E SE A LOREEN NÃO TIVESSE GANHO O FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO 2012?
EUPHORIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Não poderíamos começar o texto de outra forma. "Euphoria" é mais do que uma canção, uma lenda, com uma cantora imensamente original e única em todo o mundo. Loreen iguala-se bastante bem a uma Marie Myriam, a um Alexander Rybak, a uma Lys Assia, a uma Gigiola Cinquetti, até aos ABBA! Mas e se toda esta euforia tivesse terminado numa imensidão de tristeza? E se Loreen ocupasse o lugar que coube a Tooji e as velhinhas, ternurentas e crentes russas tivesse vencido o certame? Uma coisa é certa, se a Eurovisão já não prima pela credibilidade, ao ter como vencedoras seis senhoras sem qualquer dote vocal, bem que teríamos o “caldo entornado”! Com Loreen a ocupar os últimos lugares, para quem iriam os imensos 372 pontos que lhe foram oferecidos ao longo da votação? Seriam estes divididos pelos seus vizinhos, cuja escassez de pontos foi notória? Ou teríamos um reforçar das aspirações de países como Espanha, Itália ou, até mesmo, Alemanha?
Se "Euphoria" não tivesse ganho, a EBU tinha perdido uma excelente vitória. Muito poucas vitórias foram aplaudidas pelos fãs da Eurovisão (no geral) - 2005, 2007 e 2009! 2010 e 2011 ofereceram das vitórias mais ridículas dos últimos anos, o que aumentou a desconfiança face à credibilidade do certame e criou uma maior má fama. Se a Eurovisão queria um novo "Waterloo" nas suas mais belas vitórias, conseguiu com "Euphoria".
“Euphoria” tornar-se-á, seguramente, num daqueles temas assíduos em medleys eurovisivos, festas temáticas, karaokes com os amigos e até spots publicitários. Mas não pensem que tudo isto se deve à sua vitória! Já antes de se assumir como claro favorito, este tema andava “nas bocas do povo”… Será necessário recordar a polémica gerada em torno da sua utilização num spot publicitário espanhol? Se Loreen não tivesse vencido o certame, bem que teríamos uma árdua batalha entre os jurados eurovisivos e os eurofãs… Sim, porque estes últimos já há muito que andavam conquistados pelo tema sueco – salvo algumas exceções, claro!
Para mais, se as vovós ganhassem, a fama do certame ficaria abaixo da linha de água (mais od que já está), seria tomado como uma farsa para a música europeia, um autêntico tiroteio à capacidade de avaliação dos jurados e do público. Seria o inverso da Finlândia 2006 que, apesar de ter chocado tudo e todos, trouxe uma música com qualidade. Já a Sérvia, com Zeljko, este ano, se vencesse, iria trazer uma bela vitória para casa e deixaria os fãs da Eurovisão felizes... Porém a Loreen deixa os fãs da Eurovisão felizes e as pessoas que não costumam assistir ao evento também; é, inquestionavelmente, uma proposta transcendente.
Se estamos completamente hipnotizados, euforicamente histéricos e cegos de alegria por conta desta vitória? É verdade! Mas acima de tudo tentamos encarar os factos… Imaginar o ESC 2012 com outro vencedor que não a Loreen torna-se numa árdua tarefa, tamanho foi o impacto que este tema causou pela Europa fora (e não só!). Mais ainda, qual o tema do ESC 2012 que apresentava mais ingredientes de sucesso do que o sueco? As avozinhas com os seus biscoitos caseiros? O barco turco? A chorosa albanesa? Claro que temas como o azeri, o espanhol, o sérvio ou, até mesmo, os nórdicos ficaram nos nossos corações… Mas quando algo tão estrondoso e arrebatador como “Euphoria” surge, nem mesmo a mais bela composição a piano ou as mais ternurentas idosas conseguem batê-lo!
2º LUGAR NO MELODIFESTIVALEN 2012 (SUÉCIA)!
Todo o material, desde do texto às imagens e às suas aplicações, foi feito pelos autores.
10/06/2012
Redigido por: Andreia Fonseca e Diogo Canudo
Finalmente! Vejo um sitio em Portugal a comentar muítissimo bem a Eurovisão, sempre com uma pitada de humor! Vê-se que os autores tiveram imenso trabalho na elaboração da iniciativa e fizeram de tudo para inovar, o que é dificil, porque as iniciativas do Crónicas são bastante competentes! Muitos parabéns, todas as imagens tão fantásticas! Obrigado, sou uma leitora assídua.
ResponderEliminarBy Sara Silva
Estão de parabéns!
ResponderEliminarHá muito que vos sigo e tenho sempre curiosidade em ver as novas postagens!
Há vezes que dou por mim a rir sozinho para o pc xD
Continuem o bom trabalho!
David Pereira
A ESC 2007 ofereceu uma vitória ridícula?!? A vitória do Molitva foi ridícula?!? Queriam que tivesse ganhado quem? A drag queen ucraniana? Ridícula foi a vitória daquele russo no ano a seguir, com o seu patinador e o violinista. O resto do artigo está 5 estrelas. Que venha o próximo.
ResponderEliminarCaro g_afim, os autores dizem que a vitória do ESC2007 foi boa no texto.
EliminarObrigado pela preferência,
Crónicas de Eurofestivais
Pois dizem. Peço desculpa -.-'. Não vi o ponto de exclamação que separa 2009 de 2010. Já agora aproveito para dizer que a figura que retrata o Danny Saucedo usando "memes" é exactamente aquilo que eu peço. Fico à espera da próxima crónica.
EliminarNão sei que mais dizer sobre a vossa postagem de muita qualidade e que proporcionará aos leitores e eurofãs momentos de reflexão sobre o futuro deste certame. Foi sei dúvida uma vitória mais que merecida, no entanto, não diria tangencial, mas que teve atrás (em 2º) uma séria ameaça "terrorista" ao respeito da música europeia e da seriedade que este certame devia considerar...Rússia. Euphoria venceu e bem, mas as votações têm que sofrer alteração, não sei explicar...basta ver...
ResponderEliminarParabéns por este momento de leitura (e de gargalhadinhas xP) que me proporcionaram...por favor continuem e lutemos por um festival "Euphórico"
Estão de Parabéns a iniciativa está muito boa, e como já disseram nos comentários anteriores, sempre com "uma pitada de humor" e isso é bastante importante. Continuem assim! E não te esqueças Diogo Canudo a que tenho prazer em chamar de amigo, ainda vais muito longe. Acredita nas tuas capacidades e também nos teus sonhos!!! e qualquer coisa conta comigo ;)
ResponderEliminarEnfim.... Muitoo Boom!!! "EUPHORIAAAAAAAAA" A Melhor *--*
Uma crónica muito bem escrita (até me ri, com o texto e com as imagens), adoro a música "Euphoria" da Loreen e toda a atuação envolvente, algo completamente diferente e inovador que foi muito bem vindo. E que bom foi recordarem os ABBA de quem tanto gosto.
ResponderEliminarMuitos parabéns pela cronica, continuem :)
Eu li todos os comentários e todos os textos e percebo algo que o autor não notou. A pessoa que escreve esta seção sempre critica a vitória da música "Satellite" em 2010 e diz que a música não é boa, não satisfaz os eurofãs, enfim, que foi um equívoco a vitória.
ResponderEliminarDeve-se perceber que o Eurovisão além da política, das similaridades étnicas, da plástica da apresentação, leva em conta também isso: o carisma do intérprete.
Da mesma forma que o autor se empolga por Ani Lorak e a elogia, a Europa AMOU em 2010 Lena. Essa menina conquistou o continente inteiro e é a ela que a taça eurovisiva foi presenteada, não para a canção. "Satellite" tocou nas rádios, ouvi-a durante todo o ano retrasado e não é como "Fairytale", "Waterloo" e "Euphoria", vitóriosas incontestáveis.
Mas pelo que vejo, os eurofãs são o apoio mais firme da Eurovisão, mas não podem fazer frente quando a outra parte do espectadores do festival – aqueles que ligam a televisão na data do evento e o assistem e sequer lembram disso nos outros 364 dias do ano – toma encanto por uma das estrelas do certame.
Ah, além disso, isso não é novidade. Uma belginha nos anos 80 pôs a Europa de joelhos pelo menos por uma noite... justamente aquela do festival em que ela cantou.
Caro Anónimo, todos os textos aqui escritos são opiniões pessoais, ou seja é a opinião do autor (e não a opinião das pessoas na generalidade, neste caso aquelas que deram fama a "Satellite". O texto está assinado por nomes próprios e não por "Fãs no geral".
ResponderEliminarAgradecemos pela preferência
Caro diretor, se me permite, eu creio que posso esclarecer melhor a minha opinião sobre os textos desta seção.
EliminarÀs vezes, percebo que não há entendimento por alguns autores na internet acerca do porquê de fenômenos controversos como Lena e inquestionáveis como "Euphoria" e acho que pode ser pelo fato de não analisarem todas as facetas do prisma eurovisivo.
Em minhas elucubrações, tenho que as decisões da Eurovisão são um equilíbrio mais na noite do festival e menos antes, das forças de júri e de televoto e que esse último não é uno, é uma dualidade composta de eurofã e "fã no geral".
Não deixei claro isto: não é o caso de publicar o pensamento do "fã no geral", até pelo fato desse ser ser um monstro de mil cabeças, mas a opinião coletiva deve sempre configurar uma das bases da formulação da opinião pessoal que tenta explicar o ocorrido no festival, e não somente os pareceres dos júris, as proclamações dos eurofãs e a idiossincrasia.
Digo, ao se observar os ditos de algumas dessas milhares de pessoas que não acompanham o festival, aliás, que até ridicularizam o evento e quem o segue, pode-se encontrar conclusões interessantes e semelhantes com o resultado final de cada edição, até mais precisas que a de muitos aficcionados.
Penso assim e senti falta de ser levar em conta na elaboração de justificativas sobre fatos do concurso a existência do que chamo terceiro ente. No texto sobre o fracasso de Joy Fleming em 1975, o raciocíno do "fã no geral", avesso ao comunismo da RDA, foi considerado pelo autor para explicar tal injustiça e criar uma explicação que pode ser criticada, mas é sólida, viável.
É assim que se conclui que fora da Itália, todos os eurofãs, júris e "fãs no geral" gostam de "Euphoria" e que Lena em 2010 foi a princesinha pela qual o monstro de mil cabeças se apaixonou; a música que ela utilizou para a hipnotização, pouco importou depois do torpor. Acho que concordamos que não é a música que está sempre no centro do teatro patrocinado pela UER, mas deveria estar.
De resto, gostei muito do blog!