ÚLTIMA HORA: Dana International leu o texto e adorou. No seu facebook pessoal comentou: "A very interesting article about my legendary victory on Eurovision 1998" e "Thanks, I just read it and i love it! <3 Thank You So Much".
Se a Dana International não tivesse ganho a Eurovisão 1998... (O que aconteceria?)
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1998 foi um ano bastante interessante no Festival Eurovisão da Canção. Consolidou-se o slogan que “a Irlanda nunca mais ganhará”! E como dizem, foi certo e sabido! Além disso Israel ganhou e levou para casa a sua terceira vitória no concurso! Dana International e o seu “Diva” ganharam e geraram imensa polémica devido à transexualidade da cantora. Porém uma coisa é inegável: “Diva” é um hino eurovisivo, conquistou completamente a Europa e ainda é relembrado com uma das melhores e as de maior impacto vitórias! Embora esta vitória tenha constituído um marco de liberdade e igualdade, facto que nos agrada e dá alento, por outro lado também vincou uma viragem na Eurovisão… O início de uma Era sem orquestra, marcada pela plasticidade e onde a excentricidade adquire um papel de destaque. Não! Não estamos a culpar Dana Internacional por estes factos, simplesmente a sua vitória espoletou um conjunto de acontecimentos que deram abertura à Eurovisão a músicas sem musicalidade - se nos permitem o pleonasmo.
Não queremos dizer que o que é plástico é algo mal feito! Tantas mas tantas músicas que são plásticas e que são muitíssimo bem produzidas e enquadradas no mundo atual. A vitória de Dana International pode ter despoletado todas as excentricidades e “estranhezas” que o festival tem, porém a conjuntura externa, com a dependência à música americana, que é cheia de mecanismos que cativam o ouvinte, batidas invulgares, cantores originais, também ajudaram. O plástico gere a música do mundo e a Eurovisão não fugiu a isso. Embora nos faça o gosto ao ouvido músicas como “Popular” ou até mesmo “Shady Lady”, sentimos saudades de músicas orquestradas, comandadas por poderosos violinos e melódicos acordes em piano. Sabemos que temos de evoluir com o que nos rodeia, e a Eurovisão foi de encontro ao que as grandes massas consomem musicalmente, mas que a orquestra dava um toque especial, um certo glamour, lá isso dava!
Bem, e se a Dana não tivesse vencido, quem venceria? A intérprete britânica, conquistando uma honrosa vitória “caseira”. Ou então, a vitória sempre poderia ter “caído” para a maltesa Chiara – poupando-nos às suas inúmeras voltas à Eurovisão. Para mais, a vitória de Dana poderia ter sido colocada em causa logo na sua terra natal, não fosse o Israel um país pouco dado a “essas liberdades” (transsexualidade). Mas a inovação e a novidade falaram mais alto e tivemos o prazer de conhecer uma das personagens eurovisivas mais marcantes – mesmo não tendo alcançada o sucesso desejado na sua volta em 2011, “Ding Dong” fracassou de forma escandalosa.
Porém, apesar de adorarmos a orquestra, não podemos estar “vidrados” no passado (nem ansiar pelo futuro). A vitória de Dana International abriu mentalidades, fez com que o certame se enquadrasse nos moldes da música que se fazia ouvir no mundo, fez com que fãs mais novos gostassem do Festival devido à excentricidade de cada atuação! Se Dana International não tivesse ganho, muito provavelmente, não teríamos visto uma Ruslana, nem os Lordi ou até mesmo a Loreen a ganharem o certame; seria catastrófico pensar, agora, que isso nunca teria acontecido. As grandes músicas, plásticas ou não, existem na Eurovisão e chamam atenção ao público jovem, ou seja, há uma renovação. Basicamente se Dana International não tivesse ganho o certame, a música europeia no concurso continuaria no século XVIII.
Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelos autores.
AND IF DANA INTERNATIONAL HAD NOT WON THE EUROSIVION IN 1998?

1998 was an interesting year for the Eurovision Song Contest! Ireland, since 1996, nevermore won the event; furthermore, Israel won and took home their third victory! Dana International, and her “Diva”, won the event and caused a huge controversy around her transsexuality. But one thing is undeniable: “Diva” is an Eurovision anthem, it conquered all Europe and it is remembered as one of the greatest victory in the event! Although this victory has constituted as a liberty and equality mark, fact that we appreciate, in other side it created a shift in Eurovision too… The opening of a modern time, without orchestra, that is marked by plasticity and eccentricity. No! We don’t blame Dana International for this fact; only her victory allowed an opening to a one Eurovision with music with lack of musicality – if you accept our pleonasm.
We do not say that plastic music is something bad! There are songs that are plastic and, at the same time, very good produced and framed in the music market. Dana’s victory opened the door for this type of music; but the world, with their dependence in American songs, that is full of mechanisms that captive the listener – originality and unusual beats –, helped too. Although we like songs like “Popular” or, maybe, “Shady Lady”, we miss the orchestra, controlled with powerful violins and melodic piano chords. We know that Eurovision has modernized but the orchestra gave a special glamour!

Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelos autores.
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