para interpretar esta canção na Eurovisão. A atuação começa com o palco às escuras, e com bastante fumo; depois, à medida que a canção vai crescendo, o cenário preenche-se de vários tons azulados. O momento alto é, contudo, o último refrão. As vozes mostram todo o seu potencial nessa parte e o ambiente em palco torna-se mágico, com aquela cascata de pirotecnia a cair do topo. De seguida, a ventoinha é ligada, e não posso deixar de me lembrar do "Titanic" por ver a postura deles nesse instante. Todos os efeitos estão colocados no momento certo e acentuam os momentos mais marcantes da música. Top 10 mais que óbvio.



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O que normalmente acontece é que, na passagem das finais nacionais para a Eurovisão, as atuações sofram acrescentos e se complexifiquem. O que se verifica na atuação da Suíça é exatamente o oposto. Aquilo que a atuação tinha de alegria e de movimento em dezembro passado perdeu-se durante as horas de viagem até Malmö. Nem sei como a emissora do país permite esta apresentação: uma coisa tão amadora, tão sem sentido, tão sem força, tão sem chama... Parece a atuação de um grupo musical de uma qualquer aldeia deste país. Nem o guitarrista, que normalmente é tão enérgico, safa esta performance. O pior é que também mal se vê o trabalho das câmaras no vídeo, o que me faz supor que os planos vão ser todos muito estáticos. Se assim for, no Army, no Salvation...




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Uma coisa é inegável: o Cezar é um cantor fenomenal. A sua prestação vocal deixou-me sem palavras. O mesmo não posso dizer, infelizmente, da atuação em si. Aquilo é do mais kitsch que pode haver, e há muito tempo que não tínhamos uma atuação destas, com tanta coisa a acontecer sem qualquer lógica ou razão aparente. Para que servem aquelas faixas de tecido que os bailarinos levantam e baixam? E por que razão o cantor é elevado, tal como acontece na atuação moldava? E aquelas roupas prateadas, com o peito à mostra e aquela cruz ali pendurada? Tão foleiro. Só dá vontade de rir. Gosto dos efeitos pirotécnicos e da explosão de confetis no final. Se a Roménia passar deve-se essencialmente à forma como o intérprete vende a canção.

Melhor ensaio do dia: Geórgia
Pior ensaio do dia: Suíça

Vídeos: Youtube
11/05/2013
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  1. Realmente os cenários estão muito porreiros. Mas pensei que fossemos ter um palco assim maior, tipo o que a Sérvia fez em 2008.

    Achei a actuação da Roménia bastante original, apesar de tudo.

    Este ano haverá muito boas canções. Vai ser complicado escolher!

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  2. Para mim os melhores ensaios desta semi-final sem dúvida, Azerbeijão, Israel e Noruega.

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