QUINTO FRACASSO:
HAREL SKAAT
(Vote na sondagem no lado direito da página)
Relembrando a Eurovisão de 2010, há sempre um nome que me
vem à cabeça: Harel Skaat. Passados mais de dois anos continua difícil perceber
o que se passou naquela noite da final.
A primeira vez que ouvi “Milim” a minha reação foi ficar
de boca aberta … que música, que cantor, que interpretação! E a Europa pensou o
mesmo. Sendo a versão hebraica ou inglesa, a música não perdia o seu encanto Europa fora e Harel prometia ir à Eurovisão partir corações femininos e
conquistar ouvidos masculinos. Ninguém lhe iria tirar o título eurovisivo com
uma música daquelas. Era um dos mais bem colocados nas casas de apostas e dos
mais adorados pelos tops do youtube.
Mas … aconteceu o
que ninguém esperava. Ainda me lembro de estar no sofá a ver a final eurovisiva
com a minha mãe e abrir a boca sem conseguir acreditar que ele tinha mesmo tido
um deslize daqueles. Harel desafinou e todo o mundo (até os que pouco percebem
destas coisas de afinar ou desafinar) ouviu. Foi um erro, todos os cometem, mas
este custou caro. E custou caro apenas porque quem só vê a Eurovisão naquele
dia nunca iria perdoar esse mesmo erro e não mais se iriam lembrar daquela
atuação, muito menos votar. Os fãs, já tinham visto mais que uma vez o
intérprete cantar aquela música e sabiam que ele era capaz de o fazer, mas nada
disso seria suficiente para apagar aquela má imagem, aqueles estragos numa
canção que tinha tudo para ser das melhores vitórias eurovisivas de sempre.
Numa palavra, descrevo o que se passou como NERVOS!
Notava-se à distância o nervosismo do Harel, ele tremia por tudo quanto era
sítio e isso não era tudo encenação, eram mais do que verdadeiros, e eis que
eles o traíram. Traíram uma das vozes que considero, juntamente com o
representante norueguês, das melhores de 2010. Mas mesmo não tendo tido uma
atuação feliz, a esperança não se perdia e esperavam-se mesmo assim muitos
votos para o país que já não ganhava desde a vitória de Dana International.
Comecei a ver os votos e a reação era a mesma sempre que alguém não dava nem um
ponto a Israel: “Como é que é possível ignorar-se uma composição tão boa e dar
pontos a coisas (que não se podem chamar músicas) daquelas?”.
Israel, diga-se de
passagem, nunca foi um país querido dos eurofãs até pelo facto de não fazer
sequer parte da Europa. Os anos antes de 2010 não tinham trazido grandes
lugares ao país e, como tal, decidiram apostar num grande cantor (e digo grande
porque não é um erro que lhe tira o mérito) e numa composição de grande nível
com uma letra lindíssima, mas há vezes em que simplesmente não dá, há vezes em
que é por culpa do público que vota nos vizinhos ou não sabe reconhecer grandes
músicas; mas desta vez a culpa foi do cantor.
Talvez não se possa atribuir as culpas todas ao
intérprete, afinal a música foi mudada mais que uma vez; na Eurovisão eu já não
sabia se estava a ouvir a mesma música da final nacional israelita ou se outra parecida.
Certo é que, tanto
o publico como o júri. ignoraram a atuação israelita e preferiram a alemã:
simples mas eficaz.
Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelo autor.
Vídeos: Youtube/Imagem: Google
02/08/2012
02/08/2012
Acho que a atuação foi mal interpretada. Há um ano atrá ,acho eu, vi num programa ucraniano sobre a eurovisão, uma pessoa bastante experiente em música a dizer que há várias formas de "apanhar" uma nota, ou mesmo várias técnicas vocais e que aquilo não tinha sido um desafino mas uma forma diferente, que acho que utilizam muito em Israel de "apanhar" as notas.
ResponderEliminarTambém acho que ele poderia estar com nervos, mas aquilo não era tudo nervos, era sentimento de quem sente exatamente o que está a cantar, pois o Harel perdera o avô há pouquíssimo tempo e no KDAM este disse que era como que o sentisse em palco.