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Eurovisão para Totós - Apoiar o seu próprio país




Fã que é fã apoia o seu país, mesmo quando leva Homens da Luta. 
Totó: "A nossa música é uma palhaçada, porque é que a apoias?"

       Diogo Canudo: Por favor, peço-vos, não chorem por mim e por esta bela iniciativa. Eu sei, eu sei, esta é penúltima publicação. Eu sei, eu sei, era uma vez uma bela história de amor. Eu sei, eu sei, já estão fartos de me aturar... mas também só faltam duas semaninhas para eu sair daqui. Se esperaram tanto tempo, duas semanas não é rigorosamente nada!
       Pai Natal: OH OH OH! 
      DC: O quê, o quê? É o Pai Natal? Mas ele não devia estar na Lapónia a beber umas belas jolas e a obrigar os seus trabalhadores a fazerem presentes para as pobres criancinhas deste planeta?
      PN: Caríssimo, eu não obrigo ninguém a fazer esse trabalho. Somos todos uma equipa que trabalha para ver um sorriso numa criança. É esse o nosso objectivo: paz, amor e felicidade!
       Diogo Canudo: Daqui bocado os seus ideais são idênticos aos da Revolução Francesa. Mas esqueçamos estes pormenores. Jornalista como sou, tenho uma dúvida para si, o que acha destes tipos de marketing que se fazem sentir muito hoje em dia:

       PN: Sinceramente, acho compreensível. Eu sempre recusei fazer estas publicidades desnecessárias. Para quê promover-me? Eu quero é deixar as crianças felizes! A Popota é uma boa amiga, convivo com ela quase todos os dias e respeito imenso o seu trabalho. 
      DC: Já vi que gosta de um belo passinho de dança à la Popota. Mas sou sincero, é tão boa pessoa que até me dá sono. Ah, caros leitores, é verdade, este é o totó da semana. Apresentações feitas? Agora vamos passar para o que realmente importa?
      PN: O quê? Mas tenho mesmo de responder àquelas perguntas que me mandou via e-mail? Eu pouco, ou nada, sei sobre Portugal! E muito menos de Portugal na Eurovisão! 
       DC: Mas o que me diria se o seu país, a Lapónia, levasse uma banda como esta ao festival, o evento musical mais importante do mundo? Será que devíamos apoiar o nosso país?

       PN: Podemos ter aqui duas verdades: ou apoiar incondicionalmente o seu país, se o patriotismo for maior do que a qualidade musical para o indivíduo, ou exactamente o contrário que acabei de dizer. Eu sou suspeito para esta pergunta, porque como sou uma personalidade tão mundial não me incido só no meu país; mas em todos. 
       DC: Apesar de a Eurovisão ser um programa onde participam países, ainda é mais onde participam músicas. Os espectadores não vêem a Eurovisão para conhecer melhor, pormenorizadamente  cada país e as suas características. Eles querem ver músicas! E se isto é o maior evento musical do mundo, acho um pouco contraditório levar músicas com fraca qualidade e que de nada acrescentam à indústria musical.
       PN: Uma coisa é certa: se nada traz à indústria musical, não deve estar num programa como este. Aliás, existem imensos programas onde artistas como os Homens da Luta se podem promover. Há que saber equilibrar e escolher o lugar mais propício para este tipo de coisas. E a Eurovisão não serve para este propósito, que eu saiba!
       DC: Agora, também temos de ver um outro prisma. E se os Homens da Luta trouxessem um bom, ou até mesmo decente, lugar para Portugal? Relembro que Filipa Azevedo com o tema "Há Dias Assim" foi maltratada pelos fãs porque quase todos preferiam o "Canta Por Mim" de Catarina Pereira! E quando a Filipa atuou, e muito bem, no Festival e passou à final só se viam comentários positivos, muitos das mesmas pessoas que a criticaram inicialmente. Será que isto com os Homens da Luta seria exactamente iguak? Eles ofereciam uma proposta diferente e, se elaborassem melhor uma atuação em palco talvez conseguissem um pouco mais daquilo que conseguiram! 
        PN: Por muitas críticas que se dêem, é sempre na hora da verdade que tudo acontece. Se os maus ficam bem classificados, então tornam-se em heróis; se não, ainda se tornam em mais maus! No entanto, não acredito que a proposta dos Homens da Luta conseguissem alguma vez um bom lugar...
       DC: Outra coisa importante é que, parece que não, mas o apoio dos fãs e da emissora é fundamental para um bom sucesso de um artista. Ele precisa de estímulo, de motivação, como qualquer pessoa, e, se toda a gente está contra ele, é natural que o projecto final não saia tão bem como o previsto. Sim, estou a fugir um pouco aos Homens da Luta (porque eles, de cedo, sempre se mostraram indiferentes às críticas), mas a verdade também pode ser aplicável a este ponto!
       PN: Isso é como tudo na vida, meu caro. Desde cedo que as pessoas são estimuladas pela família, pelos professores, pelos grupos de pares... Mesmo assim, voltando a pegar ao tema principal, se devemos apoiar o nosso país mesmo que leve músicas más, acredito que há um meio termo para tudo. Não podemos ser muito drásticos, mas também não podemos utilizar a verdade absoluta do que "como sou de x país, tenho de apoiá-lo mesmo que leve Zé Cabra". Isso não tem lógica!
         DC: Ou seja, no seu ponto de vista, nunca nos devemos desligar das nossas raízes; no entanto, temos de ter a consciência de que a proposta que levamos, quando é má, é mesmo má e é uma das piores a concurso. Sinceramente, concordo com a sua perspectiva. É algo que ainda não tinha pensado muito bem, admito.
        PN: Diogo, as renas já chamam por mim. Desculpe, a sério...
        DC: Caros leitores, não percam na próxima semana o último texto da "Eurovisão para Totós". A última publicação será especial com 4 ou 5 totós. Quero terminar isto em grande. Quanto a você, Pai Natal, coma muita, beba muita e faça muitos presentes! Sim, porque eu quero um no final deste ano! Bem mereço! Ah, e já agora, parabéns, foi um belo entrevistado! Adorei!
       PN: Crianças, portem-se bem, tratem bem os vossos pais e amigos, tirem boas notas na escola  e, já agora, vejam a Eurovisão! Só assim terão um presente no sapatinho! 
Imagem dos bonecos: Xtranormal/Outras imagens: Google/Vídeos: Youtube. O restante foi feito pelos autores. 
07/03/2013

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