A 22ª edição do Festival Eurovisão da Canção decorreu no dia 7 de
Maio de 1977, em Londres. A verdade é que o evento estava planeado para
acontecer a 2 de Abril do mesmo ano, mas a greve de fotógrafos e de técnicos da
BBC impediu que tal acontecesse. Neste ano nenhum
país se estreou, tendo a Tunísia demonstrado o seu interesse em participar. Como retiradas tivemos a Jugoslávia. A Suécia, após um
ano de ausência, voltou ao Festival.
Também ainda não foi desta que alcançámos a tão desejada
vitória (e quando será??). Portugal, apesar de todos os seus esforços,
classificou-se em 14º lugar com 18 pontos. Ficou precisamente a 33 pontos de
ocupar o 10º lugar do festival e que lhe permitiria ficar “relembrado” no top
10, daquele ano. O lugar que todos queriam ocupar foi
entregue à França. A cantora Marie Myriam acabou por vencer com a canção
“L’Oiseau et l’Enfant”, arrecadando 136 pontos. A França acabou, assim, a sua
série de vitórias no ESC. Com um total de 5 vitórias, este país alcançou a
última com Marie Myriam. Esta cantora é luso-francófona (nasceu em Braga), por
isso Portugal deve também ter-se sentido (e também, ainda nos dias de hoje) um
pouco orgulhoso pela vitória dela no Festival. Afinal de contas, sangue
lusitano corre-lhe nas veias!
A Suécia, que tinha regressado este ano acabou por ficar com
o último lugar e com apenas dois pontos (mas mais vale dois do que nenhum).
O Festival, deste ano, ficou ainda marcado pelo regresso da
regra que ditava que cada país deveria cantar na sua língua oficial (esta regra
esteve ausente entre os anos de 1973-1976). As únicas excepções a esta “lei”
foram a Alemanha e a Bélgica, que já tinham escolhido as canções antes da
regra entrar em vigor. Desde o início da Eurovisão
que se constatou que as “línguas” mais bem sucedidas sempre foram o francês e o
inglês. O que se pode observar pela tabela classificativa é que dentro do top
10, apenas 4 músicas não foram cantadas em inglês ou francês (a da Espanha, Grécia,
Suíça e Finlândia).
Pessoalmente sou a favor de que cada país cante na sua língua
nativa. Afinal a diversidade linguística serve para isso mesmo: mostrar que,
apesar de a língua ser diferente, todos se podem entender através da música,
independentemente da língua utilizada.
Escrito por Armando Sousa, 13/07/2011
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